Blog do Marcos Peres

Seleção deve ter público maior do que o futebol americano em Miami

Marcos Peres

Os organizadores do amistoso entre Brasil e Honduras comemoravam nessa sexta-feira, em Miami, a venda de mais de 75 mil ingressos para o jogo, confiantes no cumprimento da meta de venda de todas as 80 mil entradas até o horário de início do jogo.

O amistoso internacional vai render um dinheiro importante para o proprietário do estádio. O time de futebol americano Miami Dolphins enfrenta uma crise. Além de não ter feito boas campanhas nos últimos anos, as vendas de novembro sofreram uma queda depois que um caso de bullying entre jogadores virou escândalo nacional.

Sun Life Stadium - foto: divulgação

Sun Life Stadium – foto: divulgação

Um dos atletas, Jonathan Martin, de 24 anos, decidiu abandonar o time, alegando que era hostilizado constantemente pelo mesmo companheiro de equipe, Richie Ingocnito, de 31. O Blog noticiou o caso pela primeira vez no dia primeiro desse mês. Incognito foi afastado dos Dolphins por tempo indeterminado.

O Miami Dolphins vai jogar no Sun Life Stadium já nesse domingo, dia seguinte à partida entre Brasil e Honduras. Há ingressos à venda por apenas $18 dólares, cerca de R$ 40. Para Brasil x Honduras, não há entradas por menos de $ 45 dólares, o equivalente a R$ 100.

Até David Beckham, aposentado recentemente, pegou carona no sucesso que a seleção brasileira faz na Flórida para aumentar sua visibilidade e os rumores de que ele vai lançar um time da cidade de Miami na principal liga de futebol do país, a Major League Soccer. O inglês tirou fotos que rodaram o mundo ao lado de Neymar, Felipão e outros integrantes do grupo brasileiro.

Fazer mais sucesso do que um time de futebol americano no fim de semana é tarefa quase impossível para uma equipe de futebol nos Estados Unidos. Mas fãs de diversas partes do país já estão chegando a Miami desde o início da semana. ''Eu vim do Kansas apenas para ver o Brasil jogar'', disse o brasileiro Regis Bezerra.

Por causa de brasileiros como Bezerra, que vivem na América, da população latina de Miami, que gosta de futebol, e dos milhares de brasileiros que visitam Miami todos os meses, há uma grande possibilidade da seleção conquistar um feito e tanto: atrair mais público no sábado do que o Miami Dolphins, bicampeão da NFL, no domingo.