Blog do Marcos Peres

Arquivo : abril 2014

Adversário de Edson Barboza, Cerrone está falido
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Marcos Peres

Donald Cerrone - Josh Hedges/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images

Donald Cerrone – Josh Hedges/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images

O lutador americano Donald Cerrone tem grandes planos para esse fim-de-semana de UFC, em Orlando, Estados Unidos: “Espero sair daqui com um bônus em dinheiro e, então, ir até (o arquipélago de) Florida Keys e achar uma forma de gastar tudo”, contou ele ao Blog. Esse estilo de vida levou o “Cowboy”, de 31 anos à falência, apesar de ele ser considerado um dos principais lutadores do UFC na atualidade.

“Nunca muda”, descreveu Cerrone. “Continuo me divertindo e quando a luta chega, luto. Em meus camps de treinamento, quando estou cansado, tiro alguns dias de folga e vou para a noite, praticar wakeboard, pescar, beber cerveja, qualquer coisa.”

Desde que chegou a Orlando, Cerrone tem se dividido entre os treinos de MMA, as noitadas e o wakeboard – deslizar na superfície da água com uma prancha fazendo manobras, puxado por um barco. Comportamento oposto ao do adversário, o brasileiro Edson Barboza, um atleta disciplinado, que começou a praticar muay thai aos oito anos de idade. “Não adianta, que não dá pra fazer tudo o que quer, principalmente quando a gente tá perto de luta. Quando entro em camp de treinamento, fico no mínimo oito semanas focado só no treino. Só pensando no treino e treinando.

Edson Barboza

Edson Barboza

Sob o risco de perder o contrato com o UFC, depois de despencar de uma altura de sete metros, ao escalar uma montanha, no ano passado, Donald Cerrone prometeu se endireitar. “Eu tentei comer direito, descansar. Mas durou apenas duas lutas. Não é pra mim. Eu gosto de loucura, viver minha vida”, disse ele, justificando que luta melhor quando está se sentindo feliz.

Donald Cerrone, um ex-peão de rodeio profissional, é um solteirão convicto. Já Edson Barboza, de 28 anos, vive acompanhado da esposa, Bruna, com quem está há dez anos. Com um cartel de 13 vitórias e apenas uma derrota, atual número 11 do ranking dos pesos-leves do UFC, o brasileiro faz planos para chegar ao título mundial nos próximos meses. “Todo mundo me pergunta sobre o cinturão, desde que fiz 4 ou 5 lutas pelo UFC. Mas eu nunca me preocupei com isso. Eu queria era lutar. Mas depois que mudei meus treinamentos, depois dessas últimas três lutas, eu sinceramente comecei a pensar nisso. Acho que tá chegando perto. Estou sentindo que estou cada vez mais perto do cinturão”, ele contou.

Para o “Cowboy”, o cinturão pouco importa. “Eu não ligo”, disse ele. Apesar de estar entre os preferidos dos fãs do UFC, a única preocupação de Cerrone é fazer algum dinheiro para sustentar seu estilo de vida exuberante. Por esse motivo, ele pediu ao UFC seis lutas em 2014. Uma superexposição, que pode, em algum momento, afastá-lo de qualquer possibilidade de título.

Cerrone já ganhou do UFC oito prêmios em dinheiro, de nocaute ou luta da noite. Edson Barboza, seis. O principal deles, conquistado através de um chute rodado que entrou para a história da organização, em 2012, quando o brasileiro nocauteou o inglês Terry Etim. Assim, mesmo que por motivos distintos, ambos têm grandes ambições para a luta desse sábado.

“Essa é luta é demais! A luta que os fãs estão chamando de luta do ano. Estou ansioso! Vamos botar aquela arena abaixo e ganhar dinheiro”, disse Cerrone. “Eu espero proporcionar um grande show”, afirmou Barboza. “Todo mundo sabe que eu não fujo da luta, não amarro, jogo sempre pra frente, para acabar. Dessa vez, não vai ser diferente. Vou entrar procurando acabar com a luta. Preparado para os três rounds, mas se eu tiver uma oportunidade, a luta vai acabar. O público só tem a ganhar.”


Werdum temeu ser esquecido pelo público e pelo UFC
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Marcos Peres

Fabrício Werdum - divulgação

Fabrício Werdum – divulgação

Há poucos meses, o peso-pesado brasileiro Fabrício Werdum andava mais ocupado com os empregos de comentarista do UFC na televisão, para a América Latina, e de embaixador do UFC. Lutou pela última vez há mais de dez meses, em junho de 2013. Estava determinado a esperar pelo retorno do campeão Cain Velasquez ao octógono, para uma disputa de cinturão prometida pela organização. Porém, o americano passou por uma cirurgia no ombro esquerdo e a lenta recuperação ainda vai levar mais sete meses.

Apesar de relutar, Fabrício Werdum acabou por aceitar uma luta contra o americano Travis Browne, a ser disputada nesse sábado, em Orlando, Estados Unidos. E o que o convenceu foi um dito popular: “Quem não é visto, não é lembrado”. “No começo foi bem difícil a decisão de fazer essa luta, porque eu já estava com a mão no cinturão, pronto para lutar”, contou Werdum. “É difícil ficar muito tempo sem lutar. Eu iria ficar quase dois anos sem lutar. Foi uma decisão difícil, mas a gente sabia que depois as pessoas poderiam estranhar o Werdum lutando pelo cinturão, já que ele estava desaparecido.”

Fabrício Werdum, então, decidiu “mostrar ao mundo mais uma vez” que está pronto para disputar o cinturão dos pesados do UFC. Depois de brasileiros como Ânderson Silva, José Aldo e Júnior Cigano, nocauteadores natos, terem feito história no UFC, o gaúcho Werdum representa a volta por cima do jiu-jitsu brasileiro dentro da organização. Assim como o carioca Renan Barão, atual campeão da categoria peso-galo, outro especialista em submissões.

“Saber que o Rickson (Gracie), o Royce (Gracie) assistem mesmo às lutas e depois elogiam, dizendo que represento muito bem o jiu-jitsu me deixa muito feliz”, afirmou Werdum, bicampeão mundial de jiu-jitsu.

Foi por submissão que Fabrício Werdum venceu pela última vez, aplicando uma chave de braço no lendário brasileiro Rodrigo Minotauro. Foi o terceiro triunfo consecutivo, desde o retorno ao UFC, em 2012. O próximo adversário é cinco anos mais novo, tem boa velocidade, apesar dos 2,01 metros de altura, e prefere trocar golpes de pé, buscando o nocaute. Aos 36 anos, Werdum diz ter o antídoto para esse veneno.

“Tive aquele momento, que todos os lutadores de jiu-jitsu têm, de pensar que podem trocar o jogo completamente. Começam a treinar muay thai, boxe e pensam que já são especialistas naquela arte. Já passou esse meu momento. Já estou bem vacinado nesse ponto”, contou o lutador gaúcho, confiante de que encontrará uma chance de finalização em uma luta de cinco rouns, 25 minutos.


Boston lembra terrorismo e promete maratona histórica
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Marcos Peres

Uma procissão de milhares de pessoas percorreu a Boylston Street, na região central da cidade de Boston, nessa terça-feira, em homenagem às vítimas dos atentados terroristas que mataram três espectadores e feriram 260 pessoas há exatamente um ano, na tradicional Maratona de Boston. Entre as pessoas que caminharam até a linha de chegada estavam sobreviventes das duas explosões, familiares das vítimas fatais e prestadores de socorro.

Às 14h49, horário no qual a primeira bomba explodiu, no dia 15 de abril de 2013, os sinos das igrejas de Boston badalaram, simbolizando o luto da cidade de Boston e a sua renovação. Na próxima segunda-feira, dia 21 de abril, a cidade promete realizar a maior e mais segura edição da história da Maratona de Boston.

Cerca de 36 mil corredores se inscreveram, 9 mil a mais do que no ano passado. Milhares deles estão de volta depois de terem sido impedidos de terminar a maratona do ano passado. Outros milhares declararam que vão correr em solidariedade aos moradores de Boston. Um milhão de pessoas são esperadas nas ruas, ao longo do percurso, o dobro em relação a edições anteriores da maratona.

O percurso de pouco mais de 42 km passa por oito cidades da região metropolitana de Boston. Mais de 3,5 mil policiais foram destacados para cuidar da segurança no dia da prova, o dobro em relação ao ano passado. Muitos deles estarão a paisana, misturados aos espectadores. Seguranças privados também engrossarão o time de vigilantes. Haverá múltiplos pontos de revista, com detectores de metais, cães farejadores de explosivos e ainda centenas de novas câmeras de segurança.

A escritora americana Victoria Griffith, que mora a poucos quarteirões da linha de chegada, passa pelo local das explosões todos os dias para levar uma das três filhas à escola. “Leva meses até você começar a esquecer. Mas agora que está tudo montado, linha de chegada, as tendas, nesse momento está tudo bastante presente de novo,” contou ela. “Nós estamos um pouco ansiosos, porque sempre que acontece algo assim, o lugar fica mais simbólico e sempre há um perigo de que outro louco queira fazer algo”.

Victoria, que vai lançar em outubro um livro de ficção que se passa na Amazônia brasileira, contou que estava pronta para levar uma das filhas à linha de chegada no ano passado, quando ouviu a primeira explosão. “Talvez esse ano eu vá sozinha, sem minha filha”, ponderou a escritora.

Espectadores devem carregar seus pertences em plásticos translúcidos, evitando mochilas, coolers, agasalhos com bolsos e até carrinhos de bebês.

Autoridades de segurança de Nova York e Londres, duas das cidades mais alvejadas pelo terrorismo, se envolveram nas preparações para a Maratona de Boston desse ano. Apesar das medidas de segurança, as autoridades de Boston afirmaram que o caráter festivo da maratona mais antiga a ser disputada incessantemente no mundo será preservado.

“Estamos confiantes de que a experiência dos corredores e espectadores não será impactada e todos poderão aproveitar um dia festivo e familiar”, afirmou Kurt Schwartz, diretor da Agência de Gerenciamento de Emergências de Massachussetts.

A maratona de Boston é realizada na terceira segunda-feira de abril, feriado escolar em alguns estados americanos em comemoração ao Patriots Day.

“Eu quero encorajar todos a saírem de casa”, disse o superintendente da polícia do estado de Massachussetts, Timothy Alben. “É a oportunidade de mostrar a resiliência do povo americano”, acrescentou o coronel.

Em nota, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, homenageou as vítimas e agradeceu a coragem dos que ajudaram a salvar dezenas de feridos: “Hoje, nós reconhecemos a incrível coragem e liderança de tantos moradores de Boston em meio a uma tragédia indescritível”, escreveu o presidente. “E oferecemos nossa mais profunda gratidão aos corajosos bombeiros, policiais médicos, corredores e espectadores, que, em um instante, mostraram o espírito do qual Boston foi construída – perseverança, liberdade e amor.”

Jeff Bauman, que perdeu as duas pernas nas explosões e depois ajudou a polícia a identificar os suspeitos, escreveu uma carta e a enviou ao jornal Boston Herald. “Faz um ano desde as explosões em nossa maratona. Estou certo de que haverá muitos artigos escritos sobre isso, testemunhos e fotos. Não sei se tenho muito a acrescentar, a não ser por uma coisa muito importante que precisa ser dita e não estou certo de que outros dirão: Obrigado!”, escreveu Bauman. Ele continuou o texto agradecendo desde os cidadãos comuns que ajudaram no primeiro atendimento e remoção dos feridos, até as autoridades. Bombeiros, médicos, policiais, e mesmo quem enviou cartas de apoio às vítimas.

Jeff Bauman, que hoje anda com a ajuda de próteses mecânicas, e a noiva Erin Hurly estão à espera de um bebê, que vai nascer em julho.


Michael Phelps está de volta
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Marcos Peres

O maior atleta olímpico de todos os tempos deve voltar a competir ainda no mês de abril, depois de um ano e oito meses de aposentadoria. O retorno do nadador americano Michael Phelps, dono de 22 medalhas olímpicas, ao mundo competitivo é esperada para o Grand Prix da cidade de Mesa, que será disputado de 24 a 26 de abril no estado do Arizona.

Michael Phelps se aposentou depois dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, ao tornar-se o atleta com maior número de medalhas na história das Olimpíadas, ultrapassando a ex-ginasta soviética Larisa Latynina. Porém, aos 28 anos de idade, Phelps voltou a treinar no final do ano passado, inscrevendo-se novamente no programa de controle da Agência Mundial Antidoping (WADA). Depois de se submeter ao programa antidoping durante seis meses, o maior nadador que o planeta já viu está liberado para nadar competitivamente, em uma jornada que deve levá-lo até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, quando Phelps terá 30 anos.

A Federação de Natação dos Estados Unidos confirmou nessa segunda-feira que Phelps está entre os mais de 500 nadadores inscritos no torneio. As entradas para muitas sessões do Grand Prix já estão quase esgotadas, segundo os organizadores.

Se concretizar o plano de participar das Olimpíadas pela quinta vez, Michael Phelps poderá elevar os Jogos do Rio de Janeiro a um novo patamar de interesse mundial.

Atualização:

Michael Phelps deve nadar até quatro eventos no Grand Prix de Mesa, segundo o treinador Bob Bowman: Os 100m borboleta, os 100m e os 50m livre e, talvez, os 50m borboleta. “Vai ser ótimo para o esporte ter Michael de volta às competições”, afirmou Bowman ao jornal USA Today. “Nós realmente não temos expectativas para o que possa acontecer. Queremos apenas nos divertir e ver como será”, explicou  o treinador.


QPR ainda paga 95% dos salários de Júlio César
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Reprodução - www.TorontoFC.ca

Reprodução – www.TorontoFC.ca

O Toronto FC, do Canadá, está pagando menos de 5% dos salários que o goleiro da seleção brasileira, Júlio César, tem em contrato com o Queens Park Rangers, da Inglaterra, para a temporada 2014. Foi o que revelou o relatório salarial da união dos jogadores da Major League Soccer para a atual temporada. Segundo o sindicato, o Toronto vai pagar R$ 445 mil ao goleiro brasileiro, emprestado pelo QPR, em 2014. O time inglês continua responsável pelo restante dos R$ 9,2 milhões ($ 3 milhões de euros) estabelecidos em contrato.

Clint Dempsey, dos EUA, é o mais bem pago da liga - Cortesia MLS/ Seattle Sounders

Clint Dempsey, dos EUA, é o mais bem pago da liga – Cortesia MLS/ Seattle Sounders

Os dois jogadores mais bem pagos da MLS no ano da Copa do Mundo atuam na seleção americana. O atacantes Clint Dempsey, do Seattle Sounders, e o volante Michael Bradley, contratado pelo Toronto FC esse ano junto ao Roma, da Itália. Dempsey vai receber um mínimo garantido equivalente a R$ 14,7 milhões na atual temporada. Bradley, R$ 14,3 milhões. O levantamento não leva em consideração contratos de patrocínio pessoais e outras fontes de rendimento dos atletas.

Só o salário anual oficial do atacante brasileiro Neymar declarado pelo Barcelona para 2014, cerca de R$ 34,6 milhões de reais, já seria suficiente para pagar os salários dos dois principais atletas da MLS.

O estrangeiro mais bem pago da liga norte-americana não é mais o francês Thierry Henry, do New York Red Bulls. Número um da lista em 2013, agora com 36 anos de idade, ele passou a ocupar a sexta colocação, com salário anual de R$ 9,5 milhões. O atacante da seleção inglesa, Jermain Defoe, 31, é o forasteiro que mais vai fazer dinheiro na MLS em 2014, cerca de R$ 13,6 milhões.

Michael Bradley, 26, é o único jogador entre os oito principais atletas da liga com menos de 31 anos de idade.

O Toronto FC tem o brasileiro mais bem pago por um time da liga, mas não é o goleiro Júlio César. O atacante Gilberto, ex-jogador da Portuguesa e do Inter de Porto Alegre, vai receber do clube o equivalente a R$ 2,6 milhões, ou R$ 216 mil por mês.

Atacante Gilberto é o brasileiro mais bem pago pela MLS - Cortesia MLS / TorontoFC

Atacante Gilberto é o brasileiro mais bem pago pela MLS – Cortesia MLS / TorontoFC

Há, porém, mais de 30 jogadores recebendo o salário mínimo estabelecido pela liga e que equivale a R$ 6,7 mil mensais, R$ 80,4 mil em um ano.

Confira abaixo a lista dos 12 jogadores mais bem pagos pela MLS em 2014:

1- Clint Dempsey, 31, atacante, EUA – Seattle Sounders – R$ 14,7 milhões

2- Michael Bradley, 26, volante, EUA – Toronto FC – R$ 14,3 milhões

3- Jermain Defoe, 31, atacante, ING – Toronto FC – R$ 13,6 milhões

4- Landon Donovan, 32, meia, EUA – Los Angeles Galaxy – R$ 10,1 milhões

5- Robbie Keane, 33, meia, IRL – Los Angeles Galaxy – R$ 9,9 milhões

6- Thierry Henry, 36, atacante, FRA – New York Red Bulls – R$ 9,5 milhões

7- Tim Cahill, 34, meia, AUS – New York Red Bulls – R$ 7,9 milhões

8- Marco Di Vaio, 37, atacante, ITA – Montreal Impact – R$ 5,7 milhões

9- Obafemi Martins, 28, atacante, NIG – Seattle Sounders – R$ 3,8 milhões

10- Javier Morales, 34, meia, ARG – Real Salt Lake – R$ 3,1 milhões

11- Omar Gonzalez, 25, zagueiro, EUA – Los Angeles Galaxy – R$ 2,7 milhões

12- Gilberto, 24, atacante, BRA – Toronto FC – R$ 2,6 milhões


Seleção dos EUA tem torcida organizada exclusiva
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Marcos Peres

A rede de televisão americana ESPN usou imagens reais de torcedores americanos, captadas antes e durante os jogos da seleção de futebol dos Estados Unidos, para uma campanha promocional da Copa do Mundo de 2014. Eles fazem parte de uma torcida organizada exclusiva da seleção dos EUA, chamada The American Outlaws, algo como “Os Foras da Lei Americanos”, em língua portuguesa.

O filme mostra milhares de torcedores espalhados pelas ruas, marchando para o estádio e cantando. São imagens que sugerem uma nova paixão dos americanos pelo futebol. A torcida organizada da seleção americana já tem mais de 18 mil membros. A música entoada pela torcida dos Estados Unidos diz: “Eu acredito que vamos ganhar!” Assista:

Os Outlaws viajam para todos os jogos dos EUA. 530 deles já têm viagem marcada para o Brasil, para apoiar o time durante a Copa do Mundo.

“Depois da Copa do Mundo da África do Sul, nós tivemos a idéia de alugar um avião para o Brasil em 2014”, disse o presidente da torcida, Korey Donahoo, ao jornal USA Today. “Pensei que talvez conseguíssemos encher o avião em alguns anos. Mas encheu em poucas horas”, ele contou. Então, a torcida alugou mais dois aviões, que encheram em poucas semanas.


Mais um time de futebol nasce nos EUA: Atlanta
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Mais um time de profissional de futebol vai nascer nos Estados Unidos. A Major League Soccer, principal liga de futebol da América do Norte, deve anunciar na segunda metade de abril a criação de uma franquia na cidade de Atlanta, capital do estado da Geórgia, sede dos Jogos Olímpicos de 1996.

O time de Atlanta deve estrear em 2017. O proprietário será o atual dono do Atlanta Falcons, tradicional equipe da NFL, liga de futebol americano. O estádio de $1 bilhão de dólares – cerca de R$ 2,2 bilhões -, que vai servir às duas equipes, já está sendo construído na região central da cidade.

A franquia de Atlanta vai colaborar com a criação de um novo pólo de futebol nos Estados Unidos, localizado no sul do país. Hoje, a MLS não conta com nenhuma equipe na região. Porém, até 2018, provavelmente serão três: Atlanta, Miami e Orlando. O Orlando City, do proprietário brasileiro Flávio Augusto da Silva, será o primeiro a estrear, já no ano que vem.

A equipe de Atlanta ainda não tem nome definido. Porém, deve estrear na MLS antes do que a equipe de Miami, de propriedade de David Beckham. Antes de botar um time em campo, o ex-jogador inglês ainda precisa resolver sua principal pendência: a construção de um estádio.

Atlanta tem sediado alguns jogos de futebol com sucesso nos últimos anos. O amistoso entre as seleções de México e Nigéria, realizado no mês passado, levou ao estádio mais de 68 mil torcedores.

A forte expansão da Major League Soccer para o sul dos EUA é parte da estratégia que visa posicionar a liga norte-americana entre as principais do mundo até 2022.


Policiais e bombeiros de NY trocam socos em jogo beneficente
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Uma briga generalizada tomou conta de um tradicional jogo beneficente disputado entre policiais e bombeiros de Nova York nesse domingo, na arena do Nassau Coliseum, em Long Island. A partida de hóquei no gelo disputada há 41 anos tem o objetivo de arrecadar dinheiro para os fundos de auxílio às viúvas e filhos de policiais e bombeiros mortos a trabalho.

Briga generalizada entre policiais e bombeiros - YouTube

Briga generalizada entre policiais e bombeiros – YouTube

O jogo estava empatado em 3 a 3 quando a briga começou. A batalha envolveu não só os jogadores que estavam em quadra, como também os reservas. Brigas entre jogadores são permitidas em jogos da liga profissional de hóquei no gelo. Porém, até a intervenção dos árbitros. Já os juízes do jogo entre beneficente não tiveram sucesso ao tentar separar policiais de bombeiros.

O evento foi interrompido por 25 minutos. Para não dar fim à partida, apenas alguns dos brigões foram convidados a deixar o gelo. Ninguém foi preso. Imagens da briga inusitada tomaram rapidamente as mídias sociais. Procurados, o Departamento de Polícia e o corpo de bombeiros de NY não se manifestaram sobre o incidente.

YouTube

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A polícia de Nova York acabou ganhando o jogo por 8 a 5, dando fim a uma série de cinco vitórias consecutivas do corpo de bombeiros.

Os motivos da briga não ficaram claros. O papelão dos “heróis” da cidade pode ter sido reflexo da rivalidade do dia-a-dia entre as duas corporações. Segundo o jornal The New York Times, há relatos de brigas com agressões físicas entre bombeiros e policiais em disputas pelo controle de situações de emergência em Nova York.


MMA pode causar mais danos ao cérebro do que boxe
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Marcos Peres

Sangue, suor e… ‘porrada’

Sangue, suor e… ‘porrada’

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MMA pode ser mais perigoso do que o boxe profissional como causa de traumas cerebrais leves, concluiu um estudo da equipe de medicina esportiva da Universidade de Toronto, no Canadá. O artigo foi publicado na edição de março do American Journal of Sports Medicine.

A equipe de Universidade de Toronto revisou vídeos de 844 lutas do UFC, entre 2006 e 2012, e usou métodos estatísticos para analisar “os fatores de risco e características dos nocautes e nocautes técnicos por socos repetitivos no MMA profissional”. Depois de comparar esses números às concussões cerebrais relatadas nos dados médicos dos lutadores nocauteados, os pesquisadores chegaram a algumas conclusões e sugestões.

“A participação em MMA pode ser mais perigosa do que o boxe profissional, o futebol americano e o hóquei no gelo, sob a perspectiva dos traumas cerebrais leves”, concluiu a pesquisa. 31,9% das lutas analisadas terminaram com concussões cerebrais. Em todos esses casos, os nocautes foram resultado de impacto direto à cabeça, mais frequentemente, socos na região do queixo (53,9%).

O tempo entre o soco causador do nocaute e a interrupção da luta foi de 3,5 segundos em média, variando de zero até 20 segundos. Durante esse período, os lutadores derrotados receberam 2,6 socos adicionais, em média, chegando a até vinte golpes adicionais até a intervenção do árbitro.

Quanto aos nocautes técnicos – interrupção da luta para preservar um dos lutadores ou mesmo por desistência -, os pesquisadores verificaram que os perdedores receberam, em média, 18,5 socos durante os 30 segundos anteriores à paralisação dos combates. 92,3% deles, golpes na cabeça.

A equipe liderada pelo Dr. Michael G. Hutchison sugeriu mudanças nas regras do MMA atual, como a instituição da contagem de dez segundos após um knockdown, seguindo o modelo utilizado no boxe profissional. Para os pesquisadores, os árbitros de MMA precisam receber maior treinamento para identificação de sinais de concussão cerebral durante as lutas e intervenção apropriada. Além disso, segundo a equipe da Universidade de Toronto, o MMA juvenil deveria ser banido, para poupar os cérebros em desenvolvimento de traumas.

O Dr. Johnny Benjamin, cirurgião ortopedista e colunista da publicação americana MMAjunkie.com, discorda da pesquisa. A análise dos fatores de risco apresentada é “extremamente interessante”, segundo ele. Porém, a comparação com o boxe e outros esportes de contato é um debate “inútil”. Os pesquisadores “não consideram a importância do acúmulo dos danos ao longo do tempo”, ressaltou o Dr. Benjamin. O médico citou outras pesquisas, que sugerem que muito mais importantes do que os golpes que geram nocautes, seriam “ as centenas de milhares de golpes repetitivos na cabeça”, que seriam os reais causadores de danos cerebrais ao longo do tempo.


Árbitro de 74 anos quebra recorde de jogos na NBA
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Aos 74 anos de idade, o americano Dick Bavetta quebrou o recorde de jogos consecutivos como árbitro de um esporte profissional nos Estados Unidos: 2.633 partidas da NBA. Bavetta recebeu uma homenagem no Madison Square Garden, em Nova York, onde apitou a partida entre New York Knicks e Brooklyn Nets na noite dessa quarta-feira.

Referee Bavetta keeps between New York Knicks' Anthony and Boston Celtics' Garnett as they argue during their NBA basketball game in New York

Dick Bavetta – Ray Stubblebine/Reuters

Dick Bavetta não perdeu um dia sequer de trabalho nos últimos 39 anos. Assim, quebrou o recorde que pertencia ao ex-árbitro de beisebol Cal Ripken Jr. “Bem, isso significa que estou aqui, vivo e feliz”, disse Bavetta ao receber do presidente de operações da NBA, Rod Thorn, uma placa comemorativa.

Nascido em 1939, Dick Baveta, neto de italianos e filho de um policial de Nova York, jogou basquete no sistema escolar dos Estados Unidos. Tentou uma vaga no quadro de árbitros da NBA por seis vezes, até ser aceito, em 1975. Isso significa que um mesmo homem apitou jogos de Kareem Abdul-Jabbar, Michael Jordan, Larry Bird, Magic Johnson, entre outros dos melhores jogadores da história. “Não consigo pensar em outra razão que não seja um ato de Deus”, disse Bavetta. “Eu fui abençoado pelo bom Deus do céu com boa saúde. Isso me permitiu ter saúde ao longo dos anos. Penso que seja simbólico da nossa profissão”, afirmou o veterano juiz, o primeiro a ser selecionado para o quadro de árbitros das Olimpíadas de Barcelona-1992.

Bavetta é membro do Hall da Fama do Basquete de Nova York. Trabalhou em 270 jogos de playoffs da NBA e 27 partidas das finais, durante 29 anos consecutivos. Para isso, Dick Bavetta superou até o clima inclemente do inverno nos Estados Unidos. Se os aeroportos estavam fechados por causa da neve ou das tempestades, ele alugava carros e, muitas vezes, passava a noite em claro, dirigindo para não perder o próximo jogo. Os árbitros da NBA têm liberdade para montar os próprios itinerários de viagem.

Dick Bavetta já tomou até um soco no nariz, ao tentar separar uma briga entre os grandalhões Patrick Ewing e Jalen Rose. E, no dia seguinte, estava pronto para a partida seguinte. Os árbitros da NBA chegam a apitar 12 jogos em média por mês, 82 por temporada.

“Você tem que ser um indivíduo independente”, disse Bavetta. “E o mais importante: Você tem que ter uma família que te apoie. Uma esposa que entenda que você vai perder um aniversário vez por outra e filhas que entendam que uma baile (de formatura, por exemplo) pode ser perdido, ou coisa do tipo”, completou o “árbitro de ferro”.

Bavetta diz ainda não ter decidido se continuará apitando profissionalmente após a atual temporada. “Eu normalmente me sento com a família após o final de uma temporada, com minhas duas filhas e minha esposa, e decidimos o que fazer.”