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NBA: Técnico do Clippers derrotou o racismo
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Marcos Peres

Técnico Doc Rivers - foto: Reuters

Técnico Doc Rivers – foto: Reuters

O Los Angeles Clippers estréia nessa segunda-feira na semifinal da Conferência Oeste da NBA contra o Oklahoma City Thunder, depois de uma extenuante e emocional batalha de sete jogos contra o Golden State Warriors nas quartas-de-final. Se a semana mais turbulenta da história do time terminou vitoriosa, foi por mérito do técnico Doc Rivers. Um treinador negro, assim como mais de 80% dos seus jogadores, que se viu obrigado a lidar com os comentários racistas do próprio chefe, o proprietário da equipe, e todo o escândalo que tomou conta dos Estados Unidos depois que eles se tornaram públicos.

Todos queriam ouvir o que Doc Rivers, campeão da NBA em 2008, teria a dizer. O treinador de 52 anos poderia ter se reservado o direito de esperar pelas investigações da NBA antes de se manifestar. Porém, tomou frente da situação no mesmo dia em que a explosiva gravação telefônica foi publicada na internet. “É um comentário pertubador”, afirmou Rivers em uma sessão de treinamentos do Clippers. “Mas temos que estar acima dele nesse momento”. Momento em que o time jogaria a quarta partida da série melhor de sete. Jogo que o Clippers viria a perder naquele final de semana.

A partir daquele momento, o fracasso do time nos playoffs já não seria culpa dele. Porém, Rivers optou claramente pelo sucesso. O profissionalismo, a inteligência emocional prevaleceram sobre as reações emocionais. Enquanto o astro Kobe Bryant, do Los Angeles Lakers, dizia “eu não poderia jogar para ele (Donald Sterling, dono do Clippers)”, Doc Rivers cuidava de botar a cabeça de seus principais jogadores, como o armador Chris Paul, no lugar.

O treinador não só fez uma reunião com os jogadores sobre o assunto, como manteve uma linha de comunicação aberta com cada um deles, afim de discutir suas preocupações e afinar seus objetivos. “Essa situação não vai nos distrair do grande objetivo de seremos campeões”, dizia Rivers diariamente, das mais diferentes maneiras.

Rivers não aprovou o protesto silencioso de seus jogadores, que vestiram do avesso a camisa de aquecimento do time minutos antes do quarto jogo das quartas-de-final da conferência. Porém, não os recriminou. Em vez disso, deu a seus atletas folgas não planejadas anteriormente, antes dos jogos 5 e 6.

Ao final do jogo sete, o mais emocionante da série contra o Warriors, vencido pelo Clippers por 126 a 121, Doc Rivers finalmente extravasou suas emoções, com socos no ar e cumprimentos a todos os seus jogadores.

“Eu precisava extravasar”, contou o treinador. “Foi uma semana dura. Pareciam dois meses. Eu precisava ser capaz de sorrir, rir, aplaudir e ficar orgulhoso de algo. E estava muito orgulhoso dos meus jogadores”, disse Rivers.

O dono do LA Clippers, Donald Sterling, foi banido da liga para sempre. Ainda não se sabe que impacto esse escândalo ainda pode ter para o futuro do time. Porém, o time de Doc Rivers pode entrar para a história do basquete ao ser campeão da temporada 2013/2014 da NBA.


NBA vai vender camisetas contra o racismo
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Marcos Peres

A mensagem "Somos um" é exibida no site do Los Angeles Clippers - Reprodução Clippers.com

A mensagem ''Somos um'' é exibida no site do Los Angeles Clippers – Reprodução Clippers.com

A NBA vai vender camisetas com uma mensagem contra o racismo estampada no peito: ''We are one'' – ''Somos um'', em língua portuguesa – é o novo Slogan adotado pelo Los Angeles Clippers, depois que o proprietário da equipe, Donald Sterling, foi banido da liga por discriminação racial.

A renda arrecadada com a venda das camisetas será repassada pela NBA para organizações contra a discriminação. A frase, que ficou famosa nos Estados Unidos ao ser postada na página do Clippers na internet imediatamente após o anúncio das punições ao dono da equipe, será estampada nas cores de todas as 30 equipes da liga.

Os produtos estarão à venda a partir do próximo domingo na loja virtual da NBA na internet, na loja da liga em Nova York e no ginásio utilizado pelo Clippers em Los Angeles, o Staples Center.

 


Racismo na NBA: Conversa gravada é “uma de muitas”, afirma responsável
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Marcos Peres

Vanessa Stiviano em entrevista à ABC - Reprodução

Vanessa Stiviano, responsável pela gravação, em entrevista à ABC – Reprodução

Vanessa Stiviano, a mulher responsável pela gravação telefônica que levou o proprietário do Los Angeles Clippers, Donald Sterling, a ser banido da NBA para sempre, afirmou que a gravação de 15 minutos recheada de ofensas racistas, revelada há uma semana, foi “apenas uma de muitas” conversas entre eles sobre o mesmo tema.

“Houve muitas ocasiões nas quais o Sr. Sterling e eu tivemos conversas como essa. Essa é apenas uma de muitas”, revelou Vanessa Stiviano em entrevista exibida na noite dessa sexta-feira pela rede de televisão americana ABC. “O que o mundo ouviu foram apenas 15 minutos. Há muitas outras horas que o mundo não conhece”, disse Vanessa.

Segundo Vanessa, a gravação que resultou não só no banimento de Donald Sterling da liga de basquete, como também em uma multa equivalente a R$5,6 milhões, foi feita por ela e enviada a alguns amigos. Vanessa, que se descreveu durante a entrevista como negra e mexicana, afirmou que foi um amigo quem “vazou” a gravação para o site TMZ.

Vanessa, que disse ter 31 anos de idade, negou que tenha tido um relacionamento amoroso com Donald Sterling, de 80. Afirmou que trabalhava como assistente pessoal do magnata do ramo imobiliário e que o vê como “uma figura paterna”. Porém, algumas pessoas teriam “envenenado a cabeça e o coração dele dizendo coisas a respeito” dela, o que o teria levado a dizer o que disse.

Durante a conversa que iniciou o escândalo, Sterling reclama de uma foto publicada por Vanessa na rede social Instagram, na qual ela posa ao lado do ex-jogador Magic Johnson:

– “No seu Instagram nojento, você não precisa aparecer andando com pessoas negras”, diz Sterling.

– “E se fosse alguém branco, tudo bem?”, pergunta Vanessa.

– “Eu conheço bem (Magic Johnson) e ele deve ser admirado”, responde Sterling. “Estou apenas dizendo que é péssimo que você não possa admirá-lo privadamente. Admire-o, traga-o aqui, alimente-o, transe com ele, mas não o ponha no Instagram para o mundo ver e me ligar. E não o traga aos meus jogos.”

Apesar das evidências, Vanessa Stiviano disse acreditar que Donald Sterling não seja racista. “Penso que o Sr. Sterling seja de uma geração diferente da minha. Penso que ele tenha sido levado a acreditar nessas coisas (…), segregação, brancos e negros”, ela afirmou. “Mas em suas ações, ele já mostrou que não é racista. Ele se mostrou um homem muito generoso e gentil.”

Vanessa Stiviano enfrenta desde o mês de março uma batalha judicial com a esposa de Donald, Rochelle Sterling, que pede a devolução de $500 mil dólares (R$1,1 milhão), correspondentes aos carros de luxo que o marido teria dado a Vanessa, um apartamento duplex, avaliado em R$ 4 milhões, na região de Beverly Hills, Califórnia, além de outros presentes caros que Sterling teria dado a Vanessa sem o consentimento da esposa.


Como NBA vai forçar racista a vender seu time
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Marcos Peres

Comissário Adam Silver anuncia punição ao vivo na TV - Reprodução NBA TV

Comissário Adam Silver anuncia punição ao vivo na TV – Reprodução NBA TV

O homem forte da NBA, o comissário Adam Silver, baniu para sempre o dono do Los Angeles Clippers, Donald Sterling, de qualquer atividade promovida pela liga. Agora, vai agir para forçá-lo a botar à venda o time. Serão precisos os votos de 22 dos 29 proprietários das demais franquias da NBA, ou seja, três quartos do total. As investigações da NBA comprovaram que Sterling é o homem que faz afirmações racistas em uma gravação telefônica revelada na internet na última sexta-feira.

Ao tomar o controle do time, Adam Silver não apenas adotou uma decisão moral ou ética, mas também optou por proteger a NBA financeiramente. Donald Sterling já não era mais apenas uma ameaça. Nove dos parceiros do Clippers já haviam suspendido os contratos de patrocínio. A sombra de Sterling é um fantasma econômico que os demais controladores da liga não devem demorar a exorcizar. Antes que outros patrocinadores decidam partir, boicotes ou mesmo greves de jogadores aconteçam.

“Como jogadores, estamos muito felizes com a decisão, mas ainda não estamos satisfeitos”, disse o vice-presidente da Associação dos Jogadores da NBA, Roger Mason Jr. “Nós queremos ação imediata. Queremos uma data dos proprietários na qual essa votação vai acontecer.”

Ao afirmar nessa terça-feira que vai “urgir o conselho deliberativo (da NBA) a exercer sua autoridade e forçar a venda” do Los Angeles Clippers, o comissário da liga, Adam Silver, já sabia que contaria com o apoio necessário. Antes mesmo do anúncio das punições a Sterling, que incluíram uma multa equivalente a R$ 5,6 milhões, pelo menos 16 dos demais proprietários de franquias já haviam se manifestado contra Sterling. Outros nove declararam apoio à decisão do comissário imediatamente depois do anúncio.

Donald Sterling foi banido da NBA - foto: AP Photo/Danny Moloshok

Donald Sterling foi banido da NBA – foto: AP Photo/Danny Moloshok

Pouco antes de saber que seria banido da NBA, o proprietário do Los Angeles Clippers disse a um repórter da rede americana Fox News que o time não estava à venda. Porém, talvez mude de idéia, já que os colegas, proprietários das demais franquias serão convocados a votar nos próximos dias.

 

Funcionários do Los Angeles Clippers divulgaram uma nota na qual comemoram a decisão do comissário da liga. “Agora começa o processo de cicatrização”, diz a nota.


Dono do Clippers é banido da NBA por racismo e terá que vender o time
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Donald Sterling está proibido de comparecer aos jogos do próprio time - foto: AP Photo/Danny Moloshok

Donald Sterling está proibido de comparecer aos jogos do próprio time – foto: AP Photo/Danny Moloshok

Donald Sterling, proprietário do Los Angeles Clippers, foi banido da NBA por toda a vida, por comentários racistas emitidos por ele durante uma conversa telefônica gravada e revelada na última sexta-feira na internet. O comissário da NBA, Adam Silver, anunciou também nessa terça-feira uma multa de $ 2,5 milhões – cerca de R$5,6 milhões -, valor máximo permitido pela constituição da NBA. Além disso, Sterling será forçado pela liga a vender a franquia.

Donald Sterling, de 80 anos, não pode comparecer a jogos, treinamentos, nem ao escritório do time em Los Angeles. Fica proibido de tomar decisões de negócios e mesmo contratar ou dispensar jogadores. Sterling foi banido também das reuniões do conselho de proprietários da NBA e quaisquer outros eventos promovidos pela liga.

O atual técnico do Clippers, Doc Rivers, deve se desligar do time ao final da temporada, caso Sterling não ponha o time à venda nas próximas semanas, segundo revelou o site americano Yahoo! Sports. E o mesmo deve acontecer com muitos jogadores do Clippers, como o armador da seleção dos EUA, Chris Paul. Eles fizeram uma manifestação silenciosa no último domingo, vestindo o uniforme do avesso durante o aquecimento para a partida contra o Golden State Warriors. 73% dos jogadores da NBA são negros e 81% têm ascendência afro-americana, segundo o relatório “Gender and Race Report Card for the NBA”.

Quatro dos patrocinadores do Los Angeles Clippers encerraram os contratos unilateralmente. E cinco outros suspenderam as verbas temporariamente.

Forçar Sterling a vender o time deve levar a batalhas judiciais. Porém, a NBA atendeu ao apelo popular e às manifestações de alguns dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos, como Michael Jordan, Magic Johnson, Kobe Bryant, LeBron James e até do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a NBA utilizou uma cláusula de seu regimento interno que prevê punições para “conduta prejudicial à liga” para justificar as penalidades aplicadas a Donald Sterling.

Donald Sterling pode enfrentar também processos judiciais por racismo. Em 2009, ele fez um acordo de $2,8 milhões de dólares – cerca de R$ 6,2 milhões – para dar fim a dois processos por discriminação racial movidos por latinos e afrodescendentes, impedidos de alugar apartamentos de propriedade do empresário. Apesar de propor o acordo, Sterling negou as acusações.

Magnata do ramo imobiliário, Donald Sterling teve a fortuna avaliada em $1,9 bilhão de dólares (R$ 4,2 bilhões) pela revista Forbes.

Entenda o caso:

A gravação, revelada pelo site TMZ na última sexta-feira, revela uma conversa entre Donald Sterling e sua amiga Vanessa Stiviano. Sterling reclama de uma foto publicada por Vanessa na rede social Instagram, na qual ela posa ao lado do ex-jogador Magic Johnson:

– “No seu Instagram nojento, você não precisa aparecer andando com pessoas negras”, diz Sterling.

– “E se fosse alguém branco, tudo bem?”, pergunta Vanessa.

– “Eu conheço bem (Magic Johnson) e ele deve ser admirado”, responde Sterling. “Estou apenas dizendo que é péssimo que você não possa admirá-lo privadamente. Admire-o, traga-o aqui, alimente-o, transe com ele, mas não o ponha no Instagram para o mundo ver e me ligar. E não o traga aos meus jogos.”

Vanessa é a mulher que a esposa de Donald, Rochelle Sterling, acusou de ser uma “sedutora caçadora de dinheiro”, em um processo iniciado no mês de março em uma corte de Los Angeles e relatado pelo jornal Los Angeles Times. Rochelle pediu a devolução de $500 mil dólares (R$1,1 milhão), correspondentes aos carros de luxo que o marido teria dado à suposta amante, um apartamento duplex, avaliado em R$ 4 milhões, na região de Beverly Hills, Califórnia, além de outros presentes caros que Donald, de 80 anos, teria dado a Vanessa, de 38, sem o consentimento da esposa.


Jordan exige ação da NBA contra racismo e Clippers pode até ser vendido
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Marcos Peres

Michael Jordan cobrou ação imediata da NBA contra o racismo - foto: REUTERS/Chris Keane

Michael Jordan cobrou ação imediata da NBA contra o racismo – foto: REUTERS/Chris Keane

Michael Jordan, o maior jogador de basquete da história, afirmou em um comunicado que a NBA “não pode tolerar discriminação”. Jordan se juntou ao melhor jogador da atualidade, LeBron James, o ex-jogador Magic Johnson e até ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Todos se manifestaram contra os comentários racistas revelados em uma gravação telefônica e atribuídos a Donald Sterling, proprietário do Los Angeles Clippers, da NBA.

Esse time, formado por ídolos do esporte e políticos, não para de crescer, criando uma grande pressão – maior impossível – sobre o comissário da liga, Adam Silver, para que a NBA tome atitudes disciplinares em relação a Donald Sterling. Ele pode ser proibido de frequentar os jogos da própria equipe e, até mesmo, ser obrigado a botar a franquia a venda.

“Eu vejo isso sob duas perspectivas: Como proprietário (de um time da NBA, o Charlotte Bobcats), estou obviamente enojado que um colega, dono de uma equipe, possa ter opiniões tão repugnantes e ofensivas”, disse Michael Jordan. “Estou certo de que Adam Silver (comissário e homem forte da NBA) fará uma investigação completa e tomará atitudes apropriadas rapidamente. Estou completamente ultrajado. Não há lugar na NBA – ou em qualquer outro lugar – para o tipo de racismo e ódio atribuídos ao Sr. Sterling”, continuou Jordan. “Em uma liga na qual a maioria dos jogadores é de afro-americanos, nós não podermos tolerar discriminação em nível algum.”

Donald Sterling - foto: AP Photo/Danny Moloshok

Donald Sterling – foto: AP Photo/Danny Moloshok

A gravação, revelada pelo site TMZ na última sexta-feira, revela o que seria uma conversa entre Donald Sterling e sua amiga Vanessa Stiviano. O homem ao telefone reclama de uma foto publicada por Vanessa na rede social Instagram, na qual ela posa ao lado do ex-jogador Magic Johnson:

– “No seu Instagram nojento, você não precisa aparecer andando com pessoas negras”, diz o homem.

– “E se fosse alguém branco, tudo bem?”, a mulher pergunta.

– “Eu conheço bem (Magic Johnson) e ele deve ser admirado”, responde o homem. “Estou apenas dizendo que é péssimo que você não possa admirá-lo privadamente. Admire-o, traga-o aqui, alimente-o, transe com ele, mas não o ponha no Instagram para o mundo ver e me ligar. E não o traga aos meus jogos.”

Vanessa é a mulher que a esposa de Donald, Rochelle Sterling, acusou de ser uma “sedutora caçadora de dinheiro”, em um processo iniciado no mês de março em uma corte de Los Angeles e relatado pelo jornal Los Angeles Times. Rochelle pediu a devolução de $500 mil dólares (R$1,1 milhão), correspondentes aos carros de luxo que o marido teria dado à suposta amante, um apartamento duplex, avaliado em R$ 4 milhões, na região de Beverly Hills, Califórnia, além de outros presentes caros que Donald, de 80 anos, teria dado a Vanessa, de 38, sem o consentimento da esposa.

Magnata do ramo imobiliário, Donald Sterling teve a fortuna avaliada em $1,9 bilhão de dólares (R$ 4,2 bilhões) pela revista Forbes.

As investigações iniciadas pela NBA podem forçar Donald Sterling a botar à venda o Los Angeles Clippers. Nos Estados Unidos, o comportamento pessoal dos proprietários já danificou seus negócios antes. Aconteceu durante o divórcio litigioso do ex-proprietário do Los Angeles Dodgers, Jamie McCourt. E com os estúdios de animação Pixar, empresa comprada por Steve Jobs quando o fundador, o cineasta George Lucas, se separou da esposa. Em ambos os casos, por causa das divisões dos bens dos casais.


Kobe Bryant ajuda a vender álbum da Copa nos EUA
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Marcos Peres

A seleção de futebol dos Estados Unidos venceu, nos últimos dois anos, adversários de muito maior tradição, como a Itália, a Alemanha e o México. Porém, o atleta escalado para fazer propaganda do álbum de figurinhas da Copa do Mundo não faz parte do time. É Kobe Bryant, um dos maiores jogadores de basquete da era moderna.

Apesar do sucesso recente da seleção norte-americana, que venceu o rival México em território mexicano pela primeira vez na história, pressionada por 56 mil pessoas no estádio Azteca, o time não tem uma estrela de apelo nacional. O armador Landon Donovan está em baixa com o técnico alemão Jürgen Klinsmann. Os atacantes Klint Dempsey e Josy Altidore não são dos mais carismáticos. Tecnicamente, hoje, o melhor jogador da seleção é um volante, Michael Bradley, que transferiu-se recentemente do Roma, da Itália, para o Toronto FC, do Canadá, o time do goleiro brasileiro Júlio César.

Kobe Bryant, de 35 anos, voltou a treinar basquete essa semana, preparando-se cuidadosamente para a próxima temporada. Sem ele, os Lakers não conseguiram avançar para os playoffs da atual temporada.

Apesar de ter tido o contrato renovado recentemente pelo Lakers por astronômicos $48,5 milhões de dólares (R$108 milhões), pelas próximas duas temporadas, o craque não tem sido capaz de ajudar o time em quadra com efetividade desde abril de 2013, quando sofreu a primeira de três sérias lesões consecutivas, no tendão de Aquiles da perna esquerda, depois uma fratura na tíbia e, mais recentemente, em março de 2014, uma fratura no joelho esquerdo.


Michael Phelps pode nadar Olimpíadas do Rio de Janeiro
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Marcos Peres

Recentemente, Michael Phelps tem estrelado uma campanha publicitária de uma rede de fast-food ao lado de Pelé. O maior jogador de futebol de todos os tempos e o maior atleta olímpico da história se divertem comendo sanduíches. Deve ser fantástico ser considerado o Pelé de qualquer esporte. Porém, Edson Arantes do Nascimento  tem 73 anos de idade, Michael Phelps, 28. Pelé não pode mais ser melhor do que Messi. Mas Phelps talvez ainda possa ser mais veloz do que qualquer nadador em atividade.

Essa quinta-feira, 24 de abril de 2014, pode vir a ser considerada o dia mais importante do ciclo olímpico dos Jogos do Rio de Janeiro-2016. O dia em que o atleta de maior sucesso da história das olimpíadas voltará a competir, depois de 20 meses de aposentadoria. Michael Phelps vai nadar nessa quinta dois eventos no Grand Prix da cidade de Mesa, no estado norte-americano do Arizona, os 100m livre e os 100m borboleta. “Acho que, no mínimo, vou com minha mãe (ao Rio de Janeiro)”, disse Phelps. “Se estarei na piscina ou na arquibancada, o tempo vai dizer”, afirmou o nadador.

Phelps sabe o quão difícil pode ser conquistar a classificação para as Olimpíadas pela quinta vez na carreira, 16 anos depois da primeira, Sydney-2000. Nos últimos dois anos, enquanto ele comia sanduíches, os adversários se privavam dos prazeres da vida para ocupar a lacuna deixada por ele. “Se eu não tiver tanto sucesso quanto vocês todos pensam que eu poderia ou deveria ter e vocês acharem que isso mancha a minha carreira, então será a opinião de cada um de vocês”, afirmou Phelps. “Estou fazendo isso porque quero voltar. Eu gosto de estar na água e gosto de estar na natação”, justificou.

Os jogos de golfe não dão medalhas. Nas mesas de poker, disputa-se dinheiro, não recordes mundiais. Namorar belas mulheres, fazer aparições descontraídas na televisão não alimentam o ímpeto de quem é competitivo como Michael Phelps. Durante 15 anos, ele se dedicou incansavelmente para ser o maior nadador de todos os tempos. Mas e agora? Quais os objetivos? Por que acordar às 5h da manhã para cair na piscina gelada, se durante a aposentadoria, foi visto algumas vezes em festas que não acabavam antes das 6h? Phelps afirmou que tem novas metas. Mas, como de costume, não as revelaria. “Eu pude fazer absolutamente nada durante um ano e meio, dois anos”, disse o nadador, sorrindo. “Eu viajei, joguei golfe, ganhei 13 quilos, me diverti muito. E senti falta de algo: Voltar à piscina, voltar ao North Baltimore (Aquatic Center, clube onde treinou por toda a carreira).”

A principal motivação de Michael Phelps para deixar a aposentadoria não deve mesmo ser o dinheiro. Phelps tinha mais de 15 patrocinadores quando se aposentou. Chegou a ganhar $30 milhões de dólares (R$ 67 milhões) por ano. Contudo, hoje, talvez esteja ganhando ainda mais dinheiro. Isso porque uma regra do Comitê Olímpico Internacional proíbe atletas olímpicos de promoverem patrocinadores pessoais que não sejam também patrocinadores do COI por um período que se estende antes, durante e depois dos Jogos Olímpicos. Portanto, impede que essas empresas se beneficiem dos seus atletas nos momentos de maior visibilidade.

Phelps disse certa vez que jamais nadaria depois dos 30. Estaria ele disposto a nadar até os 30? Essa é a idade que ele terá durante as Olimpíadas do Rio. Será que sente saudades da pressão que superou para conquistar 22 medalhas olímpicas, 18 delas de ouro? Por mais incrível que possa parecer, sim. “Competir. É tudo o que posso querer agora. Eu não compito desde o revezamento 4X100m quatro estilos (das Olimpíadas) em Londres (2012). Então, quero apenas voltar àquela mentalidade competitiva. É algo que eu amo de verdade. Quando estava competindo em Londres e durante toda a minha carreira.”


Futebol começa a incomodar beisebol nos EUA
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Marcos Peres

Gramado do Yankee Stadium adaptado para o futebol - Cortesia NYCFC

Gramado do Yankee Stadium adaptado para o futebol – Cortesia NYCFC

Em 2015, o futebol vai dividir espaço com o beisebol no principal estádio da cidade mais importante dos Estados Unidos, Nova York. Algo inimaginável poucos anos atrás. O futebol vai exigir adaptações no gramado do Yankee Stadium, o templo do mais tradicional esporte norte-americano, a casa do time esportivo mais valioso dos Estados Unidos, o NY Yankees.

NYCFC tem logo inspirado nos sinais do metrô de Nova York

NYCFC tem logo inspirado nos sinais do metrô de Nova York

Diante da notícia de que o New York City Football Club (NYCFC) vai jogar sua temporada inaugural no Yankee Stadium, dirigentes do time de beisebol se viram obrigados a convocar uma entrevista coletiva, nessa segunda-feira, para acalmar os fãs do Yankees, preocupados com as condições do gramado, passarela para alguns dos esportistas mais bem pagos do mundo, como Alex Rodriguez, Mark Teixeira e Derek Jeter. O salário anual de Jeter, superior a R$ 56 milhões, seria suficiente para cobrir as folhas salariais de dois times de futebol dos Estados Unidos.

“Sim, o gramado será usado mais do que nunca, o que é uma preocupação”, disse o chefe de operações do time de beisebol, Lonn Trost. Contudo, diante do crescimento do futebol nos Estados Unidos, os proprietários do NYCFC não querem perder tempo à espera de uma solução para a construção de um estádio específico para o futebol em uma cidade tão povoada e com tantos entraves imobiliários. A principal liga de futebol dos Estados Unidos, a Major League Soccer, atingiu, em 2013, uma média de público de 18,8 mil espectadores por jogo, 5,8 mil pessoas a mais do que o Campeonato Brasileiro do mesmo ano. Aos dirigentes da equipe de beisebol não restou outra opção que não seja cuidar do gramado adotando novas tecnologias. “Nós acreditamos que possamos fazer a grama crescer durante a noite”, contou Trost.

yankeenycfcO Yankees vai adotar experimentalmente um sistema utilizado na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, e que vem sendo usado nos Estados Unidos pelo time de futebol americano Green Bay Packers, da NFL. Trata-se de um sistema de iluminação que produz artificialmente raios luminosos que as plantas necessitam para crescer.

O local da área do arremessador – principal jogador de um time de beisebol – terá que ser modificado para acomodar o campo de futebol. E, mesmo assim, será utilizado um sistema capaz de cobrir e descobrir o círculo de terra sem falhas no gramado em apenas um dia. A transformação completa do campo, do beisebol para o futebol e vice-versa, levará três dias. Será necessária a cooperação entre as ligas profissionais do dois esportes, a MLS e a MLB, para acomodar os dois calendários dentro dessas condições.

O campo de futebol terá as dimensões mínimas determinadas pela FIFA, 100 X 64 metros. Porém, o treinador do NYCFC, o americano Jason Kreis, afirmou não se importar com isso. “Para mim, essas são dimensões confortáveis”, disse Kreis. “Se você tiver menos do que isso, haverá algumas preocupações. Mas quando soube que seriam 70 metros, fiquei muito feliz.” A capacidade do estádio também será reduzida para os jogos da MLS, de 49,6 mil para 33,4 mil espectadores.

O New York City FC vai estrear na MLS no mesmo ano em que o time do empresário brasileiro Flávio Augusto da Silva, o Orlando City SC. O NYCFC é uma franquia adquirida em sociedade entre um fundo de investimentos dos Emirados Árabes Unidos – atual proprietário do Manchester City, da Inglaterra – e o NY Yankees. O Yankees não é apenas o time de beisebol de maior sucesso no mundo, mas também a franquia esportiva mais valiosa dos EUA. Sim, ainda vale mais dinheiro do que qualquer equipe de futebol americano, $ 2,5 bilhões de dólares (R$ 5,6 bilhões), segundo a Revista Forbes. Só o Manchester United e o Real Madrid valem mais dinheiro, publicou a Forbes.

O beisebol faz parte do cotidiano de dezenas de milhões de famílias americanas. Ainda é muito mais popular nos estádios ou pela televisão. Mas, na temporada 2015, o futebol vai dar o primeiro “Home Run”.


Werdum diz que jiu-jitsu pode vencer Velasquez pelo cinturão do UFC
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Marcos Peres

A vitória de Fabrício Werdum sobre o americano Travis Browne, nesse sábado, em Orlando, Estados Unidos, garantiu ao brasileiro a posição de desafiante ao título mundial dos pesos-pesados do UFC, que pertence ao americano Cain Velasquez. ''Eu acho que o jogo do Cain (Velasquez) casa comigo. Ele gosta de levar pro chão e bater. Vou treinar muito jiu-jitsu pra fazer a luta da minha vida'', contou Werdum, bicampeão mundial de jiu-jitsu.

Depois de vencer Browne por decisão unânime dos juízes, em frente ao segundo maior público da história da Amway Center, 17 mil pessoas, Werdum vai enfrentar Velasquez no México, no fim de 2014. O atual dono do cinturão dos pesados tem ascendência mexicana.

“Apesar de estar sem lutar há muito tempo, nunca parei de treinar desde que enfrentei Minotauro no Brasil, porque sabia que esse seria o passaporte para um grande sonho meu, que é a luta pelo título,” disse Werdum. O gaúcho manteve controle total do combate e provou que, aos 36 anos, é capaz de fazer cinco assaltos em alto nível. As lutas por cinturão são programadas para os mesmos 25 minutos.

“Fabrício fez uma luta segura para ele. Acho que poderia ter finalizado o Travis hoje”, disse o presidente do Ultimate Fighting Championship, Dana White. “Ele machucou Travis no primeiro round. Browne quebrou a mão e achou que quebrou uma costela ainda no primeiro round. Penso que nem vimos todas as armas de Fabrício nessa noite”, explicou White.

''Eu ainda tinha gás nos rounds finais, mas ví que tinha feito o suficiente para ganhar a luta. Agora, vou com tudo em busca do cinturão'', justificou Werdum em espanhol. O brasileiro fala também o inglês fluentemente.

Fabício “Vai Cavalo” Werdum levou o americano para o chão – sua zona de conforto – no segundo round e passou a guarda de Browne, sem conseguir, porém, a finalização.

Contudo, o brasileiro jamais fugiu da trocação de socos, especialidade do americano. E, para surpresa de muitos, levou vantagem, encaixando 121 socos, bons jabs e cruzados, além de chutes, joelhadas e cotoveladas, deixando o rosto do americano bastante castigado.

“Hoje, provei que não sou apenas um lutador de jiu-jitsu. Já havia feito isso quando venci Roy Nelson e hoje, provei mais uma vez”, comemorou Werdum.

Nos dois últimos rounds, o brasileiro manteve Browne sob controle, fazendo o relógio correr a seu favor, usando um jogo psicológico e suportando bem os cinco rounds. Werdum está invicto há quatro lutas, desde que retornou ao UFC, em 2012.

Werdum, o único homem do mundo a finalizar os lendários Fedor Emelianenko, da Rússia, e Rodrigo Minotauro, do Brasil, fará contra Cain Velasquez a luta mais importante da carreira, que já dura 12 anos.

Cain Velasquez é o homem que recuperou o cinturão dos pesados que havia perdido para o brasileiro Júnior Cigano. O americano machucou bastante o brasileiro nas últimas duas lutas entre eles.

''Velasquez é um jogo completamente diferente, nunca pára, se movimenta muito, mas estarei preparado para isso'', declarou Werdum.