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Racista nega proposta de R$ 4,5 bi pelo LA Clippers

Marcos Peres

Donald Sterling negou proposta recorde - foto: AP Photo/Danny Moloshok

Donald Sterling negou proposta recorde – foto: AP Photo/Danny Moloshok

O proprietário do Los Angeles Clippers, Donald Sterling, voltou atrás e se negou nessa segunda-feira a assinar a venda do time de basquete para o ex-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, por $ 2 bilhões de dólares – o equivalente a R$ 4,5 bi -, valor recorde oferecido por uma franquia da NBA.

Apesar da proposta feita por Ballmer ser pelo menos três vezes maior do que o real valor do time, segundo especialistas, Sterling se negou ao assinar os papéis, segundo o jornal USA Today, ao saber que a NBA não retiraria as penas impostas a ele, que foi banido da liga para sempre e multado em $ 2,5 milhões de dólares por comentários racistas revelados em uma gravação telefônica.

“Nós fomos orientados a prosseguir com o processo”, afirmou o advogado de Donald Sterling, Maxwell Blecher. O processo federal pede $ 1 bilhão de dólares (R$ 2,2 bilhões), alegando que a NBA violou direitos constitucionais de Sterling ao se basear em uma gravação telefônica “ilegal” para aplicar-lhe penas severas. Os comentários racistas foram feitos por ele a uma amante.

Os advogados do proprietário do Clippers alegam ainda que a multa de $ 2,5 milhões constitui uma quebra de contrato e que a tentativa da liga de forçar a venda da franquia constitui mais uma violação às leis. “Eu decidi que preciso lutar para defender meus direitos”, diz a nota divulgada pela assessoria de Donald Sterling. “Embora minha posição não seja popular, acredito que meus direitos a privacidade e a preservação dos meus direitos no devido processo não devem ser pisoteados. Eu amo o time e dediquei 33 anos de minha vida à organização”, escreveu Sterling, de 80 anos. “Eu pretendo lutar para manter o time”, completou o magnata do ramo imobiliário.

“Nunca houve uma discussão envolvendo a NBA na qual iríamos modificar a pena do Sr. Sterling de qualquer modo. Qualquer sugestão contrária é completa fabricação”, afirmou o porta-voz da NBA, Mike Bass.

Na gravação telefônica que motivou o escândalo, Donald Sterling fala para a amante Vanessa Stiviano não levar negros aos jogos do Los Angeles Clippers e cita nominalmente o ex-jogador de basquete e campeão olímpico Magic Johnson.