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Técnico do México não sabe quem levar para a Copa
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Marcos Peres

Os mexicanos lotaram o estádio Georgia Dome, em Atlanta, Estados Unidos. 68.212 torcedores quebraram o recorde de público de uma partida de futebol disputada no estado da Geórgia. Prova de amor pela seleção tricolor, como eles próprios gostam de chama-la. Porém, pelo time que vai disputar a Copa de 2014, eles ainda não se apaixonaram. Aliás, nem tricolor era o uniforme, pintado de um vermelho vivo, quando as esperanças dos mexicanos para a Copa parecem nascer mortas.

A menos de 100 dias para o início da Copa, o México é desentrosado, tem defesa descoordenada, falta de solidez no meio-campo e de contundência no ataque. E, como resultado, ainda não tem time titular. O técnico Miguel Herrera, conhecido no México pelo apelido de Piojo, ou “Piolho” em português, continua utilizando os amistosos para fazer diversos testes. Nem o goleiro titular está definido. Se bem que, não fosse o goleiro Guillermo Ochoa, o México poderia ter perdido o amistoso contra a Nigéria, que terminou empatado sem gols.

“Falta muito para decidir quem serão os 23 (jogadores que vão ao Brasil)”, disse o treinador do México após a partida. Vi uma equipe muito boa, com muita entrega. Os jogadores do México foram muito bem. Estou seguro de que se a equipe jogar dessa forma, com muito mais trabalho, vamos passar”, afirmou o treinador, que já não contará com os jogadores que atuam na Europa para o próximo amistoso.

Miguel Herrera tinha esperanças de contar com o atacante Carlos Vela na Copa. Melhor jogador mexicano em atividade na Europa, Vela, atualmente no Real Sociedad, da Espanha, já declarou, no entanto, não ter intenções de defender o México na próxima Copa do Mundo. Assim, “Piolho” parece estar com a pulga atrás da orelha para escolher o companheiro de Oribe Peralta, o único que parece garantido no ataque. O atacante Javier Hernandez, o “Chicharito”, do Manchester United, não poderia ser mais inconstante na seleção. A continuar assim, pode perder a posição para o jovem Alan Pulido, de 22 anos, atacante do Tigres, do México.

A seleção da Nigéria não pode ser comparada hoje à da África do Sul. Razão pela qual os sul-africanos não classificaram-se para a Copa. Já os nigerianos são os atuais campeões africanos e preparam-se para mais uma Copa do Mundo, a quinta nas últimas seis edições. A seleção brasileira goleou por 5 a 0 um adversário quase inofensivo. Já o México parou os nigerianos – superiores fisicamente – na base da pancada.

A seleção mexicana sofreu para manter a posse de bola. Razão pela qual Miguel Herrera tirou o meia Diego Reyes, do Porto de Portugal para testar “Maza” Rodriguez e outros três jogadores no meio-de-campo na segunda etapa. “Me falta trabalhar com o time”, justificou o treinador, que assumiu a equipe a poucos dias do fim das Eliminatórias para a Copa e conseguiu a classificação de forma surpreendente.

O México vai disputar mais cinco amistosos antes da estreia no Mundial, no dia 13 de junho, contra Camarões, em Natal. Os adversários serão Estados Unidos, Turquia, Equador, Bósnia e Herzegovina e Portugal.


Ucrânia usa amistoso contra EUA como ato político
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Soldados russos ocupam região autônoma do Crimea - foto: Alexander Nemenov/AFP

Soldados russos ocupam região autônoma do Crimea – foto: Alexander Nemenov/AFP

A Federação de Futebol da Ucrânia finalmente confirmou nessa terça-feira o amistoso contra a seleção dos Estados Unidos, a ser realizado já nessa quarta-feira, no Chipre. Depois de anunciar que os jogadores não viajariam para o Chipre, diante dos conflitos e da escalada da tensão na Ucrânia, o presidente da federação ucraniana, Anatoliy Konkov, disse ter mudado de opinião por respeito ao posicionamento político dos Estados Unidos, contrário à intervenção militar da Rússia na Ucrânia.

“Nós concordamos que devemos jogar o amistoso marcado contra a seleção dos Estados Unidos, já que eles representam o país que se levantou para defender nossos interesses nacionais e a integridade territorial da Ucrânia”, contou Konkov ao jornal Cyprus Mail.

Antonis Papadopoulos, no Chipre, onde o amistoso será realizado - foto: Wikipedia.com

Antonis Papadopoulos, no Chipre, onde o amistoso será realizado – foto: Wikipedia.com

Anayoily Konkov havia declarado nessa segunda-feira que a seleção ucraniana não embarcaria para o Chipre. O amistoso foi originalmente marcado para a cidade de Kharkiv, na Ucrânia, mas mudou de lugar por causa da situação política instável no país. Porém, agora, o presidente da federação ucraniana diz que o jogo será realizado sob o slogan “Paz na Ucrânia”.

“Essa é uma decisão muito importante para alimentar o espírito patriótico do povo ucraniano. Vai unir o país e mostrar ao mundo o quão alto nossa bandeira tremula e quão orgulhoso soa o hino do Estado independente”, continuou Konkov.

A liga de futebol da Ucrânia adiou o reinício do campeonato nacional depois da intervenção militar da Rússia. O presidente russo, Vladimir Putin, recebeu permissão do Parlamento no sábado para o uso de força militar na Ucrânia. O motivo alegado seria proteger cidadãos de etnia russa depois da deposição do presidente ucraniano, que mantinha fortes ligações com a Rússia.

As forças armadas da Rússia tomaram controle da região do Crimea, península isolada do Mar Negro de maioria étnica russa, onde fica uma base naval da Rússia.

Os Estados Unidos estão preparando sanções a serem impostas à Rússia pela intervenção militar no Crimea. Porém, nenhuma decisão foi anunciada, segundo o Departamento de Estado Americano.

A Ucrânia não conquistou classificação para a Copa do Mundo de 2014. Porém, esse amistoso é considerado fundamental pelo técnico da seleção americana, o alemão Jürgen Klinsmann, já que trata-se de uma “data FIFA”, rara oportunidade de contar com os jogadores que atuam na Europa a menos de 100 dias do início da Copa no Brasil.


Time de brasileiro vai jogar na Disney em 2014
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Marcos Peres

Depois de um dia inteiro de intensa caminhada e de passar horas de pé enfrentando imensas filas nos parques temáticos da cidade de Orlando, que tal relaxar e assistir confortavelmente a um jogo de futebol sem sair da Disney? Essa é a proposta do Orlando City Soccer para a temporada 2014. O time do proprietário brasileiro Flávio Augusto da Silva, cujas 14 partidas com mando de campo serão todas disputadas no complexo esportivo da Disney, que se chama ESPN Wide World of Sports.

Orlando City faz pré-temporada na Disney - foto: Mark Thor/Orlando City

Orlando City faz pré-temporada na Disney – foto: Mark Thor/Orlando City

Todos os jogos do Orlando City na Disney estão marcados para as 7h30 da noite. O complexo esportivo fica a 10 minutos de carro dos principais parques do Walt Disney World. O ESPN Wide World of Sports Complex é sede de mais de 350 eventos esportivos por ano. Assim como os parques temáticos de lazer da rede, o complexo é líder no seu ramo poliesportivo nos Estados Unidos, combinando esportes amadores e profissionais. Recebe em média 70 esportes diferentes todos os anos e atletas de mais de 70 países. O Wide World tem estádios de beisebol, futebol americano, ginásios, pista de atletismo, um complexo de futebol, outro de tênis, para citar algumas das instalações.

Zico ministra clínicas anuais de futebol no ESPN World Wide of Sports - foto: Gene Duncan/Disney Sports

Zico ministra clínicas anuais de futebol no ESPN World Wide of Sports – foto: Gene Duncan/Disney Sports

O valor dos ingressos avulsos para os jogos do Orlando City na Disney ainda não foi revelado, mas na última temporada, as entradas para as partidas, então disputados no Estádio Citrus Bowl, foram vendidos por $15 dólares, o equivalente a R$ 35. E ao que tudo indica, serão muito disputados em 2014.

“Estamos a um mês do início da temporada e, até agora, já vendemos 60% de todos os ingressos do ano para os nossos jogos em casa através do Season Ticket (ingressos para a temporada toda)”, revelou o dono do time. O brasileiro Flávio Augusto da Silva, que fez fortuna ao de vender a rede de escolas de inglês Wise up, criada por ele no Brasil, para o grupo Abril Educação, contou que o sucesso já nas primeiras semanas de vendas de entradas o levou limitar o número de ingressos disponível para os espectadores assíduos do programa Season Ticket.

Um dos ginásios do complexo - foto: Disney Sports

Um dos ginásios do complexo – foto: Disney Sports

“Decidimos em nossa última reunião de conselho que vamos disponibilizar apenas mais 20% dos ingressos como Season Tickets, deixando os 20% restantes para venda avulsa, justamente para atrair novos fãs e dar a oportunidade para que os turistas conheçam o clube”.

2014 marca a despedida do Orlando City da liga profissional USL Pro. Em 2015, o time vai ingressar na principal liga da América do Norte, a Major League Soccer. Nesse ano de grandes investimentos, porém, a capacidade de espectadores nos jogos do Orlando City será drasticamente reduzida. O acordo com a Disney contempla a ampliação das arquibancadas disponíveis atualmente no ESPN Wide World of Sports. Porém, o número de torcedores não será maior do que 5 mil. O Orlando City alcançou nas últimas duas temporadas uma média de público superior a 8 mil torcedores por jogo em Orlando, número considerado excepcional para as pequenas ligas dos Estados Unidos. Porém, o estádio municipal Citrus Bowl, onde o time jogou as últimas três temporadas, está fechado para reformas.

Atlanta Braves treina no estádio de beisebol do complexo - foto: Disney Sports

Atlanta Braves treina no estádio de beisebol do complexo – foto: Disney Sports

Contudo, Flávio Augusto da Silva contou que a parceria com a Disney, proprietária da rede de televisão ESPN, líder mundial no segmento esportivo, vai render outros frutos num futuro próximo. “A Disney tem se demonstrado um parceiro estratégico e demonstra o desejo de se aprofundar no relacionamento com o clube a longo prazo. Estamos em meio a um estudo a quatro mãos e em breve daremos notícias a respeito”, disse o empresário.

A construção do estádio do Orlando City, na região central da cidade de Orlando, deve começar dentro de quatro meses, em julho desse ano. A arena, que terá capacidade para cerca de 20 mil torcedores, será inaugurada no meio de 2015.


Um Higuaín no caminho de Júlio César antes da Copa
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Marcos Peres

No quintal de casa, em Buenos Aires, Argentina, dois dos quatro irmãos da família Higuaín eram especialmente competitivos nas peladas de futebol disputadas todos os dias depois da escola. Eles viriam a seguir os passos do pai, o zagueiro argentino Jorge Higuaín, famoso na década de 80.

Ambos começaram a jogar profissionalmente no River Plate. Gonzalo Higuaín se tornaria um dos maiores atacantes do planeta nos anos 2000. Depois de sete anos de sucesso no poderoso Real Madrid, da Espanha, transferiu-se para o Napoli, da Itália por R$135 milhões, em 2013. E deve ser uma das principais armas da seleção da Argentina na Copa de 2014. Enquanto isso, o irmão mais velho, Federico Higuaín, teve que passar pela segunda divisão argentina antes de alavancar a carreira. Nunca havia se firmado em clube algum antes de ser contratado pelo Columbus Crew, da liga norte-americana de futebol, em 2012, por cerca de R$1,5 milhão, junto ao modesto Colón de Santa Fé, da Argentina.

Federico Higuaín, meia do Columbus Crew, dos EUA - foto: Getty Images / thecrew.com

Federico Higuaín, meia do Columbus Crew, dos EUA – foto: Getty Images / thecrew.com

Aos 29 anos, Federico Higuaín é capitão e principal jogador do Columbus Crew, time do estado de Ohio, nos Estados Unidos. “Argentina e Brasil são semelhantes. Contam com muitos jogadores de grande nível. É difícil às vezes ter a possibilidade de jogar pela seleção. De todas as formas, trato de fazer bem o meu trabalho dentro do clube e nada mais. Só penso nisso, contou Federico, que atua como meia-atacante. Em parte, por causa da estatura. Ele mede 1,72m, é 12 centímetros mais baixo do o irmão Gonzalo, de 26 anos, que se tornou um atacante de bom porte, que mede 1,84m.

Autor de 11 gols e nove assistências para gols em 29 jogos da temporada 2013, Federico é um dos jogadores mais bem pagos do Columbus Crew, Federico ganhou $ 606 mil dólares na temporada 2013, cerca de R$ 1,4 milhão. Enquanto isso, estima-se em R$ 15 milhões os vencimentos de Gonzalo no Napoli na atual temporada. Aliás, recentemente, o clube italiano rejeitou recentemente uma proposta do Chelsea, da Inglaterra, pelo atacante, que pode ter chegado aos 50 milhões de libras, o que corresponderia a R$ 194 milhões!

Gonzalo Higuaíns, atacante do Napoli e da seleção argentina - foto: Clive Brunskill/Getty Images

Gonzalo Higuaíns, atacante do Napoli e da seleção argentina – foto: Clive Brunskill/Getty Images

“Gonzalo está entre os melhores do mundo, sem dúvida”, afirmou Federico Higauín. “É um atacante muito completo, que luta por sua equipe, é muito inteligente para se desmarcar, buscar uma posição dentro da área e poder marcar gols. É um grande definidor, um finalizador muito bom. Também pode voltar e buscar jogo porque tem muitas qualidades para dominar a bola. Sempre digo a ele, o conheço desde pequeno e ele está entre os cinco melhores atacantes do mundo.” As médias de gols de Gonzalo Higuaín comprovam: 107 gols em 190 jogos pelo Real Madrid, média de 0,56 por partida. E 21 gols em 31 partidas pela seleção da Argentina, 0,67 por jogo.

Porém, Federico pode se considerar um “irmão menos famoso” de muito sucesso. Recentemente, John Rooney, irmão mais novo de Wayne Rooney, e o zagueiro Digão, irmão mais jovem de Kaka, passaram despercebidos pela liga americana, jogando pelo New York Red Bulls.

Federico revelou que vive muito feliz nos Estados Unidos. E resumiu o que o goleiro da seleção brasileira, Júlio César, vai encontrar na América do Norte, jogando pelo Toronto FC, do Canadá. Os dois devem se enfrentar antes da Copa, no dia 15 de abril. “Principalmente, uma liga muito bem organizada, na qual o jogador tem somente que pensar em jogar”, disse Federico. “Uma liga que te dá todo tipo de segurança, inclusive nos dias de jogo. Toda a estrutura para se treinar durante a semana, bons campos de treinamento, indumentária esportiva, equipamentos de treino, tudo. Boa hotelaria nas viagens, ótimos estádios. A verdade é que é uma liga bem pensada, que cresceu muito e que vai seguir crescendo. Assim, suponho que Júlio vá gostar muito, como aconteceu comigo, como aconteceu com outros jogadores de menor trajetória do que ele, mas que chegamos até aqui. E a verdade é que nos tratam muito bem.”

Os irmãos Higuaín não vão se encontrar antes da Copa do Mundo. Porém, Federico aguarda a convocação oficial da Argentina para programar uma viagem ao Brasil. “Gostaria, porque penso que vá ser lindo para nós. Mundial no Brasil, na vizinhança, pela possibilidade de encontrar muita gente do meu país e em cidades nas quais se vive o futebol como no meu país. Com certeza vai ser uma Copa muito linda!”


Veteranos: a Copa não seria a mesma sem eles
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Marcos Peres

Dez ou quinze anos de carreira podem pesar bastante sobre os joelhos e tornozelos de jogadores de futebol. Ainda assim, alguns deles ainda somam o peso de carregar nas costas suas respectivas seleções nacionais. Podem chama-los de ídolos ou de veteranos. Eles sobreviveram às exigências físicas do futebol moderno e vão jogar a Copa do Mundo de 2014.

Aos 34 anos, Tim Cahill será a estrela da Austrália na terceira Copa consecutiva. Isso quer dizer que, pelo menos nos últimos nove anos, nenhum jogador melhor do que ele surgiu naquele país de 23 milhões de habitantes. “Para mim, nada muda em ano de Copa”, disse Cahill ao Blog em Orlando, nos Estados Unidos, onde o time dele, o New York Red Bulls, faz pré-temporada. “Você quer jogar o máximo que puder, quer treinar e dar tudo o que tem nos jogos. Você precisa atuar bem pelo clube e jogar quantos minutos puder para depois representar bem o seu país. Eu já joguei duas Copas, essa vai ser a terceira. Aprendi que é preciso jogar o máximo que puder e aproveitar.”


Tim Cahill marcou o primeiro gol da história da seleção australiana em Copas do Mundo. Aliás, os dois primeiros, na vitória da Austrália por 3 a 1 sobre o Japão, na Copa da Alemanha, em 2006. Ele voltou a marcar na Copa da África do Sul, em 2010, quando a Austrália bateu a Sérvia por 2 a 1. Essas foram as únicas duas vitórias do time australiano em Copas do Mundo.

Apesar de jogar como meia, Cahill divide com o ex-atacante Damian Mori o posto de maior artilheiro da história da seleção australiana, com 29 gols. Porém, esse ano será difícil igualar a melhor colocação da Austrália nas Copas, a segunda fase, alcançada em 2006. A sorte – ou a falta dela – colocou os australianos no grupo B da Copa de 2014, ao lado de Espanha e Holanda, as finalistas da Copa da África do Sul, em 2010. Difícil acreditar que elas não serão as duas seleções do grupo a avançar para a segunda fase. “É o que é, um dos grupos mais difíceis da Copa”, afirmou Cahill. Para mim, é ótimo! Jogar contra os melhores, os finalistas da última Copa, contra jogadores excepcionais. Para mim, o mais importante é aproveitar e tentar fazer algo especial para o meu país.”

É o que tentará fazer David Pizarro, de 34 anos, meia do Chile, outro que caiu no grupo B. Pizarro atualmente joga pela Fiorentina, da Itália.

Apesar de não estar apresentando o mesmo futebol que o coroou o melhor jogador da Copa de 2010, aos 34 anos, o atacante Diego Forlán deve jogar a terceira Copa do Mundo pelo Uruguai. Pelo grupo D, ele deve enfrentar o meia inglês Frank Lampard, do Chelsea, que vai completar 36 anos dias antes da estreia na terceira Copa da carreira.

A lista dos veteranos que vão explorar os “atalhos” dos gramados dos novos estádios “padrão FIFA” no Brasil inclui jogadores como o grego Georgios Karagounis, de 36 anos, jogador do Fulham da Inglaterra, o atacante Didier Drogba, de 35 anos, da Costa do Marfim e do Galatasaray e outros não tão veteranos, mas velhos conhecidos, como o atacante camaronês de 31 anos, Samuel Eto'o, do Chelsea, e o russo Andrei Arshavin, de 32 anos, que trocou o Arsenal pelo Zenit São Petesburgo.

Segundo o australiano Tim Cahill, esses jogadores, que tanto contribuíram com o crescimento do futebol em seus respectivos países receberão um grande presente em troca esse ano no Brasil: “Isso será o êxtase do futebol mundial! Samba e futebol, vai ser demais! Vai ser ótimo para os fãs e também para o Brasil mostrar seu potencial para o mundo. Mal posso esperar!”


Júlio César justifica Toronto: “Não dava pra escolher muito”
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Júlio César, goleiro brasileiro

Júlio César, goleiro brasileiro

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Júlio César está passando duas semanas na Disney, em Orlando. Não como turista. Ele é atração, assim como o atacante francês Thierry Henry. Porém, os dois ícones do futebol moderno estão encarando a pré-temporada da liga norte-americana de formas opostas. Henry, de 36 anos, campeão da Copa do Mundo da França, em 1998, curte a fama relaxado. Quer apenas entrar em forma para cumprir o último ano de um contrato milionário na América do Norte, pelo New York Red Bulls. Já o goleiro da seleção brasileira deixou bem claro que não está alí para se divertir. Não foi um grande contrato que atraiu Júlio César, de 34 anos, para o Toronto F.C. Pelo contrário. “Eu abri mão de situações minhas pra chegar a um acordo com meu antigo clube (o Queens Park Rangers, da Inglaterra). Tudo isso por um sonho. Chegou a hora de eu retribuir o que o Felipão e o Parreira vêm fazendo por mim”, explicou Júlio César.

Ao garantir a convocação de Júlio César para a Copa com nove meses de antecedência, Felipão pretendia dar fim aos questionamentos sobre o goleiro reserva do Queens Park Rangers ser o titular da seleção. Porém, Júlio César nunca se sentiu à vontade. E cogitou até mesmo deixar de lado a segurança e o conforto que a família tinha na Inglaterra para retornar ao futebol brasileiro. Apenas para ter a oportunidade de jogar e se apresentar bem preparado à seleção. “Chegou um momento em que não dava pra escolher muito”, revelou o goleiro. “O que viesse seria muito bem vindo. Conversei com alguns clubes no Brasil, mas não chegamos a nenhum acordo. Conversei também com alguns clubes na Europa. E acabou que apareceu o Toronto como uma novidade pra mim e eu acabei aceitando. O clube está crescendo e a MLS também.”

O Toronto F.C. e a Major League Soccer não divulgam detalhes de contratos de jogadores. Mas Júlio César revelou ao Blog que deve retornar a Toronto depois da Copa. “A princípio, assinei contrato de empréstimo até o final de dezembro. Eu tenho um contrato em vigor com o Queens Park Rangers também. Então, é uma coisa a ser discutida somente após a Copa.”

O Queens Park Rangers, hoje na segunda divisão inglesa, continua pagando parte dos salários do goleiro brasileiro. A MLS tem uma séria política de teto salarial, que permite apenas três exceções por clube. Antes de Júlio César, o Toronto F.C. já havia contratado o atacante da seleção inglesa Jermain Defoe, o volante da seleção americana Michael Bradley e o brasileiro Gilberto, ex-atacante da Portuguesa e do Inter, para ocupar essas três vagas.

Durante os próximos quatro meses, que antecedem a Copa, tão importante quanto jogar será evitar e até mesmo tratar possíveis lesões corretamente. Júlio se diz seguro em Toronto. “A estrutura é maravilhosa, o centro de treinamentos é maravilhoso. O treinador de goleiros é muito bom, estou tendo a oportunidade de trabalhar com a bola que vai ser a bola da Copa. Uma série de coisas positivas, das quais eu tenho que tirar proveito da melhor maneira possível.”

Depois de ter sido eleito o melhor goleiro da Copa das Confederações de 2013, ajudando a seleção na conquista do título, Júlio César passou oito meses sem jogar regularmente. Tempo suficiente para fomentar em muitos brasileiros o receio de que talvez ele não se apresentasse bem preparado para a Copa. Contudo, há poucos dias, o ex-goleiro Marcos, campeão da Copa de 2002, defendeu Júlio César como titular da seleção, principalmente para enfrentar a pressão de se disputar uma Copa no Brasil. “O Marcos, além de ter feito uma carreira brilhante como goleiro e de ter sido o ultimo goleiro campeão mundial, vindo da parte dele, pra mim é motivo de muito orgulho. Me sinto lisonjeado”, disse Júlio César. “Tive oportunidade de estar com o Marcão agora na Copa das Confederações e conversamos bastante. Inclusive conversamos muito sobre essa situação de pressão de jogar no país. É um cara que vem sempre me apoiando e agradeço muito.”

Um dos líderes do time comandado por Luiz Felipe Scolari, Júlio César comemorou a recuperação de uma lesão do atacante Fred, do Fluminense, considerado por Felipão outro homem de confiança de Felipão, a tempo de participar do amistoso do próximo dia 5 de março, contra a África do Sul, em Joanesburgo. “No período de Copa das Confederações, Felipão escolheu os jogadores de confiança”, afirmou Júlio. “Devem estar faltando cinco ou seis jogadores para fechar a lista. Acredito que o grupo esteja praticamente fechado na cabeça dele. Todo treinador trabalha com um leque de jogadores de confiança.” Ele, Júlio César, é a maior prova disso.


Violência na Ucrânia ameaça amistoso contra EUA
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A escalada da violência na Ucrânia, onde mais de 60 manifestantes teriam sido mortos só nessa quinta-feira (20), deve impedir a disputa de um amistoso no país, entre a seleção ucraniana de futebol e os Estados Unidos. O jogo está marcado para o dia 5 de março, na cidade de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia.

Manifestantes ocupam a praça da Independência em Kiev, na Ucrânia - foto: Maks Levin/Reuters

Manifestantes ocupam a praça da Independência em Kiev, na Ucrânia – foto: Maks Levin/Reuters

Organizadores do evento estão trabalhando em conjunto com as federações ucraniana e americana em busca de um novo país para a realização da partida. “Sempre foi uma possibilidade”, disse ao Blog o diretor de comunicações da Federação de Futebol dos Estados Unidos, Neil Buethe. “Continuamos analisando nossas opções”, completou o executivo.

O amistoso é tido como fundamental pelo técnico da seleção americana Jurgen Klinsmann, por se tratar de uma data FIFA, uma das raras oportunidades de contar com todos os jogadores que atuam na Europa. A delegação dos Estados Unidos tem dois dias de treinamentos agendados em Frankfurt, na Alemanha.

Os EUA estão no grupo G da Copa do Mundo, ao lado da Alemanha, Portugal e de Gana. A Ucrânia não se classificou para a Copa.

Ao menos 21 manifestantes ucranianos morreram durante enfrentamentos com a polícia nessa quinta-feira (20), na capital Kiev. As autoridades ucranianas dizem que os rebeldes tomaram 67 policiais como reféns. Imagens de policiais mascarados atirando contra os manifestantes circularam pela internet. Veja

O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Sergei Arbúzov, ordenou no último fim de semana o esvaziamento das ruas e prédios administrativos de Kiev. Porém, os rebeldes alegam que não desistirão enquanto não houver uma reforma na lei de anistia. Eles querem a libertação de todos os presos políticos e a retirada das acusações criminais contra eles.

Os problemas políticos ucranianos se agravaram há três meses, quando o governo ucraniano se recusou a assinar um acordo com a União Européia, preferindo uma oferta financeira da Rússia.

Há dez dias, a Rússia acusou os Estados Unidos de intromissão nos assuntos internos da Ucrânia e ameaçou suspender parte da oferta financeira caso a situação no país não seja pacificada.


LeBron James agradece ao pai por não estar por perto
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Melhor jogador de basquete da atualidade, o americano LeBron James publicou na madrugada dessa quinta-feira uma mensagem, na rede social Instagram, agradecendo ao pai por não estar por perto.

Mensagem de Lebron James para o pai - reprodução Instagram

Mensagem de Lebron James para o pai – reprodução Instagram

“Uau, pai, quer saber, eu não te conheço, não tenho idéia de quem você seja, mas você é parte da razão do que sou hoje'', escreveu James. ''O combustível que uso – você não estar por perto – é parte do motivo pelo qual cresci para ser quem eu sou. É parte dos motivos pelos quais eu me comprometo com meus desafios… Estar numa posição que possibilite que as pessoas em volta de mim cresçam, o que talvez não acontecesse se eu tivesse tido pai e mãe, duas irmãs, um cachorro e uma cerca de madeira, entende?”

A mãe, Gloria Marie James, tinha apenas 16 anos quando engravidou de James. O pai, Anthony McClelland, nunca participou da criação do filho.

James deu à carta o título de “Por causa de você, papaizinho”. E explicou: “Obrigado por tudo! Eu poderia perguntar o porquê de não ter você ao meu lado, mas veja o que fiz de mim mesmo.”

Campeão olímpico, bicampeão da NBA, LeBron James foi eleito quarto vezes o melhor jogador da liga profissional de basquete dos Estados Unidos. Ele casou-se em setembro com Savannah Brinson, com quem tem dois filhos. James publica frequentemente fotos com os meninos na internet.


Parceiros desde os dez anos de idade ganham ouro
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Charlie White e Meryl Davis patinam juntos há 17 anos. Foram apresentados aos dez anos de idade, por um treinador visionário de uma escolinha de patinação de Michigan, nos Estados Unidos. Viveram o mesmo sonho de infância, que resistiu à adolescência, amadureceu na fase adulta e se realizou na última segunda-feira: A conquista da primeira medalha olímpica de ouro da história dos EUA na dança no gelo da patinação artística.

Charlie White e Meryl Davis conquistam primeiro ouro da história da dança no gelo dos EUA

Charlie White e Meryl Davis conquistam primeiro ouro da história da dança no gelo dos EUA

Hoje, Meryl Davis tem 27 anos, Charlie White, 26. Eles não apenas trabalham juntos, como também ganharam bolsas de estudos da mesma universidade, a Universidade de Michigan. Ela estuda antropologia cultural. Ele, política social. Porém, a parceria se solidificou na infância graças aos pais, de ambos, que tornaram-se grandes amigos. “Charlie e eu crescemos a 10 minutos um do outro. Nossos pais são melhores amigos. Nós crescemos juntos e nos conhecemos muito bem”, contou Meryl ainda em 2009, primeira temporada de sucesso internacional do casal.

Embora o relacionamento entre eles tenha durado mais do que muitos casamentos nos dias de hoje, Charlie e Meryl não são namorados. Ele atualmente mantém um relacionamento amoroso com a patinadora americana aposentada Tanith Belbin. Só mesmo uma patinadora de profissão para compreender que White sempre passará muito mais tempo com a parceira de treino do que com a própria namorada, enquanto patinar competitivamente. Não haveria outra forma de superar o histórico favoritismo dos canadenses e russos.

Foram precisos 17 anos de parceria para que White e Meryl alcançassem a excelência indiscutível. Traduzida não só em forma de medalha de ouro, mas conquistada através de três recordes mundiais: Em Sochi, eles atingiram a maior nota já concedida no programa curto, 78.89 pontos, a mais alta nota da história do programa livre, 116,63, e, portanto, uma nota total combinada como nunca se havia visto na dança no gelo: 195,52.

“Você tem que olhar no espelho e procurar entender todos os dias  que é preciso para chegar lá”, afirmou Charlie White logo após a conquista. “Há muita busca espiritual quando você está no topo do jogo, como estamos. Você amadurece muito mais rápido sob essa pressão e penso que foi isso que fizemos.”

Charlie White e Meryl Davis conquistaram também o primeiro título mundial da dança no gelo dos Estados Unidos, em 2011, igualando o feito em 2013. São os atuais pentacampeões da final do Grand Prix de patinação. Depois de conquistarem a medalha de prata nas Olimpíadas de Vancouver, há quatro anos, construíram um sólido favoritismo no atual ciclo olímpico. A forma com que lidaram com a pressão, além das lindas e inspiradoras performances no Iceberg Skating Palace, tornaram Meryl Davis e Charlie White os maiores símbolos, a principal história dos Estados Unidos nas Olimpíadas de Sochi-2014.

“Nós crescemos juntos em todos os sentidos do mundo”, disse Meryl. “E eu estou muito satisfeita de termos sido capazes de fazer isso juntos”, completou.


EUA podem convidar meia da Alemanha para a Copa
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Marcos Peres

Jóia do Bayern de Munique, o meia-atacante Julian Green, de 18 anos, aceitou participar dos treinamentos da seleção dos Estados Unidos antes do amistoso contra a Ucrânia, marcado para o dia 5 de março. Green atualmente é jogador da seleção sub-19 da Alemanha. Porém, o alemão Jurgen Klinsmann, técnico do time americano, pode estar disposto a oferecer ao garoto uma vaga na delegação dos EUA que vai disputar a Copa do Mundo no Brasil.

Filho de mãe alemã e pai americano, Julian Green tem dupla cidadania. Porém, se decidir trocar a Alemanha pelos Estados Unidos, será uma escolha definitiva segundo as regras da FIFA.

Julian Green atuando pelo Bayern de Munique - foto bundesliga.com

Julian Green atuando pelo Bayern de Munique – foto bundesliga.com

Julian Green com o assistente-técnico dos EUA Andreas Herzog - reprodução Instagram

Julian Green com o assistente técnico dos EUA, Andreas Herzog – reprodução Instagram

Klinsmann enviou a Munique o assistente técnico da seleção americana, Andreas Herzog, para convencer pessoalmente Green a participar dos treinamentos dos EUA na cidade de Frankfurt, na Alemanha. O meia não vai embarcar com o time para o amistoso em Kharkiv, na Ucrânia. Porém, não será nenhuma surpresa se ele receber de Klinsmann uma promessa de convocação para a Copa, dependendo do desempenho do garoto nos treinamentos.

Nascido na cidade de Tampa, no estado da Flórida, EUA, Julian Green rejeitou recentemente uma convocação para treinamentos com a seleção americana, seguindo conselhos do Bayern de Munique. Poucos dias depois, em novembro de 2013, o jovem meia estreou no time principal do Bayern, no segundo tempo do confronto com o CSKA Moscou, pela Liga dos Campeões da Europa.