Olimpíadas para atletas biônicos vão estrear em 2016
Marcos Peres
Daqui a menos de três meses, um brasileiro paraplégico vai levantar-se da cadeira de rodas, caminhar por cerca de vinte e cinco metros no campo da Arena Corinthians e dar o pontapé inicial da Copa do Mundo de 2014. Tudo isso será possível graças a um exoesqueleto, um robô controlado por atividade cerebral, desenvolvido no Brasil.
Essa semana, laboratórios suíços de robótica anunciaram a primeira edição das “Olimpíadas para atletas biônicos”, batizada de Cybathlon. A primeira competição internacional da história para atletas que usam próteses robóticas e outras tecnologias aplicadas para a reabilitação humana, será realizada na Suíça em outubro de 2016, logo depois das Olimpíadas do Rio de Janeiro.
Veja o trailer:
Não só o atleta será premiado, mas também o laboratório robótico ou a empresa de software que desenvolveu a tecnologia vencedora. O objetivo principal é promover o desenvolvimento e as pesquisas de novos dispositivos médicos.
A competição terá diversos eventos: Corrida de exoesqueletos;
Corrida de pernas biônicas;
Competição de braços biônicos;
Corrida por estimulação elétrica muscular;
Corrida de cadeiras de rodas eletrônicas;
Haverá ainda uma competição entre avatares controlados através de interface cerebral com o computador.
“As regras da competição permitem que novas tecnologias dêem a um piloto vantagem sobre outro que estiver utilizando uma tecnologia comparável, porém menos avançada ou convencional”, explicaram os organizadores. “Haverá o mínimo de restrições tecnológicas possível, para encorajar os fabricantes a desenvolverem soluções novas e poderosas,” declarou a National Centre of Competence in Research Robotics.
Qual poderá ser o impacto dessas novas tecnologias no futuro do esporte? Difícil, porém intrigante imaginar.