Comitê Olímpico dos Estados Unidos inclui orientação sexual à política de não-discriminação.
Marcos Peres
O conselho do Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC) incluiu a orientação sexual na sua política de não-discriminação. Na última quinta-feira, o texto que rege o USOC passou a conter a determinação de que, assim como a raça ou a cor, também não se pode discriminar um atleta pela sua orientação sexual. Uma prova da desaprovação à lei antigay adotada pela Rússia, país-sede da próxima edição dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014.
O presidente do USOC, Scott Blackmun, afirmou que a entidade não está tentando influenciar a política russa. ''O fato de pensarmos que não é nosso papel defender uma mudança na lei russa não significa que apoiamos a lei. Não apoiamos”, disse Blackmun, segundo a agência de notícias Associated Press.
O conselho do Comitê Olímpico americano aprovou a medida uma semana após o novo presidente do Comitê Olímpico Internacional, Larry Probst, ter afirmado que iria apoiar uma mudança semelhante na Carta Olímpica do COI, conjunto de regras para a Organização dos Jogos Olímpicos. Atualmente, a Carta não menciona a orientação sexual como uma forma de discriminação .
A lei antigay foi aprovada em junho na Rússia e proíbe a apologia da homossexualidade. Alguns grupos propuseram um boicote às Olimpíadas de Sochi. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por sua vez, manifestou preocupação com as restrições.
A menos de 4 meses dos Jogos de Sochi, Scott Blackmun disse que o USOC está buscando clareza do Comitê Olímpico Internacional sobre o que vai e não vai ser considerado como violação das regras do COI contra o uso do palco olímpico para protestos políticos e manifestações.
''Eu acho que todo mundo tem preocupações com a incerteza sobre onde a linha será desenhada '', disse Blackmun . ''Como podemos proteger os atletas ? Nós acreditamos fortemente que os atletas precisam estar livres para serem eles mesmos .''