Blog do Marcos Peres

Arquivo : janeiro 2014

Fluminense sub-23 fará pré-temporada na Disney
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Marcos Peres

O time sub-23 do Fluminense vai passar três semanas de fevereiro na Disney. Os garotos ficarão hospedados no Walt Disney World Resort, em Orlando, na Flórida, Estados Unidos. Não precisarão deixar o “mundo encantado” nem para treinar. Os trabalhos serão realizados no  ESPN Wide World of Sports Complex, complexo temático esportivo que conta também com instalações impecáveis para o esporte profissional.

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Os garotos do Fluminense vão participar de um torneio com participação de sete equipes profissionais, cinco delas dos Estados Unidos: New York Red Bulls, do atacante francês Thierry Henry, Sporting Kansas City, atual campeão da liga norte-americana, Philadelphia Union, Columbus Crew e Orlando City Soccer, do proprietário brasileiro Flávio Augusto da Silva. Além de dois times canadenses, o Toronto FC e Montreal Impact, do Canadá.

As duas melhores equipes do torneio vão jogar a final, conhecida como Disney Pro Soccer Classic, do dia 1 de março, sábado de Carnaval no Brasil.

“Este é um grande acréscimo para a competição e nos dá uma das melhores escalações da história do Pro Soccer Classic”, disse o diretor de desenvolvimento de esportes da Disney Sports, Mike Millay. “A cada ano, buscamos fortalecer o torneio. Sentimos que a alta qualidade das nossas instalações e de nossas equipes de supervisão e produção dará a estes times uma experiência única, que pode impulsioná-los para o sucesso na temporada”, acrescenta.

“Estamos orgulhosos por sermos o primeiro clube brasileiro convidado para competir no Walt Disney World Pro Soccer Classic”, afirmou o presidente do Fluminense, Peter Siemsen: “Vemos os Estados Unidos como um mercado em expansão, estratégico nos planos internacionais do clube nos próximos anos. Nosso objetivo é continuar a desenvolver estes jogadores e estamos ansiosos para jogar nosso melhor”.


Leandrinho reconquista espaço na NBA e deve ficar
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Marcos Peres

Leandrinho Barbosa fez de um contrato relâmpago, com apenas dez dias de validade, uma oportunidade de provar que ainda merece um lugar na NBA, entre os principais jogadores de basquete do planeta. Nessa quarta-feira, o técnico do Phoenix Suns, Jeff Hornacek, afirmou que pretende contar com o ala-armador brasileiro para o restante da temporada.

Foto: AP Photo/Frank Franklin II

Foto: AP Photo/Frank Franklin II

“Ele é muito bom em atacar a cesta”, disse o treinador. “Nós o pusemos em uma situação muito difícil, recém chegado do Brasil e jogando imediatamente. Penso que ele teve um pouco de dificuldade nos primeiros jogos, mas vimos que ele continua tendo a velocidade que estávamos procurando”, explicou Hornacek em entrevista à rádio Arizona Sports.

Aos 31 anos, Leandrinho trabalhou duro durante nove meses para se recuperar de uma cirurgia que reconstruiu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, rompido em fevereiro do ano passado, quando ele defendia o Boston Celtics.

O desempenho do brasileiro na última segunda-feira, contra o New York Knicks, no Madison Square Garden, em Nova York, foi fundamental para convencer o técnico Jeff Hornacek de que Leandrinho pode ser importante para o time. Ele fez 14 pontos no último quarto da partida. Foi o responsável por converter os dois lances livres que levaram o jogo para a prorrogação. Totalizou 21 pontos, pegou 3 rebotes e deu 2 assistências. Porém, com dores no ombro, não jogou a prorrogação e o time de Phoenix acabou derrotado pelo Knicks por 98 a 96.

Ao ser poupado do jogo dessa quarta-feira, contra o Los Angeles Lakers, Leandrinho ganhou três dias de treinamentos e descanso. “Com alguns dias para treinar nossas jogadas com ele, penso que será uma boa opção para nós”, disse Hornacek, lembrando que, ao chegar, Leandrinho foi imediatamente exposto a uma sequência de quatro jogos em cinco dias.

“Se vamos tentar dar uma arrancada para os playoffs, vamos precisar de um veterano”, explicou o técnico do Suns. Nessa sexta-feira, Leandrinho deve fazer sua estreia em casa, no ginásio US Airways Center, em Phoenix, contra o Dallas Mavericks.

 

 

 

 


Atleta desiste das Olimpíadas em favor da irmã gêmea
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Marcos Peres

A americana Tracy Barnes abriu mão da classificação para as Olimpíadas de Inverno de Sochi em favor da irmã gêmea, Lanny Barnes. “Minha irmã é minha melhor amiga e companheira de equipe”, disse Tracy. “Ela merece um lugar nas Olimpíadas”.

Lanny e Tracy Barnes competem juntas nas Olimpíadas de Turim-2006 - foto: Eric Feferberg/AFP/GETTY IMAGES

Lanny e Tracy Barnes competem juntas nas Olimpíadas de Turim-2006 – foto: Eric Feferberg/AFP/GETTY IMAGES

Tracy, que conquistou uma vaga no time americano de biatlo – combinação de esqui e tiro – para os Jogos Olímpicos a serem realizados na Rússia, dentro de três semanas, decidiu desistir do esforço dos últimos quatro anos porque a irmã gêmea, Lanny, adoeceu e não pôde participar de três das quatro provas da última competição classificatória, em Ridnaun, na Itália.

Lanny Barnes, que já foi a três Olimpíadas, terminou a classificação geral do time americano logo atrás da irmã. “Ela é minha heroína e isso só mostra a verdadeira abnegação e espírito olímpico”, afirmou Lanny, de 31 anos. “Isso me motivou ainda mais, não só para representar o meu país, mas para representá-la também,” concluiu ela, que é cinco minutos mais velha do que Tracy.

“Eu vejo quão duro ela trabalha no dia-a-dia, então sei em primeira mão que ela é merecedora de um lugar no time das Olimpíadas”, afirmou Tracy em um comunicado distribuído pela federação americana de biatlo. Ela deu a notícia à irmã o alto dos Alpes Italianos. A princípio, Lanny disse que não aceitaria a oferta, mas as duas então se abraçaram e foram às lágrimas, segundo descreveu o site 3 Wire Sports.


Novo Lance Armstrong? Astro do beisebol nega doping
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Marcos Peres

Alex Rodriguez, um dos maiores jogadores de beisebol de todos os tempos, entrou, nessa segunda-feira, com processos contra a liga profissional de beisebol dos Estados Unidos, a MLB, e a Associação dos Jogadores da MLB, na tentativa de invalidar a suspensão recorde de 162 jogos por doping que recebeu.

Alex Rodriguez é uma lenda do NY Yankees - foto: Jonathan Daniel/Getty Images/AFP

Alex Rodriguez é uma lenda do NY Yankees – foto: Jonathan Daniel/Getty Images/AFP

A-Rod, como é conhecido nos EUA, foi o único dos 13 jogadores suspensos pela MLB no escândalo batizado de Biogenesis Scandal, a alegar inocência e recorrer da pena inicial de 211 jogos de suspensão, anunciada pela liga em julho de 2013, apenas cinco meses depois da confissão de doping do mítico ciclista americano Lance Armstrong, que, como Rodriguez, jamais foi pego em exames antidoping e também negou agressivamente as acusações durante anos, por mais evidentes que fossem.

Ciclista Lance Armstrong admite doping à apresentadora de TV Oprah Winfrey - foto: AFP PHOTO/HARPO STUDIOS/GEORGE BURNS

Ciclista Lance Armstrong admite doping à apresentadora de TV Oprah Winfrey – foto: AFP PHOTO/HARPO STUDIOS/GEORGE BURNS

Talvez o doping de Rodriguez, de 38 anos, nunca tivesse sido descoberto, não fosse um ex-funcionário de uma clínica da Flórida. Irritado com a falta de pagamento, Porter Fischer revelou ao jornal Miami New Times documentos que indicavam a venda e administração de substâncias proibidas a diversos astros da MLB.

No último final de semana, a pena de Rodriguez foi reduzida para 162 jogos, ou seja, uma temporada da MLB. A rede de televisão CBS levou ao ar uma entrevista do dono da clínica Biogenesis, fechada depois do escândalo do beisebol, Anthony Bosch, afirmando que recebia $ 12 mil dólares mensais (mais de R$ 28 mil) para ministrar susbstâncias proibidas a Rodriguez, que incluíam testosterona e hormônio do crescimento, esteroides e insulina. Bosch disse ter decidido cooperar com as investigações por temer pela própria vida, depois que o caso se tornou público.

Alex Rodriguez apelou à justiça, assim como Lance Armstrong - foto: Kathy Willens/AP

Alex Rodriguez apelou à justiça, assim como Lance Armstrong – foto: Kathy Willens/AP

Bosch contou ter injetado substâncias pessoalmente no astro do beisebol por diversos anos. Mesmo assim, Alex Rodriguez emitiu uma nota, negando todas as acusações: “Essa é uma decisão de um homem só (o mediador Frederic Horowitz), que não foi submetida a um júri justo e imparcial. Não envolve sequer um teste positivo de doping, difere dos fatos e é inconsistente (…) e se baseia em testemunhas e documentos que jamais seriam aceitos em corte alguma dos Estados Unidos, porque são falsos e não-confiáveis.”

Rodriguez vai perder $ 25 milhões de dólares (cerca de R$ 59 milhões) em salários nessa temporada. O homem que revelou o escândalo, Porter Fischer, disse ao canal de televisão americano ESPN que cerca de 100 jogadores de beisebol passaram pela mesma clínica nos últimos quatro anos, assim como jogadores de tênis e lutadores de boxe e MMA. Até hoje, apenas a liga de beisebol investigou essas afirmações.


Patinadora ganha vaga olímpica em decisão polêmica
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Marcos Peres

Uma decisão polêmica deu à quarta colocada do Campeonato Nacional de Patinação Artística dos Estados Unidos, a terceira e última vaga para os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, deixando de fora das Olimpíadas a terceira colocada.

Considerada a favorita, a patinadora Ashley Wagner, de 22 anos, sofreu duas quedas durante apresentação realizada no último sábado, em Boston, na competição que serviu de seletiva para a equipe de patinação artística dos EUA para as Olimpíadas. Enquanto Ashley caiu em prantos, Mirai Nagasu, uma desconhecida, de 20 anos, cravou a performance da vida dela, pulando à frente de Ashley e assumindo o terceiro lugar na classificação geral. Porém, em uma reunião a portas fechadas, realizada no domingo, a federação americana decidiu dar a Ashley Wagner a última das três vagas no time que viajará para a Rússia nos próximos dias.

Ashley Wagner sofre queda no Campeonato Nacional dos EUA - foto: ELISE AMENDOLA/AP

Ashley Wagner sofre queda no Campeonato Nacional dos EUA – foto: ELISE AMENDOLA/AP

“Esse não é o único evento que a US Figure Skating (Federação de Patinação Artística dos EUA) leva em consideração para selecionar o time”, disse a presidente Patricia St. Peter. Foi a primeira vez que a federação americana preteriu um medalhista nacional para formar o time olímpico. E causou reação imediata no público presente no Campeonato Nacional, realizado no ginásio TD Garden, em Boston. A quarta colocada, Mirai Nagasu chorou ao ser ovacionada de pé por milhares de espectadores. “(Minha carreira) tem sido uma montanha russa desde o torneio classificatório para as últimas Olimpíadas (Vancouver-2010)”, reconheceu Mirai.

“Eu estava chocada, achando que teria algo para me arrepender”, disse Ashley Wagner. A federação americana explicou que Ashley mereceu a vaga pelo conjunto da obra nos últimos anos, nos campeonatos nacionais, mundiais e etapas do Grand Prix de Patinação Artística. “Se você olhar para o histórico de performance de Ashley Wagner, ela conquistou as melhores credenciais entre todas as nossas atletas, disse a presidente da entidade. “É uma análise objetiva”.

Mirai Nagasu, terceira colocada, observa Ashley Wagner - foto: AFP Photo

Mirai Nagasu, terceira colocada, observa Ashley Wagner – foto: AFP Photo

De fato, foi Ashley quem ajudou a equipe dos EUA a conquistar uma terceira vaga para as Olimpíadas de Sochi, ao terminar o último Campeonato Mundial na quinta colocação. Ela ganhou medalhas nas duas etapas do Grand Prix realizadas nessa temporada e conseguiu o bronze na final, disputada no mês passado. Porém, nenhuma dessas credenciais diminuem o fato de ela ter falhado duas vezes sob pressão na última seletiva antes das Olimpíadas. “Estou feliz por minha federação ter enxergado além de uma performance ruim”, disse Ashley.

“Eu dancei com o perigo na noite passada”, disse Ashley. “Nunca quero me sentir tão desconfortável novamente”, completou. O time olímpico feminino dos EUA será formado por Polina Edmunds, Gracie Gold e Ashley Wagner. No coração de muitos americanos, Mirai Nagasu também é titular dessa equipe. Mas foi nomeada primeira reserva pela federação americana.


Agentes do FBI reforçam segurança das Olimpíadas
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Marcos Peres

O FBI está mandando algumas dezenas de agentes para a Rússia, para reforçar a segurança dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, segundo afirmou o diretor do departamento, James B. Comey, nessa quinta-feira. A competição será realizada de 7 a 23 de fevereiro.

Os agentes americanos estão trabalhando em conjunto com a inteligência da Rússia para prevenir incidentes como atentados terroristas, ainda constantes no país. Duas dezenas de agentes vão trabalhar em Moscou. Uma terceira dezena se integrará à equipe de segurança no balneário de Sochi.

Policial russo patrulha avenida próxima ao Parque Olímpico de Sochi - Kazbek Basayev/Reuters

Policial russo patrulha avenida próxima ao Parque Olímpico de Sochi – Kazbek Basayev/Reuters

“A segurança de qualquer edição das Olimpíadas é um enorme desafio”, disse Comey ao jornal The Washington Post. “Penso que seja particularmente desafiador em Sochi por causa da proximidade com áreas de instabilidade e fontes de ameaça terrorista.”

Dois atentados na cidade de Volgogrado mataram 34 pessoas e feriram dezenas no mês passado. Nessa quarta-feira, seis corpos foram encontrados ao norte da região do Cáucaso, de acordo com a agência Associated Press. Também havia explosivos no local. Grupos extremistas russos juraram recentemente ataques aos Jogos Olímpicos de Inverno.


Sobrevivente de dois acidentes aéreos volta a jogar
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Marcos Peres

Sobrevivente de dois acidentes aéreos, que tiraram as vidas do pai, da mãe e de dois irmãos, Austin Hatch, de 19 anos, voltou a jogar basquete depois de três anos, na noite dessa quarta-feira, na Califórnia, Estados Unidos.

Austin Hatch - foto: Chad Ryan/The News-Sentinel

Austin Hatch – foto: Chad Ryan/The News-Sentinel

Hatch, que foi colocado em coma induzido pelos médicos por oito semanas, em 2011, para se recuperar de uma lesão cerebral causada pelo impacto da aeronave com o solo, além de uma clavícula quebrada e um pulmão perfurado. acertou o primeiro arremesso que tentou pelo time da Escola de Loyola, no estado da Califórnia, onde está cursando o ensino médio.

A cesta de três pontos fez com que os jogadores do banco de reservas e o técnico Jamal Adams invadissem a quadra, o que gerou uma falta técnica.

“Foi a melhor falta técnica das quais já fiz parte”, disse o treinador ao Los Angeles Times, depois da vitória por 87 a 59. “Ele converteu os três pontos e o nosso banco de reservas explodiu. É inacreditável o que esse garoto enfrentou e o quão duro tem trabalhado”, afirmou Jamal Adams.

Em novembro de 2013, o Blog contou a história de Austin Hatch, um garoto de 2,01m de altura, que sofreu o primeiro acidente aéreo em 2003. Na ocasião, Hatch perdeu a mãe, uma irmã mais nova e um irmão mais velho. O segundo acidente aéreo aconteceu oito anos mais tarde, em 2011, apenas duas semanas depois de ter se comprometido verbalmente a jogar basquete pela Universidade de Michigan, assim que concluísse o ensino médio. Então, o garoto perdeu a madrasta e o pai, piloto nas duas ocasiões. Na época, Hatch era destaque das competições escolares pelo time da Canterbury High School, de Fort Wayne, estado de Indiana, com médias de 23 pontos e nove rebotes por jogo. Assista: 

Em 2013, a Universidade de Michigan decidiu honrar o compromisso e assinar com Austin Hatch uma carta de intenções para dar a ele uma bolsa de estudos pelo time de basquete. Porém, não se sabia se Hatch seria capaz de se recuperar das lesões cerebrais, física e mentalmente, para voltar às quadras em nível competitivo.

Porém, Hatch está determinado a jogar. Mesmo reconhecendo os obstáculos que ainda tem que superar. “O que antes era instintivo, agora tenho que pensar para realizar”, ele explicou. “Vai levar mais algum tempo. Mas tenho trabalhado nos meus fundamentos. Tenho trabalhado em cada e em todos os detalhes para voltar à quadra”, disse o garoto em novembro.

A recuperação física, emocional e mental de Austin Hatch tem avançado devagar mas estavelmente, segundo especialistas. E a partir do feito dessa semana, efetivamente, nada mais parece impossível para ele.

“Esse menino tem me ensinado que você pode se recuperar de qualquer coisa, que nada é impossível. Foi um momento espiritual”, disse o técnico Jamal Adams.


Leandrinho envia fotos exclusivas do retorno à NBA
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Marcos Peres

Depois de completar 10 temporadas na NBA, Leandrinho Barbosa recebeu de volta nessa quarta-feira a camisa número 10 do Phoenix Suns, da NBA, depois de assinar um contrato de 10 dias de duração. Um “triplo-duplo”, como diz a linguagem do basquete, para um jogador cujas estatísticas apontem dois dígitos em três fundamentos diferentes em uma mesma partida.

Para comemorar esse momento, Leandrinho mandou para o Blog fotos exclusivas do retorno dele ao Suns, equipe onde conquistou espaço entre os melhores jogadores de basquete do mundo.

A camisa 10 no armário com o nome Barbosa estampado, como nos velhos tempos

A camisa 10 no armário com o nome Barbosa estampado, como nos velhos tempos

O ala brasileiro jogou 13 minutos na reestreia. Marcou três pontos, deu três assistências e pegou três rebotes. O Phoenix Suns voltou a vencer, derrotando o Minnesota Timberwolves fora de casa por 104 a 103.

Leandrinho sorri ao receber de volta a camisa 10

Leandrinho sorri ao receber de volta a camisa 10

Leandrinho é cercado por repórteres

Leandrinho é cercado por repórteres

Leandrinho tinha apenas 20 anos de idade quando estreou no basquete profissional dos Estados Unidos. Vestia a mesma camisa 10 do Phoenix Suns quando ganhou o prêmio de “Sexto Homem da NBA no ano de 2007”. Retornar ao time agora, aos 31 anos, depois de uma cirurgia que refez o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, no ano passado, é como acertar o arremesso do título a um segundo do fim do jogo. Uma enorme vitória!

“Nada melhor do que um objetivo alcançado depois de muito trabalho”, comemorou Leandrinho. “Foi muito cansativo, mas graças a Deus eu consegui. Obrigado a todas as pessoas que torceram por mim e continuem torcendo por esse novo objetivo.”

BdgAByMCMAA0hEBA lesão no joelho esquerdo ainda não completou um ano. Aconteceu em fevereiro de 2013, quando Leandrinho defendia o Boston Celtics. Em Phoenix, ele está substituindo o ala Eric Bledsoe em meio a uma sequência de cinco jogos fora de casa em sete dias. Bledsoe vinha sendo fundamental para o Suns até sofrer uma lesão no joelho, com previsão de retorno dentro de uma semana.


EUA: Estados proíbem competições infantis de MMA
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Marcos Peres

Já há 300 milhões de fãs de MMA ao redor do mundo, segundo a empresa americana de pesquisas de marketing esportivo Repucom. A Rússia estima em 4,5 milhões o número de praticantes de MMA no país. Em duas décadas de existência, o Ultimate Fighting Championship tornou-se uma indústria bilionária. Hoje, americanos da primeira geração de fãs do UFC estão incentivando seus filhos a partir de cinco anos de idade a participar de competições de pankration, uma variação do MMA para crianças, como mostrou o Blog do Marcos Peres no primeiro capítulo da reportagem “Crianças de cinco anos lutam MMA em octógonos nos EUA”.

No primeiro dia de 2014, a Comissão Atlética da Califórnia proibiu as competições de MMA infantil no estado, usando uma brecha legal para alegar falta de segurança para os praticantes, como contou ao Blog o diretor executivo da comissão,

Para a Dra. Diane Levin, professora de Educação Infantil da Universidade Wheelock de Boston, “o que parecia extremo 20 anos atrás parece quase inofensivo hoje. Depois de assistir, elas (as crianças) se comportam de maneira mais violenta em suas brincadeiras e na forma com que tratam os outros. Elas também tendem a simpatizar menos com vítimas de violência”.

Segundo os médicos, algumas das principais preocupações do MMA para crianças estão relacionadas a lesões de pescoço, ossos e ligamentos, além de traumas cerebrais.

Especialista em medicina esportiva para crianças, o médico americano Paul Stricker disse: “Se elas (as crianças) forem contorcidas com muita força ou atiradas com força, poderão se machucar, como em qualquer outra atividade. Apenas temos que ter cuidado com isso. Penso que uma das maiores preocupações seja que mesmo com as regras de não chutar ou socar a cabeça, outras ações como derrubar no chão podem levar a cabeça a bater no solo diversas vezes. Os pais podem se sentir seguros pensando nas regras que protegem a cabeça e o rosto, mas têm que saber que elas não impedem concussões cerebrais ou traumas à cabeça.”

Organizadores do pankration afirmam que as estatísticas de contusões das lutas são melhores do que as do futebol para crianças nos Estados Unidos. Segundo Jon Frank, diretor da United States Fight League – Liga de Luta dos Estados Unidos -, organização que conta hoje com mais de trezentas crianças inscritas desde 2011, houve 39 contusões em competições, em um universo de 844 crianças. Nos últimos dois anos, a USFL alega ter realizado 59 atendimentos médicos (20 adultos e 39 crianças). Onze casos demandaram cuidados posteriores: Uma concussão cerebral moderada e lesões de ombro, joelho, estômago, panturrilha, cotovelo, pé, pescoço e rosto.

Estima-se que cerca de 3,2 milhões de crianças pratiquem MMA na América do Norte. Porém, as competições de pankration ganharam força na costa oeste do país, chamando a atenção das autoridades locais. O Senado do Estado da Califórnia aprovou em outubro de 2013 uma lei, sancionada pelo governador Edmund G. Brown, que deu à Comissão Atlética da Califórnia o poder de “examinar as atividades do pankration infantil no estado.”

“Quer lutar? A Comissão Atlética pede tempo no pankration infantil”, diz a capa da revista desse mês da Comissão Atlética da Califórnia

“Quer lutar? A Comissão Atlética pede tempo no pankration infantil”, diz a capa da revista desse mês da Comissão Atlética da Califórnia

Mãe de três meninos praticantes de MMA, de sete, nove e dez anos de idade, no estado da Califórnia, a americana Megan Hook classificou a postura da Comissão Atlética do estado como hipócrita. “Nossa frustração com as autoridades, incluindo a Comissão Atlética da Califórnia e o próprio UFC, é a falta de apoio deles na regulamentação do esporte que vai proporcionar a eles futuros lutadores e, francamente, futura renda”, disse ela em entrevista ao Blog. “Eles estão abandonando essas crianças que assistem e são grandes fãs do esporte. É decepcionante ver os lutadores de UFC, que participam dos mesmos treinamentos e que agora são donos dessas academias de MMA onde treinam as crianças, deixarem de dar apoio ao pankration infantil. Eles são hipócritas”, afirmou Megan.

A um fórum especializado, o presidente do UFC Dana White argumentou que as lutas infantis denigrem a imagem do esporte. “Nojento para c…!”, escreveu White. “Os pais deles deveriam apanhar com uma vara”, completou o executivo.

Atual campeão do programa TUF nos EUA, Chris Holdsworth, quando competia no pankration infantil - foto: USFL

Atual campeão do programa TUF nos EUA, Chris Holdsworth, quando competia no pankration infantil – foto: USFL

O diretor da United States Fight League, Jon Frank, disse ao Blog que essas crianças são o futuro do esporte. “Nós continuamos esperando que os líderes da indústria do MMA no mundo nos deem a oportunidade de apresentar o esporte publicamente de forma apropriada. Alguns dos nossos primeiros participantes já estão no UFC”, contou Frank, citando Chris Holdsworth, de 26 anos, campeão da última edição do reality show The Ultimate Fighter nos Estados Unidos e também Cody Bollinger, de 22, dispensado pelo UFC e atualmente lutador do WSOF, World Series of Fighting.

As competições de pankration infantil foram proibidas no estado americano do Missouri. E os torneios proibidos no estado da Califórnia estão migrando para o Arizona, onde acontecem em cassinos de territórios indígenas, locais que não se submetem às leis regulatórias estaduais. O MMA profissional já foi legalizado em 49 dos 50 estados americanos. E a aprovação no estado de Nova York, o último a resistir aos encantos financeiros do MMA por enquanto, parece questão de tempo.

Porém, não deve demorar para que o estado da Califórnia libere novamente as competições infantis, sob novas exigências de segurança. O diretor executivo da Comissão Atlética da Califórnia, Andy Foster, lidera uma subcomissão que vai se reunir pela primeira vez no próximo dia 24 para discutir medidas como a introdução de protetores de cabeça. “A Comissão Atlética da Califórnia não vai regular o pankration infantil. Mas a comissão vai analisar os diferentes órgãos regulatórios que vinham organizando e promovendo essas atividades para ver suas regras e ver se há algumas recomendações que a comissão possa fazer para aumentar a segurança.”

O modelo a ser adotado pelo estado da Califórnia pode determinar parâmetros para que competições de pankration infantil se alastrem pelos Estados Unidos em um futuro próximo. O diretor executivo da Comissão Atlética, Andy Foster acredita que a idade mínima exigida para as competições poderá ser de oito anos. “Nós delegamos autoridade à USA Boxing (federação de boxe dos EUA) e eles estabeleceram a idade inicial de oito anos (para a prática do boxe), com uso de protetor de cabeça. Nós temos conversado com alguns médicos a respeito disso, mas se o boxe amador começa aos oito anos de idade, com protetor de cabeça, estamos considerando essa idade para o pankration. Não estou afirmando que será essa a idade, mas certamente não será menor do que isso.”


Crianças de 5 anos lutam MMA em octógonos nos EUA
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Marcos Peres

As competições acontecem em octógonos inspirados no UFC. Socos, chutes e joelhadas são permitidos, contanto que não atinjam a cabeça do adversário. Os lutadores não usam protetores de cabeça. E os derrotados muitas vezes choram e procuram por suas mães ao final das lutas. O pankration é uma espécie de MMA adaptado para crianças, que têm a partir de cinco anos de idade.

“A primeira vez que assisti, diria que foi muito impressionante! Na verdade, a primeira vez que vi foi logo um All Star Show (campeonato das estrelas), realizado no Arizona, em um cassino, um ambiente muito parecido com o do UFC. Todo aquele espetáculo, o show, mas era para crianças. E como havia essa produção, os pais estavam muito motivados”, contou ao Blog do Marcos Peres o fotógrafo documentarista Sebastián Montalvo, que viajou pela costa oeste dos Estados Unidos capturando imagens que geraram polêmica na sociedade americana.

Segundo Jon Frank, executivo da United States Fight League – Liga de Luta dos Estados Unidos -, organização que conta hoje com mais trezentas crianças inscritas, as críticas ao pankration infantil são motivadas por um estereótipo. “Quando o público em geral ou mesmo a comunidade do MMA veem uma criança vestida como um lutador de MMA dentro de uma jaula, eles supõem que as crianças estão lutando Artes Marciais Mistas com contato total”, explicou Frank, reclamando da falta de oportunidades de explicar as precauções e diferenças nas regras aplicadas para crianças. “Se as crianças estivessem vestidas em quimonos de karatê e competindo sem grades, ninguém se importaria”, acredita o dirigente da USFL. “O sistema de pontuação do MMA é baseado em infligir danos ao adversário, enquanto o pankration da USFL usa pontuação baseada na técnica. Com nosso sistema aberto de pontuação, podemos efetivamente tocar lutas que proíbem o castigo e a brutalidade”, defendeu-se o organizador.

Um levantamento da rede de televisão ESPN estimou em cerca de 3,2 milhões o número de crianças praticantes de artes marciais mistas hoje nas academias dos Estados Unidos, principalmente na costa oeste do país. Porém, o pankration tem sido combatido por grande parte da sociedade americana e ignorado pela própria comunidade do MMA. “O que percebo dos profissionais é uma opinião contrária, a princípio. É desnecessário. (A criança) não precisa estar nesse nível já. Pode esperar um pouco mais”, afirmou o brasileiro Everton Bittar Oliveira, um dos treinadores e preparador físico da American Top Team, uma das equipes mais respeitadas no mundo do UFC, que conta com lutadores como Antônio Pezão e o atual desafiante pelo título dos meio-pesados, Glover Teixeira.

“Muitas vezes, o que a gente percebe é a questão do pai ter o sonho de ver o filho campeão de alguma forma. E aí acaba direcionando isso”, disse Oliveira, constatando o grande número de pais à procura de academias que ensinem MMA para crianças. Porém, a academia onde o brasileiro ministra aulas na região de Miami oferece apenas jiu-jitsu infantil. “Para crianças de quatro a sete anos, de uma maneira lúdica, sem uma cobrança excessiva com relação à perfeição, a gente vai inserindo as técnicas básicas do jiu-jitsu e do judô,” contou o treinador.

Depois de acompanhar “seis ou sete torneios” para crianças, o fotografo Sebastián Montalvo diz ter presenciado “uma ou duas intervenções dos médicos”.

Dois dos filhos de Megan Hook treinam MMA - Arquivo pessoal Megan Hook

Dois dos filhos de Megan Hook treinam MMA – Arquivo pessoal Megan Hook

Mãe de três meninos praticantes de MMA, de sete, nove e dez anos de idade, no estado da Califórnia, a americana Megan Hook relatou acreditar que o pankration ofereça muito mais benefícios do que riscos para as crianças. “A arte da disciplina e respeito são as primeiras e mais importantes, sem falar dos reais benefícios para a saúde de treinar um esporte várias vezes por semana”, disse ela ao Blog. “Meus filhos experimentaram muitos outros esportes (futebol, beisebol, basquete, hóquei no gelo, para citar apenas alguns). Mas o pankration e o MMA são o que realmente amam. Eu amo que o pankration ensine meus filhos não apenas a vencer com orgulho, mas também a perder graciosamente”, acrescentou Megan, que já tem dois faixas pretas e um faixa marrom em casa.

Os irmãos Hook, de sete, nove e dez anos - Arquivo pessoal Megan Hook

Os irmãos Hook, de sete, nove e dez anos – Arquivo pessoal Megan Hook

A United States Fight League levanta a guarda para se defender das críticas, afirmando que “as regras (do pankration infantil) proíbem muitas das técnicas excessivamente perigosas do MMA, como socos na cabeça, torção de joelho e finalizações de coluna”, disse ao Blog Jon Frank. “Também exigimos que as finalizações por submissão sejam executadas com pressão moderada e não travadas”, explicou.

“Se meus filhos quiserem fazer carreira no MMA, eu com certeza os apoiaria, assim como os apoiaria a se tornarem programadores, chefes de cozinha ou professores. O que digo a eles todos os dias é “Prometam pra mim que vão arrumar algo que amam para fazer, para que não pareça trabalho”, disse Megan Hook, cujos três filhos começaram a treinar há cinco anos, quando o mais novo tinha apenas dois anos de idade.

No próximo capítulo da reportagem, a opinião dos médicos americanos, a proibição temporária do pankration no estado da Califórnia e o surgimento de uma nova geração de lutadores infantis também na Rússia.