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Pitbull “mais sensível” vence no UFC depois de dois anos afastado
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Marcos Peres

Após quatro cirurgias nos últimos dois anos, o meio-médio brasileiro Thiago “Pitbull” Alves foi o lutador mais aplaudido das preliminares do UFC Orlando a caminhar para o octógono. “Nunca senti isso. Foi diferente das outras lutas, porque agora estou mais experiente e mais sensível às minhas emoções”, contou Pitbull, de 30 anos. Ao mesmo tempo, foi bem melhor, porque aprendi a aproveitar o momento. Foi bem legal.” Ainda mais porque o brasileiro venceu o americano americano Seth Baczynski na decisão unânime dos juízes.

Apesar de ter apenas 30 anos, Thiago Pitbull tem um apelo de veterano com o público. Estreou no UFC bastante jovem, aos 21 anos de idade, em 2005. Enfrentou ícones, como o americano Matt Hughes, duas vezes campeão do UFC. Chegou à disputa do cinturão dos meio-médios, contra o canadense Georges St Pierre, em 2009, sendo derrotado na decisão dos juízes.

Thiago Pitbull passou por dois procedimentos cirúrgicos nos músculos do peitoral e ainda cirurgias no joelho esquerdo e no bíceps esquerdo. Havia lutado pela última vez em 2012.

Pitbull e Baczynski fizeram uma luta muito franca desde os primeiros segundos, com muita trocação de socos. No segundo round, uma joelhada de Pitbull abriu o supercílio do americano. Baczynski respondeu com uma sequência de jabs que machucou o nariz do brasileiro.

Pitbull mostrou grande ímpeto no início no terceiro round, encaixando uma sequência de joelhadas no minuto final. Ao final da luta, Thiago Pitbull foi abraçado pelo americano, que demonstrou muito respeito pelo brasileiro.

“Foi a minha vontade de ser campeão, me recuso a desistir”, explicou Pitbull. “Depois de tudo o que passei, mereço um pagamento bem maior. Jamais pensei em desistir, especialmente depois de tudo o que passei com a minha família. Minha vontade de ser campeão é maior do que tudo.”

“Foi preciso pé no chão para iniciar devagar e ao mesmo tempo tentar motivá-lo”, contou o preparador físico da American Top Team, o brasileiro Everton Bittar Oliveira. Esse mix de cuidar da saúde e, ao mesmo tempo, saber que ele é um atleta profissional e precisa ter uma performance avançada foi desafiador. Estamos muito orgulhosos com o que ele fez hoje”, comemorou Oliveira.


Caio Monstro aterroriza americano no UFC Orlando
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Marcos Peres

O peso-médio brasileiro Caio Magalhães, o “Caio Monstro”, chegou à terceira vitória consecutiva no UFC ao bater o americano Luke Zachrich por nocaute técnico em apenas 44 segundos de luta, nesse sábado, em Orlando, Estados Unidos.

Caio Monstro aplicou um gancho na linha da cintura de Zachrich, dobrando imediatamente o americano. Caio dedicou o nocaute ao companheiro de treino Glover Teixeira, brasileiro que vai disputar o título dos meio-pesados do UFC contra o atual campeão, o americano Jon Jones, no dia 26 de abril. “Isso aí sou eu levando do Glover (Teixeira) toda hora esse gancho na barriga”, contou Caio. ''Isso aí, a gente aprende treinando muito, com o que a gente faz com os sparings e o que eles fazem com a gente. Nas últimas semanas de treino, a gente focou muito nisso.”

Caio, o primeiro dos seis brasileiros escalados pelo UFC a vencer nesse sábado, em Orlando, finalizou a luta aproveitando o golpe na linha da cintura para conectar logo depois uma joelhada no mesmo local e uma sequência de socos quando o adversário já estava no chão, até que o árbitro interrompesse a luta decretando o nocaute técnico. Foi a primeira vitória de Caio por nocaute no UFC.

Lutador da famosa academia Nova União, no Rio de Janeiro, onde treinam os campeões José Aldo e Renan Barão, Caio Monstro dividiu dessa vez os treinamentos entre o Brasil e os Estados Unidos, Fez as últimas semanas de preparação na American Top Team, onde Teixeira se prepara para a disputa de cinturão. “Treinei com muitos caras diferentes, isso influenciou muito na luta”, disse Caio. “Caras bons de wrestling, bons de jiu-jitsu, de muay thai, tanto aqui como lá no Brasil.

“Agora, vou pra Baltimore (também nos EUA), ver o Glover (Teixeira) ganhar aquele cinturão do Jon Jones e aí fica tudo em casa, fecha com chave de ouro,” afirmou um sorridente Caio, que deixou o combate com a mão esquerda inchada, tamanha a potência do golpe que aplicou no tronco do americano.


Brasileiros trocam Disney pelo UFC em Orlando
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Marcos Peres

Passagens de ida e volta São Paulo – Orlando para o feriado da Páscoa “chegaram a custar R$ 3,2 mil na classe econômica da TAM. Os vôos estavam lotados”, contou a brasiliense Cristina de Souza. Os parques temáticos da região estão “intransitáveis e se ouve gente falando português por todo lado”, afirmou o paulistano Armínio Mendonça. “É como aqui na pesagem do UFC”, comparou o representante comercial, que vestia a camisa da seleção brasileira de futebol. Uma das cidades mais visitadas do mundo, Orlando recebeu 639 mil brasileiros em 2012, segundo a última pesquisa realizada pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos e divulgada no ano passado.

Esses números inspiraram o UFC a escalar seis lutadores brasileiros para o evento desse sábado, em Orlando. E os torcedores certamente corresponderam à expectativa dos organizadores. Foram responsáveis, em grande parte, por praticamente esgotar os cerca de 17 mil ingressos disponíveis na arena Amway Center. A considerar o grande número de brasileiros presentes à pesagem oficial, realizada nessa sexta-feira, se não for a maior, a torcida brasileira deve ser a mais barulhenta nesse sábado.

“Faz muita diferença saber que a galera está do seu lado”, disse o peso-pesado brasileiro Fabrício Werdum, escalado para a luta principal do evento, contra o americano Travis Browne. “Tem muito latino aqui também. E, como eu trabalho na televisão, comentando para o UFC Network na parte de espanhol, acho que isso vai me ajudar. Vai ter muita gente da América Latina. Vai ser bem legal ter uma torcida a meu favor”, afirmou Werdum.

O adversário, Travis Browne, disse que “muitas pessoas têm perguntado se há alguma rusga entre lutadores brasileiros e americanos”, depois que foi ao ar pela televisão uma briga, fora do octógono, entre os treinadores do programa TUF Brasil, Wanderlei Silva e Chael Sonnen. “Tenho explicado que não é entre Brasil e Estados Unidos”, contou Browne. “É entre Chael Sonnen e Wanderlei Silva. Wanderlei agiu como eu talvez agisse se não me enxergasse como atleta. Foi muito emocional, cheio de orgulho. É duro, porque Sonnen falou um monte de coisas ruins sobre o povo brasileiro. Mas penso que os dois cometeram erros”, ponderou o lutador americano, nascido na ilha de Oahu, no Havaí.

O vencedor do combate entre Browne e Werdum vai lutar pelo cinturão dos pesados, provavelmente no fim do ano, contra o atual campeão, o americano Cain Velasquez. Outros brasileiros também podem se aproximar muito do topo do UFC depois do evento de Orlando. Ambos na categoria peso-leve: depois de cinco vitórias consecutivas, Rafael dos Anjos vai enfrentar o invicto russo Khabib Nurmagomedov. Edson Barboza, atual número oito do ranking do UFC, vai pegar o americano Donald Cerrone. Porém, Barboza não considera a barulhenta torcida brasileira uma vantagem.

“Pra mim, sinceramente, não faz diferença, porque quando entro alí, tento ficar focado na luta o tempo todo”, contou o carioca Edson Barboza. “Procuro esquecer o que está acontecendo do lado de fora. Se a gente se distrair um segundo com o pessoal gritando, a pressão, pode ser o segundo em que a gente perde a luta.” Barboza vai lutar contra o americano Donald “Cowboy” Cerrone, que tem uma opinião bem peculiar: para ele, quanto mais barulho, melhor. E não importa a favor de quem: “Cerrone – Tudo o que me interessa é explodir o teto daquele ginásio. É o que espero. A luta do ano”, disse o “Cowboy”, com um sorriso no rosto.

Veja, destacados em negrito, os seis brasileiros que vão lutar na programação do UFC Orlando, nesse sábado:

CARD PRINCIPAL

Peso-pesado: Fabrício Werdum x Travis Browne

Peso-galo feminino: Miesha Tate x Liz Carmouche

Peso-leve: Donald Cerrone x Edson Barboza

Peso-médio: Brad Tavares x Yoel Romero (84,1kg)

CARD PRELIMINAR

Peso-leve: Rafael dos Anjos x Khabib Nurmagomedov

Peso-meio-médio: Thiago Pitbull x Seth Baczynski

Peso-leve: Jorge Masvidal x Pat Healy

Peso-pena: Estevan Payan x Alex White

Peso-médio: Caio Monstro x Luke Zachrich

Peso-meio-médio: Jordan Mein x Hernani Perpétuo

Peso-mosca: Dustin Ortiz x Ray Borg

Peso-pena: Mirsad Bektic x Chas Skelly

Peso-pesado: Derrick Lewis x Jack May


Adversário de Edson Barboza, Cerrone está falido
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Marcos Peres

Donald Cerrone - Josh Hedges/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images

Donald Cerrone – Josh Hedges/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images

O lutador americano Donald Cerrone tem grandes planos para esse fim-de-semana de UFC, em Orlando, Estados Unidos: “Espero sair daqui com um bônus em dinheiro e, então, ir até (o arquipélago de) Florida Keys e achar uma forma de gastar tudo”, contou ele ao Blog. Esse estilo de vida levou o “Cowboy”, de 31 anos à falência, apesar de ele ser considerado um dos principais lutadores do UFC na atualidade.

“Nunca muda”, descreveu Cerrone. “Continuo me divertindo e quando a luta chega, luto. Em meus camps de treinamento, quando estou cansado, tiro alguns dias de folga e vou para a noite, praticar wakeboard, pescar, beber cerveja, qualquer coisa.”

Desde que chegou a Orlando, Cerrone tem se dividido entre os treinos de MMA, as noitadas e o wakeboard – deslizar na superfície da água com uma prancha fazendo manobras, puxado por um barco. Comportamento oposto ao do adversário, o brasileiro Edson Barboza, um atleta disciplinado, que começou a praticar muay thai aos oito anos de idade. “Não adianta, que não dá pra fazer tudo o que quer, principalmente quando a gente tá perto de luta. Quando entro em camp de treinamento, fico no mínimo oito semanas focado só no treino. Só pensando no treino e treinando.

Edson Barboza

Edson Barboza

Sob o risco de perder o contrato com o UFC, depois de despencar de uma altura de sete metros, ao escalar uma montanha, no ano passado, Donald Cerrone prometeu se endireitar. “Eu tentei comer direito, descansar. Mas durou apenas duas lutas. Não é pra mim. Eu gosto de loucura, viver minha vida”, disse ele, justificando que luta melhor quando está se sentindo feliz.

Donald Cerrone, um ex-peão de rodeio profissional, é um solteirão convicto. Já Edson Barboza, de 28 anos, vive acompanhado da esposa, Bruna, com quem está há dez anos. Com um cartel de 13 vitórias e apenas uma derrota, atual número 11 do ranking dos pesos-leves do UFC, o brasileiro faz planos para chegar ao título mundial nos próximos meses. “Todo mundo me pergunta sobre o cinturão, desde que fiz 4 ou 5 lutas pelo UFC. Mas eu nunca me preocupei com isso. Eu queria era lutar. Mas depois que mudei meus treinamentos, depois dessas últimas três lutas, eu sinceramente comecei a pensar nisso. Acho que tá chegando perto. Estou sentindo que estou cada vez mais perto do cinturão”, ele contou.

Para o “Cowboy”, o cinturão pouco importa. “Eu não ligo”, disse ele. Apesar de estar entre os preferidos dos fãs do UFC, a única preocupação de Cerrone é fazer algum dinheiro para sustentar seu estilo de vida exuberante. Por esse motivo, ele pediu ao UFC seis lutas em 2014. Uma superexposição, que pode, em algum momento, afastá-lo de qualquer possibilidade de título.

Cerrone já ganhou do UFC oito prêmios em dinheiro, de nocaute ou luta da noite. Edson Barboza, seis. O principal deles, conquistado através de um chute rodado que entrou para a história da organização, em 2012, quando o brasileiro nocauteou o inglês Terry Etim. Assim, mesmo que por motivos distintos, ambos têm grandes ambições para a luta desse sábado.

“Essa é luta é demais! A luta que os fãs estão chamando de luta do ano. Estou ansioso! Vamos botar aquela arena abaixo e ganhar dinheiro”, disse Cerrone. “Eu espero proporcionar um grande show”, afirmou Barboza. “Todo mundo sabe que eu não fujo da luta, não amarro, jogo sempre pra frente, para acabar. Dessa vez, não vai ser diferente. Vou entrar procurando acabar com a luta. Preparado para os três rounds, mas se eu tiver uma oportunidade, a luta vai acabar. O público só tem a ganhar.”


Werdum temeu ser esquecido pelo público e pelo UFC
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Marcos Peres

Fabrício Werdum - divulgação

Fabrício Werdum – divulgação

Há poucos meses, o peso-pesado brasileiro Fabrício Werdum andava mais ocupado com os empregos de comentarista do UFC na televisão, para a América Latina, e de embaixador do UFC. Lutou pela última vez há mais de dez meses, em junho de 2013. Estava determinado a esperar pelo retorno do campeão Cain Velasquez ao octógono, para uma disputa de cinturão prometida pela organização. Porém, o americano passou por uma cirurgia no ombro esquerdo e a lenta recuperação ainda vai levar mais sete meses.

Apesar de relutar, Fabrício Werdum acabou por aceitar uma luta contra o americano Travis Browne, a ser disputada nesse sábado, em Orlando, Estados Unidos. E o que o convenceu foi um dito popular: “Quem não é visto, não é lembrado”. “No começo foi bem difícil a decisão de fazer essa luta, porque eu já estava com a mão no cinturão, pronto para lutar”, contou Werdum. “É difícil ficar muito tempo sem lutar. Eu iria ficar quase dois anos sem lutar. Foi uma decisão difícil, mas a gente sabia que depois as pessoas poderiam estranhar o Werdum lutando pelo cinturão, já que ele estava desaparecido.”

Fabrício Werdum, então, decidiu “mostrar ao mundo mais uma vez” que está pronto para disputar o cinturão dos pesados do UFC. Depois de brasileiros como Ânderson Silva, José Aldo e Júnior Cigano, nocauteadores natos, terem feito história no UFC, o gaúcho Werdum representa a volta por cima do jiu-jitsu brasileiro dentro da organização. Assim como o carioca Renan Barão, atual campeão da categoria peso-galo, outro especialista em submissões.

“Saber que o Rickson (Gracie), o Royce (Gracie) assistem mesmo às lutas e depois elogiam, dizendo que represento muito bem o jiu-jitsu me deixa muito feliz”, afirmou Werdum, bicampeão mundial de jiu-jitsu.

Foi por submissão que Fabrício Werdum venceu pela última vez, aplicando uma chave de braço no lendário brasileiro Rodrigo Minotauro. Foi o terceiro triunfo consecutivo, desde o retorno ao UFC, em 2012. O próximo adversário é cinco anos mais novo, tem boa velocidade, apesar dos 2,01 metros de altura, e prefere trocar golpes de pé, buscando o nocaute. Aos 36 anos, Werdum diz ter o antídoto para esse veneno.

“Tive aquele momento, que todos os lutadores de jiu-jitsu têm, de pensar que podem trocar o jogo completamente. Começam a treinar muay thai, boxe e pensam que já são especialistas naquela arte. Já passou esse meu momento. Já estou bem vacinado nesse ponto”, contou o lutador gaúcho, confiante de que encontrará uma chance de finalização em uma luta de cinco rouns, 25 minutos.


Boston lembra terrorismo e promete maratona histórica
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Marcos Peres

Uma procissão de milhares de pessoas percorreu a Boylston Street, na região central da cidade de Boston, nessa terça-feira, em homenagem às vítimas dos atentados terroristas que mataram três espectadores e feriram 260 pessoas há exatamente um ano, na tradicional Maratona de Boston. Entre as pessoas que caminharam até a linha de chegada estavam sobreviventes das duas explosões, familiares das vítimas fatais e prestadores de socorro.

Às 14h49, horário no qual a primeira bomba explodiu, no dia 15 de abril de 2013, os sinos das igrejas de Boston badalaram, simbolizando o luto da cidade de Boston e a sua renovação. Na próxima segunda-feira, dia 21 de abril, a cidade promete realizar a maior e mais segura edição da história da Maratona de Boston.

Cerca de 36 mil corredores se inscreveram, 9 mil a mais do que no ano passado. Milhares deles estão de volta depois de terem sido impedidos de terminar a maratona do ano passado. Outros milhares declararam que vão correr em solidariedade aos moradores de Boston. Um milhão de pessoas são esperadas nas ruas, ao longo do percurso, o dobro em relação a edições anteriores da maratona.

O percurso de pouco mais de 42 km passa por oito cidades da região metropolitana de Boston. Mais de 3,5 mil policiais foram destacados para cuidar da segurança no dia da prova, o dobro em relação ao ano passado. Muitos deles estarão a paisana, misturados aos espectadores. Seguranças privados também engrossarão o time de vigilantes. Haverá múltiplos pontos de revista, com detectores de metais, cães farejadores de explosivos e ainda centenas de novas câmeras de segurança.

A escritora americana Victoria Griffith, que mora a poucos quarteirões da linha de chegada, passa pelo local das explosões todos os dias para levar uma das três filhas à escola. “Leva meses até você começar a esquecer. Mas agora que está tudo montado, linha de chegada, as tendas, nesse momento está tudo bastante presente de novo,” contou ela. “Nós estamos um pouco ansiosos, porque sempre que acontece algo assim, o lugar fica mais simbólico e sempre há um perigo de que outro louco queira fazer algo”.

Victoria, que vai lançar em outubro um livro de ficção que se passa na Amazônia brasileira, contou que estava pronta para levar uma das filhas à linha de chegada no ano passado, quando ouviu a primeira explosão. “Talvez esse ano eu vá sozinha, sem minha filha”, ponderou a escritora.

Espectadores devem carregar seus pertences em plásticos translúcidos, evitando mochilas, coolers, agasalhos com bolsos e até carrinhos de bebês.

Autoridades de segurança de Nova York e Londres, duas das cidades mais alvejadas pelo terrorismo, se envolveram nas preparações para a Maratona de Boston desse ano. Apesar das medidas de segurança, as autoridades de Boston afirmaram que o caráter festivo da maratona mais antiga a ser disputada incessantemente no mundo será preservado.

“Estamos confiantes de que a experiência dos corredores e espectadores não será impactada e todos poderão aproveitar um dia festivo e familiar”, afirmou Kurt Schwartz, diretor da Agência de Gerenciamento de Emergências de Massachussetts.

A maratona de Boston é realizada na terceira segunda-feira de abril, feriado escolar em alguns estados americanos em comemoração ao Patriots Day.

“Eu quero encorajar todos a saírem de casa”, disse o superintendente da polícia do estado de Massachussetts, Timothy Alben. “É a oportunidade de mostrar a resiliência do povo americano”, acrescentou o coronel.

Em nota, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, homenageou as vítimas e agradeceu a coragem dos que ajudaram a salvar dezenas de feridos: “Hoje, nós reconhecemos a incrível coragem e liderança de tantos moradores de Boston em meio a uma tragédia indescritível”, escreveu o presidente. “E oferecemos nossa mais profunda gratidão aos corajosos bombeiros, policiais médicos, corredores e espectadores, que, em um instante, mostraram o espírito do qual Boston foi construída – perseverança, liberdade e amor.”

Jeff Bauman, que perdeu as duas pernas nas explosões e depois ajudou a polícia a identificar os suspeitos, escreveu uma carta e a enviou ao jornal Boston Herald. “Faz um ano desde as explosões em nossa maratona. Estou certo de que haverá muitos artigos escritos sobre isso, testemunhos e fotos. Não sei se tenho muito a acrescentar, a não ser por uma coisa muito importante que precisa ser dita e não estou certo de que outros dirão: Obrigado!”, escreveu Bauman. Ele continuou o texto agradecendo desde os cidadãos comuns que ajudaram no primeiro atendimento e remoção dos feridos, até as autoridades. Bombeiros, médicos, policiais, e mesmo quem enviou cartas de apoio às vítimas.

Jeff Bauman, que hoje anda com a ajuda de próteses mecânicas, e a noiva Erin Hurly estão à espera de um bebê, que vai nascer em julho.


Michael Phelps está de volta
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Marcos Peres

O maior atleta olímpico de todos os tempos deve voltar a competir ainda no mês de abril, depois de um ano e oito meses de aposentadoria. O retorno do nadador americano Michael Phelps, dono de 22 medalhas olímpicas, ao mundo competitivo é esperada para o Grand Prix da cidade de Mesa, que será disputado de 24 a 26 de abril no estado do Arizona.

Michael Phelps se aposentou depois dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, ao tornar-se o atleta com maior número de medalhas na história das Olimpíadas, ultrapassando a ex-ginasta soviética Larisa Latynina. Porém, aos 28 anos de idade, Phelps voltou a treinar no final do ano passado, inscrevendo-se novamente no programa de controle da Agência Mundial Antidoping (WADA). Depois de se submeter ao programa antidoping durante seis meses, o maior nadador que o planeta já viu está liberado para nadar competitivamente, em uma jornada que deve levá-lo até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, quando Phelps terá 30 anos.

A Federação de Natação dos Estados Unidos confirmou nessa segunda-feira que Phelps está entre os mais de 500 nadadores inscritos no torneio. As entradas para muitas sessões do Grand Prix já estão quase esgotadas, segundo os organizadores.

Se concretizar o plano de participar das Olimpíadas pela quinta vez, Michael Phelps poderá elevar os Jogos do Rio de Janeiro a um novo patamar de interesse mundial.

Atualização:

Michael Phelps deve nadar até quatro eventos no Grand Prix de Mesa, segundo o treinador Bob Bowman: Os 100m borboleta, os 100m e os 50m livre e, talvez, os 50m borboleta. ''Vai ser ótimo para o esporte ter Michael de volta às competições'', afirmou Bowman ao jornal USA Today. ''Nós realmente não temos expectativas para o que possa acontecer. Queremos apenas nos divertir e ver como será'', explicou  o treinador.


QPR ainda paga 95% dos salários de Júlio César
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Marcos Peres

Reprodução - www.TorontoFC.ca

Reprodução – www.TorontoFC.ca

O Toronto FC, do Canadá, está pagando menos de 5% dos salários que o goleiro da seleção brasileira, Júlio César, tem em contrato com o Queens Park Rangers, da Inglaterra, para a temporada 2014. Foi o que revelou o relatório salarial da união dos jogadores da Major League Soccer para a atual temporada. Segundo o sindicato, o Toronto vai pagar R$ 445 mil ao goleiro brasileiro, emprestado pelo QPR, em 2014. O time inglês continua responsável pelo restante dos R$ 9,2 milhões ($ 3 milhões de euros) estabelecidos em contrato.

Clint Dempsey, dos EUA, é o mais bem pago da liga - Cortesia MLS/ Seattle Sounders

Clint Dempsey, dos EUA, é o mais bem pago da liga – Cortesia MLS/ Seattle Sounders

Os dois jogadores mais bem pagos da MLS no ano da Copa do Mundo atuam na seleção americana. O atacantes Clint Dempsey, do Seattle Sounders, e o volante Michael Bradley, contratado pelo Toronto FC esse ano junto ao Roma, da Itália. Dempsey vai receber um mínimo garantido equivalente a R$ 14,7 milhões na atual temporada. Bradley, R$ 14,3 milhões. O levantamento não leva em consideração contratos de patrocínio pessoais e outras fontes de rendimento dos atletas.

Só o salário anual oficial do atacante brasileiro Neymar declarado pelo Barcelona para 2014, cerca de R$ 34,6 milhões de reais, já seria suficiente para pagar os salários dos dois principais atletas da MLS.

O estrangeiro mais bem pago da liga norte-americana não é mais o francês Thierry Henry, do New York Red Bulls. Número um da lista em 2013, agora com 36 anos de idade, ele passou a ocupar a sexta colocação, com salário anual de R$ 9,5 milhões. O atacante da seleção inglesa, Jermain Defoe, 31, é o forasteiro que mais vai fazer dinheiro na MLS em 2014, cerca de R$ 13,6 milhões.

Michael Bradley, 26, é o único jogador entre os oito principais atletas da liga com menos de 31 anos de idade.

O Toronto FC tem o brasileiro mais bem pago por um time da liga, mas não é o goleiro Júlio César. O atacante Gilberto, ex-jogador da Portuguesa e do Inter de Porto Alegre, vai receber do clube o equivalente a R$ 2,6 milhões, ou R$ 216 mil por mês.

Atacante Gilberto é o brasileiro mais bem pago pela MLS - Cortesia MLS / TorontoFC

Atacante Gilberto é o brasileiro mais bem pago pela MLS – Cortesia MLS / TorontoFC

Há, porém, mais de 30 jogadores recebendo o salário mínimo estabelecido pela liga e que equivale a R$ 6,7 mil mensais, R$ 80,4 mil em um ano.

Confira abaixo a lista dos 12 jogadores mais bem pagos pela MLS em 2014:

1- Clint Dempsey, 31, atacante, EUA – Seattle Sounders – R$ 14,7 milhões

2- Michael Bradley, 26, volante, EUA – Toronto FC – R$ 14,3 milhões

3- Jermain Defoe, 31, atacante, ING – Toronto FC – R$ 13,6 milhões

4- Landon Donovan, 32, meia, EUA – Los Angeles Galaxy – R$ 10,1 milhões

5- Robbie Keane, 33, meia, IRL – Los Angeles Galaxy – R$ 9,9 milhões

6- Thierry Henry, 36, atacante, FRA – New York Red Bulls – R$ 9,5 milhões

7- Tim Cahill, 34, meia, AUS – New York Red Bulls – R$ 7,9 milhões

8- Marco Di Vaio, 37, atacante, ITA – Montreal Impact – R$ 5,7 milhões

9- Obafemi Martins, 28, atacante, NIG – Seattle Sounders – R$ 3,8 milhões

10- Javier Morales, 34, meia, ARG – Real Salt Lake – R$ 3,1 milhões

11- Omar Gonzalez, 25, zagueiro, EUA – Los Angeles Galaxy – R$ 2,7 milhões

12- Gilberto, 24, atacante, BRA – Toronto FC – R$ 2,6 milhões


Seleção dos EUA tem torcida organizada exclusiva
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Marcos Peres

A rede de televisão americana ESPN usou imagens reais de torcedores americanos, captadas antes e durante os jogos da seleção de futebol dos Estados Unidos, para uma campanha promocional da Copa do Mundo de 2014. Eles fazem parte de uma torcida organizada exclusiva da seleção dos EUA, chamada The American Outlaws, algo como “Os Foras da Lei Americanos”, em língua portuguesa.

O filme mostra milhares de torcedores espalhados pelas ruas, marchando para o estádio e cantando. São imagens que sugerem uma nova paixão dos americanos pelo futebol. A torcida organizada da seleção americana já tem mais de 18 mil membros. A música entoada pela torcida dos Estados Unidos diz: “Eu acredito que vamos ganhar!” Assista:

Os Outlaws viajam para todos os jogos dos EUA. 530 deles já têm viagem marcada para o Brasil, para apoiar o time durante a Copa do Mundo.

“Depois da Copa do Mundo da África do Sul, nós tivemos a idéia de alugar um avião para o Brasil em 2014”, disse o presidente da torcida, Korey Donahoo, ao jornal USA Today. “Pensei que talvez conseguíssemos encher o avião em alguns anos. Mas encheu em poucas horas”, ele contou. Então, a torcida alugou mais dois aviões, que encheram em poucas semanas.


Mais um time de futebol nasce nos EUA: Atlanta
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Marcos Peres

Mais um time de profissional de futebol vai nascer nos Estados Unidos. A Major League Soccer, principal liga de futebol da América do Norte, deve anunciar na segunda metade de abril a criação de uma franquia na cidade de Atlanta, capital do estado da Geórgia, sede dos Jogos Olímpicos de 1996.

O time de Atlanta deve estrear em 2017. O proprietário será o atual dono do Atlanta Falcons, tradicional equipe da NFL, liga de futebol americano. O estádio de $1 bilhão de dólares – cerca de R$ 2,2 bilhões -, que vai servir às duas equipes, já está sendo construído na região central da cidade.

A franquia de Atlanta vai colaborar com a criação de um novo pólo de futebol nos Estados Unidos, localizado no sul do país. Hoje, a MLS não conta com nenhuma equipe na região. Porém, até 2018, provavelmente serão três: Atlanta, Miami e Orlando. O Orlando City, do proprietário brasileiro Flávio Augusto da Silva, será o primeiro a estrear, já no ano que vem.

A equipe de Atlanta ainda não tem nome definido. Porém, deve estrear na MLS antes do que a equipe de Miami, de propriedade de David Beckham. Antes de botar um time em campo, o ex-jogador inglês ainda precisa resolver sua principal pendência: a construção de um estádio.

Atlanta tem sediado alguns jogos de futebol com sucesso nos últimos anos. O amistoso entre as seleções de México e Nigéria, realizado no mês passado, levou ao estádio mais de 68 mil torcedores.

A forte expansão da Major League Soccer para o sul dos EUA é parte da estratégia que visa posicionar a liga norte-americana entre as principais do mundo até 2022.