Blog do Marcos Peres

Arquivo : novembro 2013

Rival do UFC, WSOF pode contratar brasileiro Toquinho
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Marcos Peres

O presidente da associação de MMA World Series of Fighting, Ray Sefo, afirmou estar considerando fazer uma proposta para o lutador brasileiro Rousimar Palhares. Toquinho foi demitido do UFC em outubro, acusado de continuar segurando uma chave de calcanhar em Mike Pierce, mesmo depois que o americano “bateu”, desistindo da luta.

Rousimar Palhares, o Toquinho - foto: Josh Hedges/Getty Images

Rousimar Palhares, o Toquinho – foto: Josh Hedges/Getty Images

“Ainda não tomamos nenhuma decisão concreta, afirmou Sefo ao site americano MMA Junkie. “Mas eu penso que talvez Palhares possa se tornar uma parte valiosa da nossa organização”, acrescentou o executivo.

Sefo revelou que foi assistindo a uma entrevista do brasileiro Renzo Gracie, um dos maiores nomes do jiu-jitsu e do MMA no mundo, que decidiu rever a própria opinião sobre Toquinho. Ao programa MMA Hour, Gracie revelou que não acha que Toquinho tenha segurando por muito tempo. “Você tem que entender que especialmente as chaves de calcanhar são um tipo de finalização que você pode perder a qualquer momento”, explicou Renzo Gracie. “Ele poderia perder a posição a qualquer momento. E depois, o cara vai dizer que não bateu e ai tudo será perdido. Então, ele realmente precisa aplicar intensidade naquilo. Infelizmente, as pessoas viram tudo com olhar pobre.”, completou.

A World Series of Fighting e uma das organizações profissionais de MMA que mais crescem nos Estados Unidos. Estreou há apenas um ano, mas já está na televisão. Atualmente, as lutas são transmitidas por um dos principais canais de esportes do pais, a NBC Sports.


Lenda do boxe volta a lutar para enfrentar Anderson Silva
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Marcos Peres

O lendário boxeador americano Roy Jones Jr vai voltar a lutar depois de um ano e meio para provar que pode protagonizar uma luta histórica contra o ex-campeão dos pesos médios do UFC, o brasileiro Ânderson Silva.

Roy Jones Jr, que completará 45 anos em janeiro, vai enfrentar o canadense Bobby Gunn, de 39 anos, no próximo dia 4 de dezembro, na cidade da Filadélfia, nos Estados Unidos. A luta está programada para 12 assaltos, pelo título dos cruzadores da União Mundial de Boxe, uma entidade pouco reconhecida.

Roy Jones Jr e Bobby Gunn vão lutar na Filadélfia, EUA - Divulgação WBU

Roy Jones Jr e Bobby Gunn vão lutar na Filadélfia, EUA – Divulgação WBU

“A razão dessa luta contra Bobby Gunn é começar a me preparar, já que não luto há mais de um ano. E quero estar pronto para Ânderson Silva, caso ele vença Chris Weidman.” (dia 28 de dezembro, pelo cinturão dos médios do UFC), afirmou o boxeador. “Silva deixou claro que, se vencer, quer me enfrentar em seguida. Estou esperando por ele”, completou Jones Jr.

Roy Jones Jr é único boxeador da história a começar a carreira como peso meio-médio e colecionar títulos mundiais em quatro categorias diferentes, inclusive peso pesado. E diz estar muito motivado para acrescentar mais esse feito ao currículo, de um cartel que soma 56 vitórias (40 nocautes) e oito derrotas.

Poster de Roy Jones Jr X Bobby Gunn - Divulgação WBU

Poster de Roy Jones Jr X Bobby Gunn – Divulgação WBU

“Essa é uma luta que intriga muita gente. Eu não posso enfrentar Ânderson Silva vindo de um período tão grande de inatividade. Então, eu precisava ter uma luta antes. Se não fosse por Ânderson Silva, não faria essa luta”, justificou Jones Jr, que não luta desde junho de 2012.

Nomeado o Boxeador da Década de 1990 pela Associação Americana dos Escritores de Boxe, Roy Jones Jr afirmou que, apesar de ouvir dos fãs pedidos de aposentadoria, ainda ama o que faz. “Eu amo o ato de bater e tentar não ser acertado”, disse o veterano.


Para os americanos, Vitor Belfort merece lutar pelo título
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“Belfort merece lutar pelo título”, destaca o colunista Damon Martin, da rede de televisão americana FOX Sports. “Chris Weidman (atual campeão dos médios do UFC) e Anderson Silva (que vai tentar recuperar o cinturão em dezembro) considerem isso um aviso: o Fenômeno está chegando,” escreveu o jornalista.

Mike Bohn, especialista que escreve para o USA Today, um dos principais jornais dos Estados Unidos, afirmou ”O Fenômeno vive o melhor momento de um lutador no UFC hoje em dia. Com três nocautes consecutivos, o brasileiro está à beira de uma luta pelo título.”

O president do UFC, Dana White, anunciou nessa sexta-feira, ainda em Goiania, que Belfort vai lutar pelo título no ano que vem contra o vencedor do combate entre o americano Chris Weidmann e o brasileiro Ânderson Silva, que vai ocorrer no próximo dia 29 de dezembro.

Leia abaixo as reações da comunidade do MMA ao nocaute de Vitor Belfort no americano Dan Henderson, que nunca havia sido nocauteado em 39 lutas.

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Bullying preocupa NBA, mas não o brasileiro novato na liga
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Marcos Peres

Nessa sexta-feira, a NBA distribuiu um memorando aos 30 times da liga informando que não vai tolerar nenhuma forma de assédio moral ou trote em suas franquias. Mas o brasileiro Vitor Faverani, estreante na liga, afirmou que nenhum abuso aconteceu com ele no Boston Celtics.

Amway Center, em Orlando, EUA - foto: Marcos Peres

Amway Center, em Orlando, EUA – foto: Marcos Peres

“É meu primeiro ano, mas a molecada é bem de boa. Realmente, eles são bem tranquilões, disse Faverani, de 25 anos. “Normal, pega a mochila, leva isso, leva aquilo. Mas novatada, novatada mesmo, não teve nenhuma ainda. Cantar feliz aniversário pra galera é o que a gente faz. Mas é divertido. É o primeiro ano. Tem que viver essa experiência,” relatou.

Na mesma noite em que a maior liga de basquete do mundo assumiu sua preocupação com o bullying no ambiente de trabalho de atletas, técnicos e dirigentes, o Blog do Marcos Peres acompanhou o sexto jogo de Vitor Faverani pelo Boston Celtics. O novato começou como titular todas as partidas da temporada. Feito raro na NBA. Principalmente para um estrangeiro.

“Lógico que é diferente chegar um cara novo já jogando”, reconheceu o pivô brasileiro que viveu na Espanha para jogar basquete desde

Brasileiro Vitor Faverani no vestiário - foto: Marcos Peres

Brasileiro Vitor Faverani no vestiário – foto: Marcos Peres

os 14 anos de idade. “Mas acho que aqui está todo mundo contente. Eu fiquei surpreso, claro, não esperava chegar jogando. Mas acho que isso é fruto do trabalho de cada dia. Então, acho que o pessoal fica contente de me dar um conselho, poder me ajudar.”

Segundo a rede te televisão americana ESPN, o memorando da NBA aos times faz referência ao recente escândalo envolvendo uma das principais equipes de futebol americano do país, o Miami Dolphins, noticiado pelo Blog no dia primeiro de novembro.

O jogador Jonathan Martin, de 24 anos, abandonou o Miami Dolphins alegando sofrer bullying de um colega de time, o defensor Richie Ingognito. Incognito, de 31 anos, foi afastado dos Dolphins por tempo indeterminado.

Vitor Faverani acredita que “as brincadeiras têm seu limite. É lógico que aqui pedem pra você levar uma mochila rosa ou dançar alguma coisa. Acho que é besteirada de time. Acho que tem que aceitar na moral. É lógico que não tem que passar os limites. Acho que o time aqui é bem consciente disso. E o jogador tem que se fazer respeitar.”

A lista de violações assinaladas pela NBA inclui, entre outras coisas, qualquer abuso físico ou ameaças de violência, abuso verbal relacionado à raça, nacionalidade, cor, sexualidade, idade, religião. Também é proibido tomar parte em atividades de intimidação ou ameaça a colegas de time. Constrangimento, humilhação ou vergonha. Forçar o indivíduo a realizar qualquer atividade.

Vitor Faverani jogou 16 minutos na vitória do Boston Celtics fora de casa sobre o Orlando Magic, por 91 a 89. Pegou cinco rebotes, deu uma assistência, conseguiu um toco e uma bola de três, responsável pelos únicos três pontos dele na partida. Foi o desempenho mais modesto do pivo brasileiro em seis jogos. Mas significou mais um degrau na ascensão de Faverani na NBA. Ele ainda está desenvolvendo a língua inglesa, mas fez questão de abraçar e confortar o ala Jeff Green, quando americano errou uma bola simples a 38 segundos do fim, que poderia ter custado a vitória aos Celtics.

Com companheirismo e profissionalismo, Vitor Faverani está ganhando o respeito dos colegas e fãs da NBA. E, segundo ele, os 2,11 metros de altura também ajudam um pouco. “Para pivô é mais difícil ter novatada”, se diverte o grandalhão. “A pivosada é menos zoada do que o normal. Porque depois tem que impor bloqueio, pegar rebote, e sempre pode sobrar um cotovelo. Então, acho que é mais difícil fazer novatada para pivô.”


Canadá cria “disque-denúncia” para doping
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Marcos Peres

A três meses da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia, o Centro Canadense Para a Ética no Esporte lançou, essa semana, em Ottawa, um “disque-denúncia” para o combate ao doping.

Ciclista canadense Ryder Hesjedal admitiu doping - foto: Graham Hughes/The Canadian Press

Ciclista canadense Ryder Hesjedal admitiu doping – foto: Graham Hughes/The Canadian Press

O anúncio aconteceu poucos dias depois do ciclista canadense Ryder Hesjedal, campeão da famosa prova Giro d’Italia de 2012, ter admitido que se dopava “há mais de dez anos”.

O diretor do Centro Canadense Para a Ética no Esporte, Paul Melia, lembrou o escândalo envolvendo o velocista Ben Johnson, que perdeu a medalha de ouro dos 100m dos Jogos Olímpicos de Verão de 1988 por doping. “Ninguém quer ver um atleta canadense receber uma medalha na sexta-feira para perde-la no sábado”, ele afirmou. “Já vivemos isso uma vez. Não queremos viver de novo.”

Canadense Ben Johnson ganha 100m em Seul-1988 - foto: Getty Images

Canadense Ben Johnson ganha 100m em Seul-1988 – foto: Getty Images

O Canadá foi sede da última edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, Vancouver-2010. O time canadense foi o primeiro colocado no quadro geral de medalhas pela primeira vez na história das Olimpíadas, com 14 de ouro, quebrando também o recorde de medalhas de ouro de uma nação em uma mesma edição dos Jogos.

Porém, recentemente, depois de uma viagem a Sochi, o presidente do Comitê Olímpico do Canadá, Marcel Aubut disse ter chegado à conclusão de que o esporte canadense está vulnerável ao doping. “Fiquei chocado”, afirmou o executivo.

O governo federal e os Comitês Olímpico e Paralímpico do Canadá se uniram para contribuir com $1 milhão de dólares canadenses (R$ 2,2 milhões) para a luta contra o doping no país. O dinheiro vai incrementar o programa de testes em atletas que vão disputar as Olimpíadas de Sochi.

As autoridades também estão investindo na capacidade de investigação do programa antidoping, disse Bal Gosal, ministro do esporte do Canadá.

Qualquer pessoa pode ligar para o “disque-denúncia” canadense de doping pelo telefone 1-800-710-2237.


Americano desarma assaltante usando jiu-jitsu brasileiro
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O americano John McGowan, de 31 anos, imobilizou e desarmou um assaltante na loja de conveniências de um posto de gasolina, no último sábado, na cidade de Philadelphia, no estado da Pennsylvania, Estados Unidos.

Imagens das câmeras de segurança do posto divulgadas pela polícia nessa quarta-feira mostram um jovem usando uma máscara de esqui apontando uma arma para o rosto de John McGowan. “Você está mexendo com o cara errado”, disse McGowan ao se aproximar do bandido.

Cliente imobiliza assaltante.

Cliente imobiliza assaltante – Reprodução FOX

McGowan, que é cliente do posto, mas trabalha como vigilante, agarrou a arma e levou o assaltante para o chão. Os dois homens disputaram o revólver em meio aos pacotes de batatas fritas que caíram da prateleira. “Nós fomos para o chão, eu apliquei nele uma imobilização de jiu-jitsu brasileiro e o golpeei na cabeça com a própria arma”, descreveu John McGowan.

McGowan usou um golpe conhecido como triângulo para imobilizar o bandido até a chegada da polícia. Assita ao vídeo da FOX americana:

Dois tiros foram disparados durante a briga. Uma das balas atravessou o tênis de McGowan.

O assaltante foi identificado pela polícia como CJ Gostynski, de 20 anos. Policiais encontraram um fuzil AR-15 com 60 cartuchos de munição no carro de Gostynski.

John McGowan nunca praticou jiu-jitsu brasileiro. Fã de MMA, aprendeu o golpe assistindo a eventos do UFC pela televisão.


Fã exaltada lesiona Ryan Lochte, o melhor nadador do mundo
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Marcos Peres

Uma fã exaltada obrigou o melhor nadador do mundo a dar um tempo nos treinamentos e competições. Ao ver Ryan Lochte na Flórida, uma adolescente correu e pulou no colo do nadador, dono de 11 medalhas olímpicas, cinco delas de ouro. Lochte segurou a garota, mas tropeçou e bateu o joelho esquerdo na calçada, conforme confirmou sua assessoria de comunicação na noite dessa terça-feira.

O choque rendeu a Ryan Lochte, de 29 anos, um estiramento no ligamento colateral medial e um entorse do ligamento cruzado anterior. A jovem nada sofreu.

Ryan Lochte - foto: AP Photo/Daniel Ochoa de Olza

Ryan Lochte – foto: AP Photo/Daniel Ochoa de Olza

A assessoria de comunicação de Lochte divulgou uma nota que diz: “Como resultado de uma lesão maluca, causada por um encontro inesperado com uma fã, Ryan sofreu um estiramento no ligamento colateral medial e um entorse do ligamento cruzado anterior e vai dar uma pausa nos treinamento e competições. A equipe médica espera que ele tenha uma recuperação plena e rápida.”

A fama não caiu no colo de Ryan Lochte, como essa jovem fã. Ele trabalhou duro para conquistar 11 medalhas olímpicas (cinco de ouro, três de prata e três de bronze) e 53 medalhas em campeonatos mundiais. Lochte atualmente é detentor de 3 recordes mundiais individuais.

Depois de conquistar duas medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze nas Olimpíadas de Londres-2012, Lochte estrelou um reality show na TV americana, expondo seu estilo de vida extravagante e a personalidade despojada. O programa rendeu a ele novas fãs entre as adolescentes.

Ryan Lochte prometeu nadar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.


Jogador de futebol americano é afastado do Miami Dolphins por bullying
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O jogador Richie Incognito, de 31 anos, foi afastado do Miami Dolphins por tempo indeterminado nessa segunda-feira, depois que a Liga Nacional de Futebol Americano (NFL) recebeu provas de que ele praticava bullying contra o colega de time Jonathan Martin. Incognito reagiu dizendo que nunca mais vai jogar pelo time de Miami.

Richie Incognito - foto: Kirby Lee - USA TODAY Sports

Richie Incognito – foto: Kirby Lee – USA TODAY Sports

Jonathan Martin entregou à NFL cópias de mensagens de texto e de voz ofensivas e racistas que disse ter recebido de Incognito em abril desse ano.

A rede de televisão americana ESPN teve acesso a uma das mensagens de voz, na qual Incognito usava ofensas, inclusive racistas, tentando humilhar e intimidar Martin:

“E aí, seu meio n…, pedaço de m… Ví no Twitter que você está treinando há dez semanas. Cale essa sua boca do c… Vou estapear essa sua boca do c… Vou dar um tapa na cara da sua mãe. Vai se f…, você ainda é um iniciante. Eu vou te matar”, ameaçou Incognito.

O atacante Jonathan Martin, de 24 anos, abandonou o Miami Dolphins na semana passada, como noticiou o Blog no dia primeiro de novembro, depois de sofrer mais um episódio do que ele chamou de bullying recorrente de Incognito. Martin informou aos Dolphins que não voltaria enquanto Incognito estivesse no time.

Jonathan Martin - foto: MiamiDolphins.com

Jonathan Martin – foto: MiamiDolphins.com

Richie Incognito, tem fama de jogador impopular. Ele foi duramente criticado por adversários, como o ex-jogador do New York Jets, Bart Scott. Scott afirmou que Incognito usa esteroides anabolizantes e o classificou como “um falso durão”, que foi “um dos mais sujos – se não o mais sujo – jogador que já joguei contra”.

Mas alguns companheiros de time de Incognito saíram a defesa dele, como Mike Wallace, que disse: – “Eu amo Richie. Penso que ele é um grande cara”.

Incognito teve um início de carreira conturbado, tendo sido expulso das universidades de Nebraska e Oregon por problemas disciplinares. Desde a estréia na NFL, o jogador já recebeu multas que somam cerca de $100 mil dólares (R$ 228 mil) por jogo desleal. Incógnito também foi expulso do Saint Louis Rams, em 2009, depois de atingir dois adversários com cabeçadas e ainda brigar com o técnico Steve Spagnuolo na lateral do campo.


Crianças que treinam se machucam mais do que aquelas que brincam de esporte, segundo pesquisa.
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Projetar em um filho o seu sonho de infância de ser jogador de futebol, ou mesmo apoiar o desejo de uma criança em seguir carreira no esporte, pode ter um preço alto para a saúde dos jovens atletas, se a dose de dedicação for exagerada, segundo um estudo apresentado nesse fim de semana, na Conferência Nacional da Academia Americana de Pediatria, em Orlando, Estados Unidos.

Jovens de 8 a 18 anos, que gastam o dobro de horas por semana treinando esportes organizados, em relação ao tempo que passam brincando de jogar, estão mais propensos a se machucar e mesmo ter lesões graves de esforço. Especialmente aqueles que se dedicam a um único esporte.

Foto: Toni L. Bailey - Lacey Today

Foto: Toni L. Bailey – Lacey Today

O estudo, batizado de “Riscos do Treinamento Especializado e Aumento das Lesões em Jovens Atletas” constatou também que jovens atletas que treinam mais horas por semana do que a própria idade – por exemplo, um garoto de 8 anos, que treina mais de 8 horas por semana – estão mais propensos a se ferir.

A pesquisa envolveu cerca de 1.2 mil crianças e adolescentes, que foram avaliados em hospitais e clínicas da cidade de Chicago. Os pesquisadores coletaram informações de cada paciente, como a intensidade e a duração dos treinamentos, o grau de especialização da criança em determinado(s) esporte(s), análises de desenvolvimento físico, altura e peso. O processo de acompanhamento foi repetido a cada seis meses, por até três anos, entre 2010 e 2012.

“Os jovens atletas que se especializaram mais intensamente em um único esporte eram mais propensos a sofrer uma lesão, até uma grave lesão de esforço” (daquelas que impedem a criança de jogar por um período mais longo), afirmou o líder do estudo, o Dr. Neeru Jayanthi.

Dos cerca de 1200 participantes, 837 se feriram durante o período de acompanhamento. 859 lesões foram reportadas. 360 jovens permaneceram ilesos.

Os atletas lesionados apresentavam maior grau de especialização em algum esporte do que os não-lesionados.

“Descobrimos que as crianças (americanas) praticam esportes organizados em media duas vezes mais do que brincam de jogar”, disse o Dr. Jayanthi. “Essas crianças que excedem essa relação de dois-para-um estão mais propensas a se ferir.”, afirmou o pesquisador.

“Nosso próximo objetivo é pesquisar como educar pais e crianças sobre essa relação de tempo gasto no esporte versus brincadeira e fornecer-lhes orientações mais específicas para reduzir lesões por exageros em esportes para jovens”, afirmou outra pesquisadora, A Dra. Cynthia R. LaBella.


Desfile da vitória do Red Sox emociona Boston seis meses depois dos atentados terroristas na Maratona.
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Marcos Peres

O desfile da vitória do Boston Red Sox, campeão da temporada de beisebol dos Estados Unidos, emocionou os americanos nesse sábado ao passar pela linha de chegada da Maratona de Boston, alvo de ataques terroristas que mataram três pessoas e deixaram mais de 260 feridas há seis meses.

Jogadores do Red Sox posicionaram a taça do campeonato na linha de chegada, que continua pintada no chão da Rua Boylston. E vestiram o troféu com uma camisa do time que tinha os dizeres “Boston forte 617”, o slogan criado para simbolizar a força da cidade perante o terrorismo.

A taça colocada na linha de chegada da Maratona de Boston - Foto: Tristan Thornburgh, Bleacher Report

A taça colocada na linha de chegada da Maratona de Boston – Foto: Tristan Thornburgh, Bleacher Report

O jogador David Ortiz homenageou as vítimas dos ataques a bomba, correndo e atravessando a linha de chegada.

David Ortiz atravessa a linha de chegada - Meredith Perri, Instagram

David Ortiz atravessa a linha de chegada – Meredith Perri, Instagram

“A última vez que estive aqui de pé nas ruas de Boston foi no dia da maratona e apenas gostaria de dizer obrigado ao Red Sox por trazer todas essas pessoas de volta às ruas para algo tão maravilhoso para celebrar” disse a moradora local Laurie Delaney à rede de televisão CNN.

O Boston Red Sox foi campeão depois de ter terminado a temporada anterior em último lugar, o que deu contornos de superação à campanha do time e emocionou a cidade, apaixonada por beisebol.

O título da “World Series” foi conquistado na última quarta-feira, em vitória sobre o St. Louis Cardinals. O Red Sox foi campeão em casa, no estádio Fenway Park, pela primeira vez desde 1918.