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Arquivo : maio 2014

Maracanaço não foi a maior surpresa da Copa de 50
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Marcos Peres

Joe Gaetjens, dos EUA, é carregado pela torcida brasileira em Belo Horizonte

Joe Gaetjens, dos EUA, é carregado pela torcida brasileira em Belo Horizonte

Uma grande surpresa aconteceu na primeira fase da Copa do Mundo de 1950. Uma zebra tão inacreditável, que alguns jornais internacionais da época inverteram o resultado do jogo. Não se chamou Maracanaço, porque não ocorreu no estádio do Maracanã, mas no Estádio Independência, em Belo Horizonte. O time mais temido pela seleção brasileira antes da Copa começar não era o Uruguai, mas a Inglaterra. Porém, os inventores do futebol não passaram da primeira fase do mundial. E os grandes responsáveis pela eliminação dos ingleses foram os jogadores amadores da seleção dos Estados Unidos, reunidos poucos dias antes da viagem para o Brasil.

No dia 29 de junho de 1950, 13 mil brasileiros superlotaram o Estádio Independência para pressionar a Inglaterra. E testemunharam o inacreditável. “A Inglaterra e o Brasil eram os favoritos para chegar à final da Copa. Se nós batêssemos a Inglaterra, eles estariam praticamente fora da competição. Então, os torcedores brasileiros estavam conosco, especialmente depois que marcamos o gol”, contou Walter Bahr, meia da seleção dos Estados Unidos na Copa de 1950. Ao final do jogo, com a vitória dos EUA por 1 a 0, a torcida brasileira “correu para o gramado e levantou Joe (Gaetjens, autor do gol) nos ombros e desfilou com ele ao redor do campo”, lembrou Bahr.

Joe Gaetjens assina a bola do gol sobre a Inglaterra

Joe Gaetjens assina a bola do gol sobre a Inglaterra

Nascido no Haiti, Joe Gaetjens mudou-se para Nova York para estudar na Columbia University e passou a trabalhar em um restaurante como lavador de pratos. Ao declarar vontade de se naturalizar americano, Gaetjens foi autorizado pela FIFA a disputar a Copa pelos Estados Unidos. Porém, nunca viria a se tornar cidadão dos EUA. Em vez disso, desapareceu no Haiti em 1963, presume-se, assassinado porque sua família se opôs ao regime do ditador Francois Duvalier.

O gol surpreendente de Joe Gaetjens sobre a Inglaterra nasceu de um chute de Walter Bahr de fora da área. Aos 87 anos de idade, Bahr descreveu o lance que mudou a história da primeira Copa do Mundo realizada no Brasil: “Eu chutei a 25 jardas (cerca de 23 metros) do gol. As fotos mostram o goleiro Williams se movendo para a direita, mas ele foi pego de surpresa por um desvio feito por Joe (Gaetjens). De alguma forma, Gaetjens resvalou na bola apenas o suficiente para desviar a trajetória. O goleiro estava indo para um lado e a bola entrou no outro.” O gol saiu aos 37 minutos do primeiro tempo.

O momento do gol histórico dos EUA

O momento do gol histórico dos EUA

A Inglaterra ainda reconstruía a grande destruição provocada na Segunda Guerra Mundial, encerrada em 1945. O futebol era uma das poucas alegrias da Grã-Bretanha em 1950. Enquanto que nos Estados Unidos, não passava de um esporte praticado por “alguns grupos étnicos”, segundo Walter Bahrs. “Muita gente não sabia o que era a Copa do Mundo (nos EUA), com exceção a alguns grupos étnicos”, relatou. Professor de educação física, Bahr teve que largar o emprego para jogar a Copa do Mundo. “Em 1950, quando tivemos a seletiva final para o time, em Saint Louis, eu precisava tirar alguns dias de folga para viajar. E eles disseram que não me liberariam sem contar os dias como faltas. A diretoria da escola me disse: – Você pode viajar para Saint Louis, mas o seu emprego não estará aqui quando você voltar”, contou Bahr, que disse não se arrepender.

Enquanto o atacante Clint Dempsey, jogador americano mais bem pago da atualidade, recebe $6,7 milhões de dólares (R$15 milhões) por temporada, Walter Bahr ganhava $15 dólares por jogo em 1950, “apenas para cobrir as despesas”, contou. Segundo Bahr, a organização da primeira Copa realizada no Brasil foi impecável. “A organização foi muito boa. Tudo de primeira. Campo de treino, estádios, acomodações. A federação brasileira organizou tudo da melhor forma possível. Não há nada negativo pra se dizer.”

Menos de três semanas depois de fazer a alegria dos brasileiros, ajudando a tirar a Inglaterra do caminho da seleção, os jogadores americanos receberam a notícia de que o Brasil havia sido derrotado na final da Copa pelo Uruguai em pleno Estádio do Maracanã, por 2 a 1. Porém, o “Maracanaço” não surpreendeu Walter Bahr. “Nós sabíamos que os times que estavam lá (na Copa) eram melhores do que se pensava. Uruguai e Chile tinham bons times. Inglaterra tinha um grande time. Todos esses eram times favoritos para chegar entre os quatro melhores. Aquilo abriu os olhos das pessoas, mas para os jogadores que estavam lá não foi uma surpresa”, disse Bahr.

“Haverá muitas zebras na próxima Copa do Mundo também”, previu Walter Bahr. “Penso que o time brasileiro e os principais times da América do Sul e da Europa estão sujeitos a isso. Haverá grandes jogos, com certeza.”

EUA na Copa de 1950. Walter Bahr é o primeiro jogador em pé, da esquerda para a direita

EUA na Copa de 1950. Walter Bahr é o primeiro jogador em pé, da esquerda para a direita

Aquela vitória heróica dos Estados Unidos sobre a Inglaterra nada repercutiu em território norte-americano nos anos 1950. “Das reportagens enviadas do Brasil contando o nosso jogo contra a Inglaterra, algumas diziam que a Inglaterra havia vencido por 10 a 1. Muitos jornais não deram coisa alguma. Houve muito pouca cobertura depois daquilo. A única pessoa que me encontrou no aeroporto foi a minha esposa”, contou Walter Bahr. O casal, que vive na cidade de Filadélfia, teve quatro filhos. “Mas sou o único que jogou futebol na família. E foi por causa da vizinhança onde cresci”, relatou o professor aposentado.

Porém, à medida em que o futebol se populariza nos EUA, mais e mais pessoas descobrem o feito de Bahr, Gaetjens, Frank Borghi, um jogador profissional de beisebol que decidiu ser goleiro de Copa do Mundo. “Durante 25 anos, dei duas ou três entrevistas no máximo”, contou Bahr, um dos dois titulares dos EUA que continuam vivos. “À medida em que a Copa do Mundo ganha importância e passa a atrair mais dinheiro, popularidade e publicidade, hoje, a cada Copa do Mundo, dou mais entrevistas do que na Copa anterior”, afirmou Bahr, que entrou para o Hall da Fama do futebol dos EUA em 1976 por uma vitória histórica na primeira Copa do Mundo disputada no Brasil.


Copa começou nos EUA para 10 seleções
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Marcos Peres

Adversário do Brasil na Copa, o México, de Rafa Marquez, fará 3 jogos nos EUA - foto Getty Images

Adversário do Brasil na Copa, o México, de Rafa Marquez, fará 3 jogos nos EUA – foto Getty Images

Com a vitória da seleção americana por 2 a 0 sobre o Azerbaijão, nessa quarta-feira, em San Francisco, Califórnia, começou a pré-Copa do Mundo dos Estados Unidos. 10 das 32 seleções que vão disputar o mundial de futebol no Brasil farão, dentro dos próximos dez dias, uma série de 13 partidas amistosas nos EUA.

Diego Costa pode fazer nos EUA único amistoso antes da Copa - foto: REUTERS/Heinz-Peter Bader

Diego Costa pode fazer nos EUA único amistoso antes da Copa – foto: REUTERS/Heinz-Peter Bader

Não se trata de um torneio. Mas dos planos de fortalecimento do futebol no território norte-americano. A série de jogos iniciada pela seleção local vai terminar com um amistoso entre a atual campeã mundial, a Espanha, e El Salvador, no dia 7 de junho, na região da capital do país, Washington. Talvez esse seja o único amistoso a ser disputado pelo atacante brasileiro naturalizado espanhol, Diefo Costa pela Roja antes da Copa. Ele se recupera de uma lesão muscular na perna direita.

A seleção do México, adversária do Brasil no grupo A da Copa do Mundo, jogará nos Estados Unidos os três últimos amistosos antes da estreia no mundial, marcada para o dia 13 de junho, contra a seleção de Camarões. Todos os adversários que o México vai enfrentar nos EUA também estarão na Copa: Equador, Bósnia e Herzegovina e Portugal.

Série de amistosos nos EUA foi batizada de Road to Brazil "Estrada para o Brasil" - Divulgação

Série de amistosos nos EUA foi batizada de Road to Brazil “Estrada para o Brasil” – Divulgação

México e Equador se enfrentarão nesse sábado, em Arlington, Texas. Um jogo que o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, deve analisar meticulosamente. Outras seleções que farão dos Estados Unidos a última escala antes do embarque para o Brasil são: Honduras, Nigéria, Costa do Marfim e Grécia. Essas últimas duas seleções são possíveis adversárias do Brasil nas quartas de final da Copa.

Espalhadas por diversos pontos do país, as seleções da Copa não vão apenas medir forças, como também enfrentarão seleções convidadas, como Turquia, Bolívia, El Salvador e Israel.

Veja a lista dos 13 amistosos a serem disputados nos EUA antes da Copa. Seleções classificadas para o Mundial estão em negrito:

O México nos EUA:

31 de maio – México X Equador – Arlington, TX – AT&T Stadium

3 de junho – México X Bósnia e Herzegovina – Chicago, IL – Soldier Field

6 de junho – México X Portugal – Foxborough,  MA – Gillette Stadium

A seleção dos EUA:

27 de maio – Estados Unidos 2X0 Azerbaijão – San Francisco, CA – Candlestick Park

1 de junho – Estados Unidos X Turquia – Harrison, NJ – Red Bull Arena

7 de junho – Estados Unidos X Nigéria – Jacksonville, FL – EverBank Field

Demais seleções da Copa nos EUA:

29 de maio – Honduras X Turquia – Washington D.C. – RFK Stadium

30 de maio – Bósnia e Herzegovina X Costa do Marfim – St. Louis, MO – Edward Jones Dome

1 de junho – Honduras X Israel – Houston, TX – BBVA Compass Stadium

3 de junho – Grécia X Nigéria – Chester, PA – PPL Park

4 de junho – Costa do Marfim X El Salvador – Frisco, TX – Toyota Stadium

6 de junho – Grécia X Bolívia – Harrison, NJ – Red Bull Arena

7 de junho – Espanha X El Salvador – Landover, MD – FedEx Field

 


Cortado da Copa, Donovan quebra recorde de gols nos EUA
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Marcos Peres

"O momento em que Landon Donovan fez história" - Reprodução: LAGalaxy no Twitter

“O momento em que Landon Donovan fez história” – Reprodução: LAGalaxy no Twitter

Três dias após ter sido cortado da delegação dos Estados Unidos que jogará a Copa do Mundo no Brasil, Landon Donovan marcou dois gols pelo Los Angeles Galaxy contra o Philadelphia Union e se tornou o maior goleador da história da liga americana, a Major League Soccer, com 136 gols. “Eu me sacrifiquei muito para estar na posição que estou hoje. Fiquei muito feliz por mim mesmo”, afirmou Donovan, que deixou o campo aplaudido de pé pela torcida na Califórnia.

O melhor jogador de futebol da história dos Estados Unidos não marcava um gol desde 6 de outubro de 2013. Esse foi um dos motivos que fizeram o técnico Jürgen Klinsmann afirmar tê-lo cortado porque precisava “tomar decisões baseado no presente” e não no passado de Landon Donovan.

Donovan deixou a concentração da seleção americana dizendo discordar da decisão de Klinsmann. “Baseado em minhas performances antes dos treinamentos (da seleção), baseado em minha preparação para os treinamentos, baseado em minha forma física, baseado em meu volume de trabalho, baseado na forma com que treinei e joguei na concentração, eu não só achei que faria parte dos 23 (convocados), como achava que estava cotado para ser titular. É por isso que estou desapontado”, declarou Donovan no treino que antecedeu a vitória do Galaxy por 4×1 sobre o Union.

Após o jogo no qual se isolou na artilharia da MLS com 136 gols, superando o jamaicano Jeff Cunningham, que deixou a liga em 2011 com 134 gols, Donovan desabafou: “Eu já vinha jogando muito bem. Me senti bem durante os treinamentos (da seleção) sobre como as coisas estavam acontecendo. E pensei que marcaria um gol logo. Só não sabia que seria tão logo, já nesse jogo. Mas fiquei muito feliz por marcar.”

“Foram três dias emotivos. Muitos altos e baixos, para ser honesto… Estou muito feliz que essa semana tenha terminado desse jeito,” disse Donovan. Incontáveis mensagens tomaram conta das redes sociais nos Estados Unidos parabenizando o camisa 10 do Galaxy. E muitas delas incluíram críticas ao técnico da seleção.

Um dos milhares de torcedores que cobraram Klinsmann via Twitter:
“Donovan, parabéns por se tornar o maior goleador da MLS em todos os tempos! Klinsmann, por favor anote… Acho que você tem 23 jogadores melhores!”

Brad Guzan, goleiro convocado para a Copa do Mundo:

“Parabéns a Donovan pelo recorde de gols da MLS!!!” 

Federação de Futebol dos EUA:
“Parabéns a Donovan por quebrar o recorde de gols da MLS!”

Abby Wambach, bicampeã olímpica e maior artilheira da história da seleção feminina dos EUA:

“Um enorme parabéns a Donovan por quebrar o recorde. Verdadeiro campeão e uma prova do seu caráter! #Classe”


Por que Donovan está fora da seleção dos EUA
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Marcos Peres

 

Julian Green, de 18 anos, ficou com a vaga de Donovan, de 32 - foto: Christian Petersen/Getty Images

Julian Green, de 18 anos, ficou com a vaga de Donovan, de 32 – foto: Christian Petersen/Getty Images

O técnico Jürgen Klinsmann não vai levar o melhor jogador da história dos Estados Unidos para a Copa do Mundo no Brasil. Maior goleador da seleção americana, Landon Donovan não apareceu na lista final de 23 jogadores divulgada nessa quinta-feira. Klinsmann justificou dizendo: “Tenho que decidir o que é melhor para esse grupo hoje, que vai para o Brasil. Penso apenas que há outros jogadores agora um pouco à frente dele (Donovan).”  

Mas o que está nas entrelinhas da convocação final dos EUA diz muito mais do que isso. Klinsmann quer dar experiência internacional a jovens jogadores americanos. Depois de ter sido encurralado entre Alemanha, Portugal e Gana, no difícil grupo G do mundial desse ano, o treinador dos Estados Unidos decidiu iniciar o trabalho que vai se estender até a Copa do Mundo da Rússia, daqui a quatro anos. E, para tanto, preteriu alguns jogadores fundamentais nas eliminatórias da Copa em favor de jovens atletas.

Landon Donovan - foto Christian Petersen/Getty Images

Landon Donovan – foto Christian Petersen/Getty Images

Donovan, de 32 anos, apesar de ser o melhor, não é único jogador experiente a ser dispensado da viagem ao Brasil. O atacante Eddie Johnson, de 30 anos, o zagueiro Clarence Goodson, de 32, e o meia Brad Evans, de 29, também foram surpreendidos. Jürgen Klinsmann decidiu convocar DeAndre Yedlin, de 20 anos, do Seattle Sounders-EUA, John Brooks, 21 anos, jogador do Hertha Berlim-ALE e Julian Green, de 18, recém promovido para o time adulto do Bayern de Munique-ALE. Esses dois últimos, são cidadãos de dupla nacionalidade, Alemanha – Estados Unidos, que Klinsmann convenceu a defenderem os EUA.

Jürgen Klinsmann está cumprindo, à sua forma, a missão que lhe foi dada pela federação americana em 2011, quando assumiu a seleção: iniciar nos EUA uma reciclagem semelhante à que promoveu no futebol alemão entre 2004 e 2006,  quando levou uma jovem seleção da Alemanha ao terceiro lugar na Copa disputada em casa. E, o mais importante, jogando no ataque e causando uma revolução no futebol alemão.

Ao decidir trocar 5 jogadores da base da seleção alemã e promover jovens jogadores ao time titular, Klinsmann foi massacrado no país onde nasceu. Considerado o melhor jogador da Alemanha na Copa de 98, o zagueiro Christian Wörns, do Borussia Dortmund, atacou Klinsmann publicamente em uma entrevista. Aos 34 anos de idade, ele queria liderar a seleção frente à própria torcida. Mas, em vez disso, deu lugar a Per Mertesacker, de apenas 21 anos.

Mertesacker tinha a mesma idade que o atacante Lukas Podolski, 21 anos. Podolski acabou sendo um dos vice-artilheiros da Copa da Alemanha, com 3 gols, ao lado de jogadores como o brasileiro Ronaldo, o argentino Hernán Crespo, e os franceses Zinedine Zidane, e Thierry Henry.

Podolskis e Mertesackers não estão disponíveis nos Estados Unidos na atualidade. Klinsmann sabe como ninguém que seu “pé-de-obra” nos Estados Unidos não é tão qualificado quanto encontrou na Alemanha. E foi por esse motivo que a federação de futebol dos EUA já concedeu ao treinador uma extensão de contrato de quatro anos, até 2018. Sim, até a Copa do Mundo de 2018. Quando Landon Donovan terá 36 anos de idade. E, então, sua convocação muito provavelmente não será tão questionada.


“Bicho” para jogar Copa não é exclusividade do Brasil
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Marcos Peres

Atacante americano Landon Donovan - foto: Danilo Verpa/Folhapress

Atacante americano Landon Donovan – foto: Danilo Verpa/Folhapress

A FIFA vai pagar R$ 83 milhões ao time campeão da Copa do Mundo de 2014. Já as seleções eliminadas na primeira fase do torneio receberão o equivalente a R$ 19 milhões. Seja qual for o desempenho do Brasil, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, afirmou que vai dividir todo o dinheiro a ser recebido da FIFA entre os jogadores e a comissão técnica. “Estamos dando tudo. A CBF não vai ficar com nada”, disse Marin em abril desse ano, segundo o Blog do Boleiro, do Terra Magazine. Caso a seleção brasileira ganhe a Copa, cerca de R$2,5 milhões estarão disponíveis para cada membro da delegação. Porém, a CBF não divulgou quais os critérios para a distribuição de cifras dentro do grupo.

Já os números da seleção dos Estados Unidos são muito mais modestos, assim como as metas dos EUA na Copa. A primeira delas, passar da fase de grupos da competição, na qual vai encarar Alemanha, Portugal e Gana. Cada um dos 23 jogadores que estiverem na lista final do técnico Jürgen Klinsmann para a Copa vai receber uma recompensa mínima de $76 mil dólares, cerca de R$ 168 mil, segundo levantamento da revista Sports Illustrated. Esse número corresponde a R$ 122 mil pela participação na Copa, R$ 12 mil para cada um dos três jogos da primeira fase e mais R$ 3,3 mil por cada amistoso da fase de preparação.

Assim como no caso da seleção brasileira, o bônus para o time americano também será maior à medida em que a equipe avance na Copa do Mundo. Porém, os números finais não foram divulgados. 30 jogadores estão concentrados em Stanford, no estado da Califórnia, disputando as 23 vagas que serão anunciadas por Klinsmann no próximo dia 2 de junho. Os sete jogadores que forem cortados terão que se contentar com $ 3 mil dólares, algo em torno dos R$ 6,6 mil, por três semanas de trabalho na concentração.

R$ 161 mil, a diferença entre fazer ou não parte da lista final de convocados, não teria um grande impacto nas fianças dos principais jogadores dos Estados Unidos, como Clint Dempsey, Michael Bradley ou Landon Donovan, já que todos eles ganham mais de R$ 10 milhões por temporada. Porém, R$ 161 mil correspondem a 70% do salário do lateral-direito DeAndre Yedlin no Seattle Sounders, cerca de R$ 203 mil. Para Yedlin e outros jogadores pré-convocados, a Copa não é apenas uma vitrine para o futuro, como também a oportunidade de entrar na loja e fazer boas compras dentro de dois meses.

Veja os números da premiação anunciada pela FIFA às seleções participantes da Copa do Mundo de 2014:

Campeã: R$ 83 milhões

Vice-campeã: R$ 59 milhões

Terceira colocada: R$ 52 milhões

Quarta colocada: R$ 47 milhões

Quartas de final: R$ 33 milhões

Oitavas de final: R$ 21 milhões

Fase de grupos: R$ 19 milhões


Klinsmann ameaça cortar estrela dos EUA da Copa
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Marcos Peres

Landon Donovan não tem lugar garantido na Copa - foto: Timothy A. Clary / AFP Photo

Landon Donovan não tem lugar garantido na Copa – foto: Timothy A. Clary / AFP Photo

Landon Donovan é o maior goleador da história da seleção de futebol dos Estados Unidos. Mais do que isso, é também o jogador responsável pelo maior número de passes que resultaram em gols da seleção americana em todos os tempos. Porém, Donovan, de 32 anos, está, nesse momento, concentrado em um centro de treinamentos da Califórnia, disputando uma vaga na Copa do Mundo – seria a quarta Copa da carreira – com garotos, como Julian Green, de 18 anos.

Quando o técnico alemão Jürgen Klinsmann anunciar a lista final de 23 jogadores para a Copa do Mundo do Brasil, no próximo dia 2 de junho, Donovan, titular da seleção americana nas últimas três Copas, pode não estar lá. Não que haja jogadores tecnicamente mais qualificados. Ou que Donovan não tenha mais condições físicas para fazer a diferença, aos 32 anos de idade. Klinsmann tem cobrado dele a atitude de Copas passadas.

“A mídia pensa que ele (Donovan) é intocável, que ele tem que estar no Brasil, que tem que ser titular. Mas não é assim que funciona”, disse Jürgen Klinsmann em um documentário exibido pela rede de televisão americana ESPN. “Tenho que tomar decisões baseado no que vejo hoje”, avisou o treinador da seleção.

Jürgen Klinsmann, de 49 anos, criticou Donovan quando o jogador americano mais bem pago da Major League Soccer decidiu tirar um período sabático no ano passado, durante as eliminatórias para a Copa do Mundo. No mês passado, o treinador botou Donovan no banco de reservas, em jogo contra a seleção do México, mesmo sem contar com os jogadores americanos que atuam na Europa para o amistoso. Klinsmann alegou fraco desempenho de Donovan nos treinamentos da seleção. Ao que o jogador respondeu dizendo que vinha sentindo algumas dores no joelho esquerdo.

Landon Donovan tem duas semanas para reverter essa má impressão. Ele foi um dos principais motivos pelos quais Klinsmann decidiu levar os 30 jogadores da pré-convocação para duas semanas de convivência e treinamentos intensivos na Universidade de Stanford, na Califórnia, para só depois anunciar o corte de sete atletas.

“Eu sempre fui direto com ele (Donovan)”, disse Jürgen Klinsmann. “Não há dúvidas sobre o que ele já fez pelo futebol dos EUA, pelo (Los Angeles) Galaxy, antes, pelo San Jose (Earthquakes) ou o que realizou em sua carreira pessoal pela seleção dos Estados Unidos. É fantástico! Ele merece todos os cumprimentos. Mas futebol é o que você faz hoje e o que você poderá fazer no futuro. Nós não estamos construindo um grupo baseados no passado. Estamos montando o grupo baseados no que temos atravessado juntos e no que acreditamos no dia de hoje.”

Desde que assistiu a 59 minutos do empate com o México em 2 a 2 do banco de reservas, Landon Donovan melhorou sua produtividade. Foi o melhor jogador do Los Angeles Galaxy no último jogo antes de se apresentar à seleção, um empate em 1X1 com o time de Portland. “A menos que aconteça um milagre, é minha última chance de fazer parte de algo como isso (Copa do Mundo)”, disse Donovan ao final da partida. “Então, eu realmente quero agarrá-la e estar lá.”

Caso Landon Donovan, principal estrela americana da liga local, seja cortado da seleção, Jürgen Klinsmann viajará para o Brasil carregando uma responsabilidade inimaginável há alguns meses. Sair de um dos grupos mais difíceis da Copa de 2014 sem a ajuda do jogador americano mais talentoso dos anos 2000. Porém, se a “enquadrada” em Landon Donovan surtir o resultado que Klinsmann certamente gostaria que tivesse, talvez Donovan possa se despedir das Copas do Mundo com uma contribuição histórica para os EUA, que têm pela frente Gana, Portugal e Alemanha pelo grupo G do mundial.


Copa-94: A derrota para o Brasil que consagrou uma geração nos EUA
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Marcos Peres

Mazinho dá entrada dura em Marcelo Balboa na Copa de 1994. - foto: Mike Powell/ALLSPORT

Mazinho dá entrada dura em Marcelo Balboa na Copa de 1994. – foto: Mike Powell/ALLSPORT

Marcelo Balboa está no Hall da Fama do futebol nos Estados Unidos. Não por ter sido campeão mundial, mas, entre outras coisas, por quase ter ganho do Brasil quando o futebol profissional não existia nos Estados Unidos, na Copa do Mundo de 1994. “Jogar contra o Brasil no dia 4 de julho (feriado da independência dos EUA) foi absolutamente fantástico”, lembrou Balboa. “Foi um sonho realizado jogar contra o melhor time do mundo e quase, quase operar um milagre!”

Para não fazer feio na Copa do Mundo que iria sediar, a federação dos Estados Unidos contratou 22 jogadores e montou um time para chamar de seleção. Os atletas passaram um ano juntos na Califórnia. O treinador era o experiente sérvio Bora Milutinovic, que já havia dirigido as seleções do México (1986) e da Costa Rica (1990) em Copas do Mundo. Mas os jogadores eram semiprofissionais. “Nós não tínhamos uma liga profissional nos EUA. As portas não estavam abertas para jogadores americanos no exterior, seja na Europa ou na América do Sul”, lembrou Balboa. “Havia pouquíssimos americanos jogando no exterior. Então, a federação americana chegou à conclusão de que teria que promover uma situação para nos proporcionar a oportunidade de treinar todos os dias, como se fosse um clube.”

Balboa disputa a bola com Zinho - foto: Chris Cole/ALLSPORT

Balboa disputa a bola com Zinho – foto: Chris Cole/ALLSPORT

O entrosamento e a obediência tática dos americanos, adquiridos com essa experiência, ameaçaram verdadeiramente a seleção brasileira nas oitavas de final da Copa de 94. O então lateral Leonardo foi expulso ainda no primeiro tempo do jogo, depois de uma cotovelada violenta no principal jogador dos EUA, o meia Tab Ramos. Os zagueiros Marcelo Balboa e Alexi Lalas se destacaram e ajudaram a seleção americana a evitar um gol brasileiro até os 28 minutos do segundo tempo, quando o atacante Bebeto marcou. Mas a partida contra os EUA foi uma das mais duras da Copa para o time de Carlos Alberto Parreira.

Balboa em ação na histórica vitória sobre a Colômbia - foto: Shaun Botterill/ALLSPORT

Balboa em ação na histórica vitória sobre a Colômbia – foto: Shaun Botterill/ALLSPORT

Apesar da derrota para o Brasil, aquela geração americana já estava consagrada. Chegar às oitavas já era um grande feito. Principalmente depois da vitória totalmente inesperada por 2 a 1 sobre a forte seleção da Colômbia, do talentoso cabeludo Valderrama, de Freddy Rincón e Faustino Asprilla. “Nós celebramos aquele dia como se tivéssemos ganho a Copa do Mundo”, lembrou Marcelo Balboa. “Se você assistir ao jogo, você verá os jogadores correndo com bandeiras americanas e curtindo o momento no qual chocamos a todos, até a nós mesmos”, afirmou o ex-zagueiro que viria a ganhar o apelido de Iron Man – Homem de Ferro, em língua portuguesa.

De fato, aquela campanha mudou as vidas de muitos daqueles jogadores americanos. “Abriu as portas para muitos de nós”, afirmou Balboa. “Alexi (Lalas) foi para a Itália. Eu fui para o México, Mike Sorber e Tab Ramos foram para o México jogar. Abriu muitas portas para nossos jogadores no exterior. E ajudou muitos a se tornarem jogadores profissionais.”

Marcelo Balboa e Alexi Lalas, dupla de zaga dos EUA em 1994 - foto: Simon Bruty/ALLSPORT

Marcelo Balboa e Alexi Lalas, dupla de zaga dos EUA em 1994 – foto: Simon Bruty/ALLSPORT

Marcelo Balboa se divertiu ao contar que grande parte dos torcedores ainda o confundem com seu companheiro de zaga, Alexi Lalas. Embora fossem figuras marcantes em 1994, são completamente diferentes fisicamente. “Algumas pessoas me chamam de Lalas, o que é engraçado. Como esquecer Alexi? Cabelos ruivos longos, enorme cavanhaque, grande personalidade. Nove de dez torcedores me perguntam sobre ele”, contou Balboa, que mantém os longos cabelos pretos aos 46 anos de idade. Lalas se livrou da imagem do “roqueiro rebelde” de antes. “Meu cabelo está um pouco mais curto do que naquela época, mas continua bem comprido”, disse Balboa. “Meu pai me ensinou a seguinte filosofia: Se está crescendo, mantenha, porque um dia não vai crescer mais”, disse às gargalhadas.

Filho de argentinos, Marcelo Balboa vai ao Brasil como comentarista do canal Univisión, rede de televisão em língua espanhola, destinado à comunidade hispana que vive nos Estados Unidos. “Penso que será muito difícil, mas os EUA podem passar da fase de grupos”, analisou Balboa, com otimismo. “Mesmo com Portugal, de Cristiano Ronaldo, Alemanha, com tantos bons jogadores e Gana, com sua técnica e velocidade. E, se conseguirem sair daquele grupo, penso que (os EUA) tenham pego uma chave favorável. Não é como o Brasil, que terá que jogar contra a Espanha, Holanda ou Chile na próxima fase.”

Marcelo Balboa aos 46 anos

Marcelo Balboa aos 46 anos

Balboa vive no frio estado americano do Colorado há oito anos, desde que se tornou um dos fundadores da Major League Soccer, em 1996, ao assinar contrato com o Colorado Rapids. A criação da liga profissional é um legado da Copa de 1994. Nasceu por exigência da FIFA.

O ex-zagueiro hoje ensina futebol para crianças. O time, chamado Trebol, tem 700 jovens de 9 a 18 anos. Está à procura de um garoto que possa dar ao futebol dos Estados Unidos a única coisa que falta, segundo Balboa: “Estamos revelando bons jogadores, mas continuamos a sentir falta daquele “camisa 10”, daquele jogador especial, um Messi, um Cristiano Ronaldo, um Zidane. Não temos um jogador que tenha um grande impacto na Europa.”

“Se você observar o quão popular o futebol tem se tornado nos Estados Unidos, você verá que o potencial aqui é altíssimo, afirmou Balboa. Somos 300 milhões de pessoas e o futebol não pára de crescer. O problema é que nós temos tido dificuldades em formar aquele “camisa 10”. Veja o Uruguai, por exemplo. Há 3 milhões de pessoas no Uruguai e eles formaram Forlán, Suárez, uma extensa lista de bons jogadores na história. Nós continuamos sentindo falta de um “camisa 10”. Se tivermos essa sorte…”


“Vai ser a Copa da paciência” diz técnico dos EUA sobre falta de estrutura
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Marcos Peres

Jürgen Klinsmann prepara o time para a "Copa da paciência" - foto: Florian Eisele/isiphotos.com

Jürgen Klinsmann prepara o time para a “Copa da paciência” – foto: Florian Eisele/isiphotos.com

A seleção de futebol dos Estados Unidos já começou a treinar para a Copa do Mundo do Brasil. Seis dias antes de Gana, adversário da estreia da Copa. Cinco dias antes de Portugal, o segundo rival pelo grupo G. Sete dias antes da Alemanha, o último oponente na fase de grupos. Os jogadores do Brasil se apresentarão à seleção doze dias mais tarde, no dia 26 de maio.

O treinador alemão Jürgen Klinsmann tem utilizado o planejamento cuidadoso como ferramenta para dar aos jogadores dos Estados Unidos condições de enfrentar em pé de igualdade adversários mais talentosos e tradicionais. Foi assim que ele se antecipou a algumas das principais seleções do mundo e garantiu o centro de treinamentos do São Paulo F.C., um dos principais do país, como base da seleção americana no Brasil. Porém, planejamento e organização não deverão definir a Copa do Mundo de 2014 a partir de junho. “Não será uma Copa do Mundo perfeita”, afirmou Klinsmann. “Vai ser a Copa do Mundo da paciência”, classificou o treinador dos EUA.

Klinsmann usou como exemplo o precário sistema aeroportuário do Brasil: “Eles (brasileiros) pensam diferente em relação ao tempo”, opinou o alemão. “Enquanto ficamos chateados por ficarmos duas horas sentados esperando por um voo, eles não estão nem mais ficando chateados depois de esperarem seis horas por um voo.”

Antes de embarcar para o Brasil, Jürgen Klinsmann promoverá duas semanas de treinamentos intensos na Califórnia antes de expor o time a três amistosos ainda em território norte-americano, contra a seleção do Azerbaijão, dia 27 de maio, Turquia, no dia primeiro de junho, e Nigéria, do dia 7.

21 dos 30 jogadores americanos convocados participaram do primeiro treinamento da seleção nessa quarta-feira, em Stanford, Califórnia. Os demais atletas serão incorporados ao grupo aos poucos, até o próximo domingo. A partir dessa quinta-feira, haverá dois treinamentos diários fechados ao público. No dia 26 de março, a seleção americana fará o único treinamento com os portões da Universidade de Stanford abertos para os torcedores.

Jürgen Klinsmann pretende promover uma intensa competição entre os jogadores nas próximas duas semanas e meia, antes de anunciar os cortes de sete atletas e fechar o grupo de 23 jogadores para a Copa do Mundo. O treinador alemão vai anunciar a lista final na data-limite estabelecida pela FIFA, o dia 2 de junho.

Os Estados Unidos estreiam na Copa contra Gana no dia 16 de junho, em Natal. No dia 22, enfrentam Portugal em Manaus e, no dia 26, a Alemanha, em Recife.


Magic Johnson responde ataques de magnata racista
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Marcos Peres

O ex-jogador de basquete Magic Johnson, alvo das declarações racistas que acabaram por banir o proprietário do Los Angeles Clippers da NBA, disse que Donald Sterling “está lutando em uma batalha que não pode ganhar” e que o empresário “não pode comprar uma solução pra sair dessa”.

Magic Johnson em entrevista à CNN - Divulgação

Magic Johnson em entrevista à CNN – Divulgação

Em entrevista à rede de televisão CNN, que foi ao ar na noite dessa terça-feira, Magic Johnson respondeu aos ataques de Donald Sterling que haviam sido exibidos no dia anterior. Sterling afirmou que Magic Johnson deveria “se envergonhar” por ter contraído o vírus da AIDS.

“Você espera que um homem como esse seja educado. Ele é dono de um time que tem uma imensa plataforma, com enorme potencial para ajudar a mudar o mundo. Mas ele o está fazendo de maneira negativa”, disse Magic Johnson sobre Sterling, um magnata do ramo imobiliário. “Eu não culpei ninguém mais (por ter contraído o vírus HIV)”, afirmou o ex-jogador. “Eu sei que o que fiz foi errado… Eu tomei uma atitude de homem e declarei ao mundo que tinha a doença. Tinha a esperança de ajudar muitas pessoas fazendo isso. E acho que ajudei (…) Eu falei com muitos jovens que tinham acabado de contrair o vírus HIV e estavam prestes a cometer suicídio” contou o ex-atleta, cuja Fundação Magic Johnson doou $ 15 milhões de dólares para a educação e a prevenção ao vírus HIV.

Magic Johnson, campeão olímpico em Barcelona-1992 e cinco vezes campeão da NBA pelo Los Angeles Lakers, disse ter recebido um telefonema de Donald Sterling sugerindo que os dois participassem juntos de uma entrevista na televisão para resolver o caso, mas que o empresário nunca se desculpou por tê-lo ofendido.

Na entrevista que deu à CNN, Donald Sterling acusou Magic Johnson de jamais ter ajudado a comunidade afro-americana nos Estados Unidos. Johnson considerou essa afirmação mais um desrespeito. “Nesse momento, eu pago bolsas de estudos para 150 jovens”, contou o ex-jogaror. “Mas eu não quero publicidade pelo que faço, não é assim que funciona”, acredita Johnson. “Ele não pode comprar uma solução pra sair dessa. Donald Sterling não será bem-vindo de volta à NBA”, afirmou Johnson.

Donald Sterling se nega a vender o Los Angeles Clippers, como quer o homem forte da NBA, o comissário Adam Silver, e diversos jogadores da liga. Porém, Magic Jonhson deixou uma mensagem para o empresário: “Você está lutando em uma batalha que não pode ganhar… Apenas pegue o dinheiro, se vá e aproveite a sua vida.”


EUA: Time de brasileiro lança logotipo para MLS
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Marcos Peres

Reprodução Twitter

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O Orlando City lançou, nessa terça-feira, nos Estados Unidos, um novo logotipo e a camisa que serão usados na estréia na Major League Soccer, em 2015. O time do proprietário brasileiro Flávio Augusto da Silva vai continuar a vestir roxo. O logotipo, porém, ganhou um leão na cor dourada.

A camisa foi desenvolvida pela Adidas, fornecedora oficial de todas as equipes da MLS. O artista responsável pelo logo é um torcedor do Orlando City. O time tem o apelido de Lions – Leões, em língua portuguesa. O escudo tem um leão cuja juba foi inspirada no sol, em referência ao estado da Flórida, conhecido nos Estados Unidos como Sunshine State – Estado da Luz do Sol. A juba tem, ainda, 21 pontas, em referência ao fato do Orlando City ser o 21º time da liga.

Compare o novo logo ao antigo:

Novo logo - Divulgação

Novo logo – Divulgação

Antigo logo

Antigo logo

 

 

 

 

 

 

O carioca Flávio Augusto da Silva promete contratar um jogador que ele classifica como “estrela brasileira” para a estréia da equipe na MLS, que vai acontecer em março do ano que vem.

O clube já iniciou as obras de um estádio de futebol na região central de Orlando, a poucos metros da arena utilizada pelo Orlando Magic, da NBA. O Orlando City SC utilizará o novo estádio na temporada 2016. Em 2015, o time utilizará o estádio Citrus Bowl, uma das arenas utilizadas na Copa do Mundo de 1994, mas que está passando por uma grande reforma e modernização.