Blog do Marcos Peres

Lesão como a de Ânderson teve final feliz nos EUA
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Marcos Peres

Depois que o armador Kevin Ware competou 53 minutos jogados em nove partidas em 2013, o técnico Rick Pitino, da Universidade de Louisville, no estado americano de Kentucky, decidiu que a missão do atleta de 20 anos já havia sido cumprida nessa temporada: Um retorno emocionante às quadras, depois de oito meses de recuperação de uma lesão muito semelhante à do lutador brasileiro Ânderson Silva.

No primeiro dia de 2014, a Universidade de Louisville anunciou que Ware não jogará mais nessa temporada. Será submetido a um programa de treinamentos para que volte a ter o desempenho que fez dele um dos principais estreantes da primeira divisão da maior liga universitária do país, a NCAA, na temporada 2012-2013.

“Não sentimos que ele possa voltar ao nível que apresentava antes ainda nessa temporada”, disse o técnico Pitino ao jornal Los Angeles Times. “Eu acredito que ele possa voltar ao nível que tinha. Foi uma fratura grave, mas não é uma situação como a de Kobe (Briant) com o tendão de Aquiles. Foi apenas uma fratura grave que precisa de tempo”.

Foto: Andy Lyons/Getty Images

Foto: Andy Lyons/Getty Images

Kevin Ware enfrentou 220 dias de recuperação da cirurgia que reparou a fratura exposta na perna direita. O armador voltou a jogar em novembro de 2013, em uma partida-exibição contra a Universidade de Pikeville. Foi ovacionado pela torcida ao entrar no time no meio do segundo quarto. Depois, novamente, ao fazer o primeiro arremesso.

Em março de 2013, Ware havia quebrado a perna ao aterrissar de uma tentativa de bloqueio a um arremesso de três pontos de Tyler Thornton, da Duke University. Não só a grave lesão, mas também a reação dos demais jovens jogadores em quadra emocionaram o país.

O ginásio da cidade de Indianápolis estava em silêncio. Os jogadores, atônitos. Era possível ouvir Kevin Ware gritando para os companheiros de time: “Estou bem, ganhem o jogo!” Em uma performance que os colegas dedicaram a Ware, Louisville venceu o forte time da Duke University por 85 a 63.

Depois de receber uma placa na tíbia, em cirurgia muito semelhante à que Ânderson Silva foi submetido, Ware viajou com o time para as semifinais, disputadas na cidade de Atlanta, e a Universidade de Loisville se tornou campeã nacional.

Kevin Ware completa 21 anos de idade nessa sexta-feira, dia 3 de janeiro. É quase 18 anos mais jovem do que Ânderson Silva. Esportes individuais, como o UFC, tem exigências atléticas bem diferentes de esportes coletivos, como basquete. Contudo, quando os ortopedistas americanos dizem que Ânderson poderá voltar a lutar se quiser, têm uma história bem recente para comprovar.


Primeiro negro campeão olímpico de inverno busca o tri
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Marcos Peres

O patinador americano Shani Davis tinha 23 anos de idade quando se tornou o primeiro atleta negro a conquistar uma medalha olímpica de ouro em um esporte individual nos Jogos de Inverno. Foi nas Olimpíadas de Turim-2006, na Itália. Aos 31 anos, Davis agora pode se consagrar também o primeiro atleta da história a vencer o mesmo evento em três Olimpíadas de Inverno consecutivas. Ele conquistou, nesse fim-de-semana, classificação para os mil metros da patinação de velocidade dos Jogos Olímpicos de Sochi-2014, na Rússia, prova vencida por ele nos Jogos Olímpicos de Turim-2006 e Vancouver-2010.

Reprodução: www.teamusa.org / Getty Images

Reprodução: www.teamusa.org / Getty Images

“Está lá no fundo da minha mente, mas continuo competindo”, comentou Davis a respeito dos fatos históricos. “Talvez quando me aposentar, reflita a respeito disso um pouco mais. Mas eu continuo tendo muito trabalho a fazer”, disse ele.

Assista ao feito histórico de Shani Davis nas Olimpíadas de Turim-2006: 

Shani Davis, que já havia conquistado classificação para as Olimpíadas de Sochi nos 1.500 metros, venceu a seletiva americana dos mil metros com o tempo de 1 minuto, 7 segundos e 52 centésimos, mais de um segundo superior ao recorde mundial estabelecido por ele em março de 2009.

“Eu quero simplesmente chegar lá e fazer o meu melhor. Se eu for o melhor homem naquele dia, ficarei muito satisfeito de levar para casa uma medalha de ouro para a minha coleção, disse Davis, que tem também duas medalhas olímpicas de prata, dos 1.500 metros. “Caso contrário, terei dado o meu melhor e isso é o que eu posso fazer”, completou o patinador.


Anderson Silva não precisa vencer
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Marcos Peres

A poucas horas da revanche contra o americano Chris Weidman, Anderson Silva, de 38 anos, afirmou que não sabe quando vai se aposentar, que “é algo que virá do coração”.

Pois ao levantar-se da lona, depois de ser nocauteado de forma inacreditável, em julho desse ano, por um lutador de pouca experiência, como Chris Weidman, Anderson tinha o coração despedaçado. Obviamente, depois de sete anos como campeão dos médios do UFC, de uma trajetória invicta, com dez defesas de cinturão, nunca tinha imaginado uma derrota como aquela. Ser nocauteado com a guarda baixa, numa falha de esquiva.

Josh Hedges

Josh Hedges

Me lembro perfeitamente do silêncio da Arena do Cassino MGM, quando o maior lutador da história do UFC foi à lona. Talvez todos acreditassem que Anderson acordaria e reagiria de alguma forma. Qualquer um ficaria atônito. Mesmo os americanos, que torciam por Chris Weidman.

Contudo, dentro de poucos segundos, o silêncio foi suprimido pela comemoração de uns e a revolta de outros. Ao se aproximar de mim, para falar ao vivo para milhões de brasileiros, Anderson ainda podia ouvir vaias. Mas à medida que alguns brasileiros conseguiam se aproximar, começavam alí, ao pé do octógono, as primeiras manifestações de apoio.

“Não lutarei mais pelo cinturão”, disse Anderson. E, de fato, não lutará. Não é mais preciso. O Spider não tem obrigação alguma de vencer um lutador nove anos mais jovem. Os brasileiros e os fãs de MMA querem vê-lo fazer tudo o que não fez no primeiro combate: lutar! Ao final do combate, Anderson não precisa voltar a vestir o cinturão, mas a velha honra, construída em vinte anos de carreira.

De volta àquela noite em que Anderson foi derrotado por ele próprio, hoje enxergo que o público o teria aplaudido tivesse Anderson perdido para Weidman.

Josh Hedges/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images

Josh Hedges/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images


Dramalhão separa melhor jogador do México da Copa
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Marcos Peres

Depois de viver o maior dramalhão entre as seleções classificadas para a Copa do Mundo de 2014, trocando de treinadores quatro vezes nas últimas seis partidas das Eliminatórias, o México agora vive a expectativa do capítulo final de uma novela que já dura quase três anos: Irá Carlos Vela, o principal jogador mexicano em atividade na Europa, disputar a Copa do Mundo?

Eric Lalmond-Virginie Lefour/EFE

Eric Lalmond-Virginie Lefour/EFE

Carlos Vela tem se negado a defender a seleção mexicana desde fevereiro de 2011. Já declinou quatro convocações desde então. Porém, marcou oito gols em 16 jogos na atual temporada do Campeonato Espanhol, pelo Real Sociedad. Já são 13 gols em 27 jogos em 2013. Aos 24 anos, “é sem dúvida o jogador que está em melhor momento entre os mexicanos na Europa”, segundo o atual técnico da seleção, Miguel Herrera.

O técnico Herrera, conhecido no México como El Piojo – “Piolho” -,  afirmou que pretende encontrar Vela na Europa em breve para uma conversa definitiva. “Serei muito honesto com ele”, afirmou o treinador. “Se ele disser sim, terá as portas abertas e quero vê-lo com o mesmo comprometimento que mostra com o Real Sociedad. E se me disser não, respeitarei da mesma forma.”

Para voltar à seleção, Vela terá que encarar a desconfiança do povo, apaixonado pela “El Tri”. Talvez o atacante tenha escapado da execração pública no México graças à classificação da seleção na repescagem contra o Nova Zelândia. Mas ele foi apontado como um dos responsáveis pela campanha muito abaixo da média nas Eliminatórias da Concacaf.

Em 2010, Carlos Vela e o zagueiro Efraín Juárez foram punidos pela Federação Mexicana com o afastamento da seleção por seis meses por cometer atos de indisciplina. Outros nove jogadores foram multados. O chefe do comitê de seleções da Federação Mexicana de Futebol, Nestor de la Torre, disse que Juarez e Vela violaram as regras do regulamento interno ao participar de uma festa em Monterrey depois do amistoso ganho por 1 a 0 contra a Colômbia, no dia 7 de setembro. Segundo a imprensa mexicana, a festa teria tido a participação de prostitutas.

Vela retornou à seleção em fevereiro de 2011, para uma partida contra a Venezuela. Mas o mau relacionamento com os dirigentes combinado com as críticas da torcida o fizeram negar convocações importantes para o Copa Ouro 2011, as Olimpíadas de Londres-2012 e as Eliminatórias para a Copa de 2014 em duas oportunidades.

O capitão da seleção do México, o ex-zagueiro do Barcelona Rafa Márquez, defendeu essa semana a volta de Carlos Vela ao time. “Ele é um grande jogador, está fazendo tudo certo no Real Sociedad e está em alto nível. É alguém que poderia nos ajudar”, disse Márquez ao Diario Marca.

Depois de marcar quatro gols na vitória do Real Sociedad sobre o Celta de Vigo por 4 a 3, em setembro, Carlos Vela disse que jamais disse que nunca mais defenderia a seleção mexicana. “Eu nunca fechei a porta para o retorno”, afirmou Vela. “Eu sempre disse que não era por causa de problemas com alguém, apenas não era a hora certa. Se eles considerarem adequado e me ligarem, vamos conversar e chegar a uma conclusão. Porém, ninguém vai chegar e mudar o mundo ou uma seleção”, lembrou o goleador.


Lakers contrata armador dispensado pelo Wizards
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Marcos Peres

Ao saber nessa quinta-feira que uma lesão no joelho esquerdo vai impedir Kobe Bryant de jogar por pelo menos seis semanas, o Los Angeles Lakers contratou o armador americano Kendall Marshall, de 22 anos.

Kobe Bryant estava atuando como armador, já que os três jogadores do elenco do Lakers para a posição estão lesionados, Steve Nash, Steve Blake e Jordan Farmar.

Sreven Freeman/NBAE/Getty Images

Sreven Freeman/NBAE/Getty Images

A primeira temporada de Marshall na NBA não foi de muito sucesso. Depois de jogar em média 14.6 minutos pelo Phoenix Suns, time que o escolheu como décima terceira opção no Draft de 2012, ele foi usado como moeda de troca com o Washington Wizards e acabou liberado pelo time da capital americana.

O Lakers, que também estuda a contratação do ala-armador brasileiro Leandrinho Barbosa, de 31 anos, que joga atualmente pelo Clube Pinheiros de São Paulo, optaram por Marshall, que vinha atuando pelo Delaware 87ers da Liga de Desenvolvimento da NBA, com 19.4 pontos e 9.6 assistências em média.

Os dirigentes do Lakers sofreram diversas críticas nas últimas semanas por terem dado a Kobe Bryant, de 35 anos, uma extensão de contrato de cerca de R$ 114 milhões por mais duas temporadas. Além do astro ter passado nove dos últimos dez meses afastado da equipe por causa de uma lesão no tendão de Aquiles, o novo salário de Kobe impedirá que o time de Los Angeles faça grandes contratações nos próximos dois anos, por causa do limite de gastos imposto pela NBA para as folhas salariais de cada time.

Kobe Bryant não precisará passar por cirurgia. Mas é preciso tempo para a recuperação óssea. Já o armador Steve Nash, de 39 anos, vai precisar de mais um mês de repouso por causa da irritação de um nervo.


EUA questionam renovação de contrato de Klinsmann
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Marcos Peres

A extensão do contrato do técnico alemão Jürgen Klinsmann até a Copa de 2018, antes mesmo da seleção americana estrear na Copa do Mundo do Brasil, em 2014, demonstra um esforço da Federação de Futebol dos Estados Unidos em se adequar às regras do mercado do futebol internacional, já que Klinsmann passou a ser alvo de especulações na Inglaterra e na Suíça. Mas o mundo do futebol é pitoresco demais para os norte-americanos. Acostumados com gestões esportivas profissionais e com o protagonismo, muitos deles não entendem o porquê de o país ter que se curvar para um treinador que sequer liderou o time em uma Copa do Mundo.

Jürgen Klinsmann vive há 15 anos nos EUA - foto: Brian Stewart/EFE

Jürgen Klinsmann vive há 15 anos nos EUA – foto: Brian Stewart/EFE

“Não há muitos empregos no mundo nos quais você recebe um grande bônus e uma promoção antes de conquistar o principal objetivo para o qual foi contratado. Mas essa é a vida de Jürgen Klinsmann”, publicou o colunista Ives Galarcep, do site Sporting News. “O movimento pareceu forçado e sem necessidade”, completou o jornalista.

Desde que o Tottenham Hotspur, da Inglaterra, demitiu o técnico André Villas-Boas, o nome de Jürgen Klinsmann passou a fazer parte da lista de possíveis substitutos. Ele é um ex-jogador do Tottenham. O trabalho de Klinsmann na seleção americana, liderado o time em vitórias sobre a Itália, a Alemanha e o México, nos últimos meses, encheu os olhos dos dirigentes da seleção da Suíça, que procuram por um substituto para Ottmar Hitzfeld, depois que o contrato do atual treinador expirar.

“Claro que isso é importante, mas não especificamente as questões da Suíça ou do Tottenham”, afirmou o presidente da federação americana, Sunil Gulati. “Em geral, um técnico que está indo muito bem, que tem uma reputação internacional, que fala múltiplas línguas, seria procurado,” explicou Gulati sobre o tal mercado volátil do futebol internacional.

Mas as explicações da US Soccer não impediram questionamentos dos americanos. O jornalista da rede NBC Sports, Mike Prindiville, indagou: “As questões continuam: Não faria mais sentido tratar disso depois da Copa do Mundo? A U.S. Soccer não ficaria muito mal caso tudo desabe no Brasil?”

O presidente da federação americana não se pronunciou sobre essa pergunta, mas a extensão do contrato de Klinsmann por mais quatro anos veio apenas horas depois do sorteio que colocou a seleção dos Estados Unidos em um dos grupos mais disputados da Copa, entre Alemanha, Portugal e Gana. Se para os americanos pareceu um movimento surpreendente da federação, para quem está mais acostumado com as nuances do futebol, parece claro: A federação dos EUA entende que passar da primeira fase da Copa do Mundo de 2014 será difícil. Mas talvez seja mais fácil na Copa de 2018, na Rússia, com um treinador que conhece profundamente as carências do futebol norte-americano e ao mesmo tempo entende de futebol competitivo internacional, como Jürgen Klinsmann.


Espanha quer se preparar para a Copa em Miami
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Marcos Peres

Atual campeã mundial, a Espanha está a procura de um lugar para treinar em Miami, nos Estados Unidos, antes de viajar definitivamente para o Brasil. A seleção espanhola vai estrear na Copa do Mundo no dia 13 de junho, em Salvador, contra a forte seleção da Holanda.

Casillas levanta a taça em 2010 - Martin Meissner / AP Photo

Casillas levanta a taça em 2010 – Martin Meissner / AP Photo

Em Miami, o técnico Vicente del Bosque iniciaria a preparação enfrentando condições de temperatura e umidade elevadas, assim como deve encarar na estréia da Copa, jogando na Arena Fonte Nova.

A programação oficial do time de Xavi e Iniesta ainda não foi divulgada. Mas autoridades da cidade de Curitiba confirmaram que o Centro de Treinamentos do Atlético Paranaense, o CT do Cajú, será a sede da seleção da Espanha no Brasil.

Ainda na primeira fase da Copa, a Espanha jogará no estádio do Maracanã contra a seleção do Chile e vai enfrentar a Austrália na Arena da Baixada, em Curitiba.

A seleção da Inglaterra também estuda a possibilidade de fazer parte da preparação em Miami, antes do primeiro jogo da Copa no clima quente e úmido da cidade de Manaus.


Medalhistas olímpicos são determinados com 50 anos de atraso
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Marcos Peres

Às vésperas do aniversário de 50 anos dos Jogos Olímpicos de Inverno de Innsbruck-1964, na Áustria, o telefone tocou na sala de estar da casa da ex-patinadora americana Vivian Joseph. Vivian atendeu e ouviu do interlocutor que a medalha de bronze que ela dizia ter ganho em 1964 não constava dos arquivos do Comitê Olímpico Internacional.

Apesar de Vivian Joseph, de 65 anos, guardar em casa a medalha de bronze das Olimpíadas de Innsbruck, a página do COI na internet diz que ela e seu irmão e parceiro Ronald Joseph, hoje com 69 anos, terminaram a competição em quarto lugar. Debbi Wilkes e Guy Revell, do Canadá, aparecem como legítimos ganhadores das medalhas de bronze. Mas Revell, falecido em 1981, foi enterrado com uma medalha de prata. Debbi tem outra de prata em sua casa, em Toronto.

Vivian e Ronald Joseph - Skating Magazine

Vivian e Ronald Joseph – Skating Magazine

O que aconteceu em 1964, no rink de patinação dos Jogos de Innsbruck, foi que o casal da União Soviética, formado por Ludmila Belousova e Oleg Protopopov conquistou o ouro. A prata ficou com um dos casais mais famosos da história da patinação artística, Marika Kilius e Hans-Jurgen Baumler, da Alemanha Ocidental. Porém, mais tarde, os alemães foram acusados de ser profissionais, de terem assinado contrato e patinado para o famoso show Holiday on Ice, em uma época em que o Comitê Olímpico Internacional não aceitava que atletas olímpicos recebessem dinheiro.

Marika Kilius e Hans-Jurgen Baumler devolveram as medalhas de prata em 1966. Os canadenses foram elevados para o segundo lugar e os americanos ao terceiro. Ambos os casais receberam novas medalhas em cerimônias realizadas em seus próprios países.

Porém, a pedido de dois alemães, membros do COI, o Comitê devolveu o segundo lugar aos Marika e Baumler em silêncio, em 1987, 23 anos depois da realização das Olimpíadas de Innsbruck, em uma reunião do comitê executivo da organização em Instambul, na Turquia. O casal alemão recebeu novas medalhas de prata em um programa de televisão.

Nas décadas que se seguiram, os Jesephs e os Wilkes nunca foram contatados pelo COI. Eu tenho uma filha de oito anos de idade. Eu a levo para patina, mas não falo nada sobre a minha história na patinação”, contou Ronald Joseph ao jornal The New York Times. “O que eu deveria dizer? O que vou contar às pessoas?“

Wilkes também nunca mais se sentiu à vontade. “Eu gaguejo”, ela disse. “Eu tenho uma medalha de prata, então me sinto autorizada a dizer que ganhei uma, mas me sinto um pouco como uma impostora.”

Na útima sexta-feira, o COI resolveu Canadá e a antiga Alemanha Ocidental vão dividir oficialmente a prata e os Estados Unidos não terão que devolver o bronze. “Isso é ótimo”, comemorou Vivian Joseph. “Mas aconteceu quantos anos depois? E depois de quantos livros serem impressos? Quantos anos você passa se encolhendo por causa disso?”


Brasil: “Estádios obsoletos, bagunça e violência sem fim”
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Marcos Peres

“Vá a um evento esportivo no Brasil e você será hipnotizado pelo fanatismo da torcida, que canta sem parar, em uma atmosfera de festa incessante. Vá a um evento esportivo no Brasil e você também ficará chocado com estádios obsoletos, bagunça generalizada e violência sem fim.” Assim começa a reportagem divulgada pela agência de notícias Associated Press, que foi publicada por diversos veículos de comunicação nos Estados Unidos nos últimos dois dias, como a página da rede de televisão americana Fox News, o San Francisco Gate, Columbia Daily Tribune, San Francisco Chronicle, entre outros.

"Eventos esportivos no Brasil têm fãs apaixonados, estádios obsoletos e violência", diz título do Fox News Latino

''Eventos esportivos no Brasil têm fãs apaixonados, estádios obsoletos e violência'', diz título do Fox News Latino

“Não há nada como ser um fã de esporte no Brasil. Mas não é fácil ser um fã de esporte no Brasil”, afirma o texto, produzido por repórteres da agência de notícias que estão no Brasil com a missão de contar ao mundo o que acontece no país da Copa.

A reportagem conta que os brasileiros têm o poder de fazem de qualquer oportunidade uma grande festa, “estejam num estádio de um bilhão de reais ou na quadra de vôlei do bairro”. Os americanos perceberam que os o povo brasileiro faz isso “apesar de enfrentar desafios que fãs dos Estados Unidos e da Europa não estão acostumados a encontrar”.

Entre outros problemas encontrados pelos jornalistas estrangeiros, não há, segundo eles, “postos de vendas de ingressos decentes, nem assentos demarcados nos estádios. Em vez disso, há estádios obsoletos, com muito pouco conforto e uma falta de segurança generalizada, dentro e fora do estádio”.

Contudo, a Associated Press citou uma declaração do famoso cineasta americano Spike Lee para exemplificar a paixão dos brasileiros pelo futebol, capaz de esconder os problemas debaixo do tapete de grama por alguns instantes e emocionar até os estrangeiros. Depois de assistir à final da Copa do Brasil desse ano, vencida pelo Flamengo no estádio do Maracanã, Spike Lee escreveu: – “Eu não posso mentir. O jogo dessa noite fez nosso Super Bowl (jogo final do futebol americano) parecer a final do torneio amador. Esse lugar esteve uma loucura durante todo o jogo. Meus ouvidos continuam zunindo e o jogo acabou uma hora atrás. Nunca ouvi uma torcida tão barulhenta na vida.”

“Os pilotos de Fórmula-1 vão dizer que o entusiasmo dos fãs é o faz valer a pena retornar ao país todos os anos”, afirma a reportagem, que lembra das recorrentes reclamações dos pilotos com relação à falta de estrutura e à pista do autódromo de Interlagos.

Ao citar explicações do Ministro dos Esportes Aldo Rebelo, a reportagem conclui que fãs brasileiros não esperam ser tratados como consumidores.

“O que leva os fãs aos estádios no Brasil é a paixão, a fantasia”, afirmou Aldo Rebelo. “Os fãs não vão ao estádio procurando por um bom entretenimento. Eles ficarão felizes se o melhor jogador do time adversário não puder jogar. Eles não estão alí para ver um grande produto. Estão alí pelo time deles”, explicou o ministro aos jornalistas estrangeiros.


Klinsmann renova com seleção dos EUA até Copa de 2018
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Marcos Peres

Ciente da dificuldade de passar da primeira fase da Copa do Mundo do Brasil, a Federação de Futebol dos Estados Unidos garantiu a extensão do contrato do técnico Jürgen Klinsmann até a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, evitando assim um maior desgaste do treinador alemão em relação aos resultados da seleção americana na Copa de 2014.

O sorteio da Copa de 2014 colocou os Estados Unidos no grupo G, considerado um dos mais disputados da competição, que terá a tricampeã mundial Alemanha, Portugal, do astro Cristiano Ronaldo, e Gana, uma das principais seleções da África.

Jürgen Klinsmann negou propostas de times da Europa - foto: BRIAN STEWART/EFE

Jürgen Klinsmann negou propostas de times da Europa – foto: BRIAN STEWART/EFE

“Um dos motivos pelos quais contratamos Jürgen como nosso treinador foi avançar com o programa e já vimos os estágio iniciais disso acontecendo dentro de campo e for a dele em diversas áreas”, disse o presidente da US Soccer, Sunil Gulati. “Nos últimos dois anos, ele construiu sólidas fundações desde o time principal até as equipes mais jovens e nós queremos continuar a construção aproveitando esse sucesso”, afirmou o dirigente.

Klinsmann acumula 27 vitórias, 10 derrotas e 7 empates pela seleção dos Estados Unidos desde 2011. O time terminou o ano de 2013 em primeiro lugar na CONCACAF, conquistando a classificação para a Copa do Mundo do Brasil por antecipação.

Terceiro maior artilheiro da história da seleção alemã, campeão da Copa do Mundo de 1990, Jürgen Klinsmann vive há 15 anos nos Estados Unidos. Ele assumirá também o cargo de diretor técnico da federação americana.

“Tenho muita sorte por continuar o trabalho que começamos mais de dois anos e meio atrás”, comemorou Klinsmann. “O cargo de diretor técnico é um grande desafio e também uma grande oportunidade, já que queremos continuar conectando os pontos com os times das categorias de base dos Estados Unidos, o aperfeiçoamento dos treinadores, a academia de desenvolvimento e as fortificação das raízes (do futebol) nesse país.”