Blog do Marcos Peres

Gana ameaça EUA pela terceira Copa consecutiva

Marcos Peres


Aos 50 minutos do segundo tempo, Cristiano Ronaldo – até então, sumido da Copa – descolou um cruzamento longo e ao mesmo tempo milimétrico, na cabeça de Silvestre Varela, que empatou o jogo contra os Estados Unidos em 2 a 2 e manteve a seleção de Portugal matematicamente viva no mundial para a última rodada da fase de grupos. Já os EUA trocaram nos acréscimos a comemoração da classificação improvável pela dor de cabeça que já dura oito anos, desde a Copa do Mundo de 2006: Gana é mais uma vez a maior ameaça.

Todos os times do grupo G têm chances de classificação para as oitavas de final. Porém, pela terceira Copa do Mundo consecutiva, Gana é a maior ameaça dos Estados Unidos. Responsável pela eliminação dos dois últimos mundiais, Gana pode roubar o lugar dos americanos na próxima fase, caso o time africano vença Portugal.

Mesmo tendo vencido o confronto com os ganeses pela primeira vez nesses oito anos, com um 2×1, na estreia, os EUA precisam se virar contra a forte Alemanha no próximo dia 26, para não dependerem do resultado de Gana x Portugal.

Clique aqui e veja a classificação do grupo G.

Explicando a teoria do Blog:

A Alemanha, além de favorita contra os EUA, tem saldo de gols positivo em quatro (+4).

Os EUA têm os mesmos quatro pontos, mas o saldo é de um gol (+1).

Gana tem um ponto. Saldo de menos um (-1). Se a Alemanha vencer os EUA e Gana ganhar de Portugal, a decisão será no saldo de gols, ou ainda no critério gols marcados. O que arrepia todos os pelos do corpo do técnico dos Estados Unidos, Jürgen Klinsmann, de tão provável.

E Portugal? Tem apenas um ponto, como Gana. Mas o saldo de gols é negativo em quatro (-4), resultado da goleada sofrida na estreia contra a Alemanha, o que torna a classificação pouco provável.

A essa hora, o alemão Klinsmann deve estar ensimesmado, pensando no resultado dos sonhos. Claro, um empate entre EUA e Alemanha classificaria as duas equipes para as oitavas.

Entre falhas grotescas – como a furada do zagueiro Geoff Cameron, capaz de transformar um cruzamento horrível de Miguel Veloso em gol de Nani – e virtudes impressionantes – a capacidade de pressionar adversários mesmo com 4 volantes na escalação -, os EUA podem, sim escapar de um dos grupos mais difíceis da Copa. Para alegria de milhares de americanos, que têm saído às ruas vestindo a camisa do time de “soccer” como nunca se viu nos EUA.

Seja com gol de barriga, como o de Clint Dempsey, ou golaço, como o de Jermaine Jones, o futebol vai vencendo a “última grande barreira” de sua inacreditável história. Ganhando o maior mercado consumidor do mundo.