Blog do Marcos Peres

Arquivo : outubro 2013

“Se o Brasil está pronto para a Copa do Mundo, não parece”, afirma apresentador da TV americana.
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Marcos Peres

Nos Estados Unidos, a rede de televisão FOX News dedicou três minutos e meio do horário nobre da noite dessa quarta-feira às ameaças de terrorismo durante a Copa do Mundo de 2014 feitas pela maior quadrilha do crime organizado de São Paulo.

 

“Enquanto os jogadores da seleção dos Estados Unidos se preparam para a viagem para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, caos e violência continuam em parte do país-sede”, noticiou o âncora Shepard Smith. “A maior quadrilha de tráfico de drogas está prometendo a Copa do Mundo do terror, se as autoridades não atenderem às suas exigências”.

Apresentador Shepard Smith – reprodução FOX News

Um mapa mostrava a localização das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto Smith explicava que o cartel exige que os integrantes de sua cúpula não sejam transferidos para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) da Penitenciária de Presidente Bernardes, que fica no interior de São Paulo, e citava os atos de violência dos últimos meses também na capital fluminense.

Mapa localiza São Paulo e Rio de Janeiro – reprodução FOX News

Uma semana depois da FIFA anunciar que os Estados Unidos lideraram os pedidos de ingressos para a Copa do Mundo de 2014 na primeira etapa de vendas, o apresentador da FOX concluiu: “Se o Brasil está pronto para a Copa do Mundo, não parece”.

 

O repórter Bryan Llenas explicou a situação dos últimos dias: “Os protestos do Rio de Janeiro reuniam professores que queriam apenas melhores salários”, disse ele. “Porém, pessoas se infiltraram nesses protestos, um pequeno grupo de ativistas e extremistas.”

 

Na Inglaterra, o jornal Daily Mail, o segundo maior do país, também noticiou: “Maior quadrilha de tráfico de drogas (do Brasil) promete a Copa do Mundo do terror, enquanto demonstrações de violência ganham as ruas.”

Reprodução – Daily Mail

O diário destacou que “os protestos de apoio à greve dos professores foram os últimos de um longo período de instabilidade que levou milhões de pessoas às ruas do Brasil para protestar contra o governo”. E avisou: “Ambos serão lembretes claros em meio à euforia dos fãs da Inglaterra que no próximo ano vão viajar para um país onde a segurança e a estabilidade não podem ser garantidas.”

 

No mesmo dia, o colunista Oliver Holt, do tablóide ingles Daily Mirror, defendeu a Copa do Mundo no Brasil com a manchete: “Brasil é perigoso, oprimido e o lar espiritual do jogo bonito” (apelido do futebol). E se explicou: “A Inglaterra é parte de um torneio que sera mais especial do que qualquer outro enquanto eu viver, por causa do que o futebol representa para o país-sede”.

Reprodução – Daily Mirror

 


Time de futebol de Orlando usa mídias sociais para influenciar autoridades a aprovarem construção de estádio.
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Marcos Peres

O Orlando City Soccer Club, um time da terceira divisão do futebol profissional dos Estados Unidos, está usando as mídias sociais com o objetivo de influenciar autoridades a aprovarem a construção de um estádio na região central da cidade de Orlando.

A uma semana da votação que vai decidir a liberação de milhões de dólares– cerca de R$ 43,3 milhões – em fundos da Taxa de Desenvolvimento do Turismo local para ajudar na construção da arena multiuso, o Orlando City Soccer tem usado o Twitter para incentivar torcedores e simpatizantes a mandarem mensagens de apoio às autoridades.

O lema disseminado pelo clube diz: “Um novo dia significa um novo comissário.” Nessa quarta-feira, o clube sugeriu mensagens para Jennifer Thompson, comissária do condado de Orange, subdivisão administrativa do Estado da Flórida, onde fica a cidade de Orlando. “Campanha dos Comissários continua! Contate @jennthomp hoje e conte a ela sobre o seu apoio @MLS em Orlando.! #acredite #7Votos.”

Mensagem do Orlando City SC para os seguidores no Twitter – reprodução

Campanha semelhante foi utilizada no objetivo de influenciar os comissários da cidade de Orlando. No dia 7 de outubro, o Conselho municipal aprovou a construção do estádio por unanimidade, deixando a decisão final para o Conselho do Condado de Orange. “Há dias importantes para a nossa comunidade e esse é um deles”, afirmou o prefeito de Orlando Buddy Dyer. “Com sorte, teremos outro ainda esse mês”, disse ele, referindo-se à votação do próximo dia 22.

Em setembro desse ano, o Orlando City lançou na internet uma campanha intitulada #Missão15mil. O objetivo era colher 15 mil assinaturas para um abaixo assinado eletrônico de apoio ao projeto, a ser apresentado para as autoridades locais. Não foram precisos mais de 11 dias para alcançar a meta.

Orlando City SC

Se o Condado de Orange também aprovar o plano de construção do estádio, o Orlando City Soccer poderá avançar nas negociações finais com a MLS para tornar-se uma franquia em uma região estratégica para a expansão da liga. O sudeste dos Estados Unidos, amplamente povoado por latinos, amantes de futebol, não tem um time sequer na primeira divisão. “O Orlando está colocando em prática um grande plano. Um time espetacular em uma divisão inferior. Hoje em dia, o Orlando City tem uma grande marca e está indo muito bem nas competições. O clube tem um ótimo plano para construir um estádio e um novo investidor – afirmou Don Garber, homem-forte da MLS.

Flávio Augusto da Silva – Orlando City SC

Don Garber refere-se ao brasileiro Flávio Augusto da Silva. O empresário carioca vai investir cerca de 85 milhões de dólares, o equivalente hoje a R$ 184 milhões, se o projeto for aprovado e sonha em ver o atacante Kaka vestindo a camisa roxa do Orlando City já em 2015. “Nosso plano ideal é estrear em 2015. Para esse dia, esperamos uma grande festa. Uma grande estrela brasileira, internacionalmente conhecida, jogando no time. Fazendo esse “link” com o Brasil. Um país que, na Flórida, é responsável por 70% de tudo que se compra nos “shopping centers” e 40% dos imóveis”, afirmou Silva.


Competitividade motiva amistoso EUA X Brasil de futebol feminino em Orlando.
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Marcos Peres

Em uma entrevista coletiva realizada nessa terça-feira, na Arena Amway Center, em Orlando, o técnico da seleção de futebol feminino dos Estados Unidos, Tom Sermanni, apostou na competitividade para promover o amistoso contra a seleção brasileira, marcado para o próximo dia 10 de novembro, em Orlando, às 16h30 no horário de Brasília.

 

“Esse jogo é uma grande forma de terminar 2013”, afirmou Sermanni. “Há muita história entre essas duas seleções e uma grande dose de competitividade. Haverá muitas jogadoras de nível internacional”, completou o técnico escocês, que enfrentará o Brasil pela primeira vez à frente da principal seleção de futebol feminino do mundo, que ele assumiu em janeiro desse ano.

Tom Sermanni, técnico dos EUA (terceiro da esquerda para a direita) – Orlando City SC

O amistoso também será a o primeiro jogo do atual técnico da seleção brasileira, Márcio Oliveira, contra o maior rival da seleção, o time dos Estados Unidos, líder do ranking mundial e atual tricampeão olímpico. Oliveira assumiu o cargo em novembro de 2012, com a missão de reformular o time depois da eliminação nas quartas-de-final das Olimpíadas de Londres, com derrota por 2×0 para o Japão. O Brasil atualmente ocupa a quarta colocação no ranking da FIFA.

 

A partida será a primeira entre as duas seleções nos Estados Unidos desde 2008, quando os EUA venceram o Brasil por 1 a 0, em San Diego, na Califórnia. Brasileiras e americanas se enfrentaram três vezes desde então, com outras três vitórias da seleção dos EUA. Na final olímpica dos Jogos de Pequim-2008 (1X0), na partida histórica, válida pelas quartas-de-final da Copa do Mundo de futebol feminino da Alemanha, em 2011 (2×2; 5×3 nos pênaltis) e em um torneio internacional disputado no Japão, em abril do ano passado (3×0). Essa foi a primeira derrota do Brasil para os Estados Unidos por um placar elástico, depois de cinco partidas muito disputadas. Quatro delas, vencidas pelos EUA por 1×0.

 

O amistoso de novembro será o retorno da seleção feminina dos Estados Unidos ao estádio Citrus Bowl depois de 14 anos. O jogo será transmitido em TV aberta nos EUA, pela rede NBC.

 

Na última partida disputada em Orlando, em 1999, uma das maiores jogadoras de todos os tempos, a americana Mia Hamm, marcou o gol de número 108 da carreira, se tornando a maior artilheira da história do futebol feminino. Na ocasião, as americanas derrotaram as brasileiras por 3×0.


Jogador de futebol americano quer correr os 100m nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
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Marcos Peres

Jeff Demps, de 23 anos, realizou nesse mês de outubro o sonho de milhões de jovens nos Estados Unidos. Tornou-se jogador profissional de futebol americano. Participou, nesse domingo, da segunda partida da carreira, pelo Tampa Bay Buccaneers, na derrota para o Philadelphia Eagles, por 31 a 20. Mas já avisou equipe e torcedores que pretende levar uma vida dupla. Ao final de cada temporada da NFL, vai se dedicar ao atletismo. Demps pretende correr os 100m nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.

 

Em 2012, Jeff Demps conquistou uma medalha de prata nas Olimpíadas de Londres-2012, como parte da equipe dos Estados Unidos no revezamento 4X100m. Ele foi o primeiro homem dos EUA na fase preliminar, ajudando a equipe americana a completar a prova em 37.38 segundos, o mais rápido das preliminares, quebrando o recorde nacional dos Estados Unidos depois de 20 anos. O time ganharia a medalha de prata na final com Tyson Gay substituindo Demps.

 

“Eu estava decidido em me focar no atletismo, mas senti um chamado para jogar futebol americano”, disse Demps ao jornal Orlando Sentinel. “Desde então, nunca pensei em me dedicar mais a um esporte do que a outro”, completou.

 

Jeff Demps perdeu toda a pré-temporada de futebol americano de 2013 preparando-se para o Campeonato Mundial de Atletismo, disputado no último mês de agosto, em Moscou. Porém, não foi utilizado pelos técnicos americanos na Rússia. Nada disso impediu que Demps recebesse diversas oportunidades nos primeiros jogos da temporada da NFL.

 

“Seria uma tolice da nossa parte não explorar cada opção e não olhar para alguém que tem a explosão e o talento dele”, disse o coordenador de ataque dos Buccaneers. Mike Sullivan.

 

O recorde pessoal de Jeff Demps nos 100m é de 10.01 segundos. Ele é mais rápido do que qualquer velocista em atividade no Brasil. Demps foi selecionado para a equipe de revezamento 4x100m como reserva dos Estados Unidos no Campeonato Mundial de Moscou, depois de terminar o Campeonato Nacional em décimo primeiro lugar.

 

Em dois jogos pelo Tampa Bay Buccaneers, Demps conseguiu uma corrida de 14 jardas, três recepções (21 jardas) e correu 93 jardas agarrando quatro bolas chutadas.

 

Em 2009, Jeff Demps se tornou-se o primeiro aluno da famosa Universidade da Flórida a ganhar o Campeonato Nacional em dois esportes diferentes, ao juntar o título de campeão do torneio de futebol americano às diversas medalhas conquistadas no atletismo.

 

“É duro, por causa de como são ambas as temporadas”, afirmou Demps. “Uma temporada termina e outra e você vai diretamente para a outra. Não sei se isso me prejudica, ir de um esporte para outro, apenas aceito isso. Se você não cuidar do corpo, vai cair numa descendente muito rapidamente”, reconheceu o homem mais rápido do futebol americano.


Comitê Olímpico dos Estados Unidos inclui orientação sexual à política de não-discriminação.
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Marcos Peres

O conselho do Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC) incluiu a orientação sexual na sua política de não-discriminação. Na última quinta-feira, o texto que rege o USOC passou a conter a determinação de que, assim como a raça ou a cor, também não se pode discriminar um atleta pela sua orientação sexual. Uma prova da desaprovação à lei antigay adotada pela Rússia, país-sede da próxima edição dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014.

O presidente do USOC, Scott Blackmun, afirmou que a entidade não está tentando influenciar a política russa. “O fato de pensarmos que não é nosso papel defender uma mudança na lei russa não significa que apoiamos a lei. Não apoiamos”, disse Blackmun, segundo a agência de notícias Associated Press.

O conselho do Comitê Olímpico americano aprovou a medida uma semana após o novo presidente do Comitê Olímpico Internacional, Larry Probst, ter afirmado que iria apoiar uma mudança semelhante na Carta Olímpica do COI, conjunto de regras para a Organização dos Jogos Olímpicos. Atualmente, a Carta não menciona a orientação sexual como uma forma de discriminação .

A lei antigay foi aprovada em junho na Rússia e proíbe a apologia da homossexualidade. Alguns grupos propuseram um boicote às Olimpíadas de Sochi. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por sua vez, manifestou preocupação com as restrições.

A menos de 4 meses dos Jogos de Sochi, Scott Blackmun disse que o USOC está buscando clareza do Comitê Olímpico Internacional sobre o que vai e não vai ser considerado como violação das regras do COI contra o uso do palco olímpico para protestos políticos e manifestações.

“Eu acho que todo mundo tem preocupações com a incerteza sobre onde a linha será desenhada “, disse Blackmun . “Como podemos proteger os atletas ? Nós acreditamos fortemente que os atletas precisam estar livres para serem eles mesmos .”


Técnico da seleção americana, Klinsmann revela ter escolhido primeiro o CT do São Paulo e diz: “Outros países querem levar nossas opções.”
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Marcos Peres

O alemão Jürgen Klinsmann, técnico da seleção dos Estados Unidos, revelou nessa quinta-feira ter escolhido o Centro de Treinamentos do São Paulo Futebol Clube para preparar a seleção dos Estados Unidos para a Copa do Mundo de 2014. E reclamou que outras seleções estejam querendo ficar com as instalações previamente escolhidas por ele.

 

“Por coincidência eu estive lá (na cidade de São Paulo) há dois anos, para um seminário de treinamento com o meu amigo Carlos Alberto Parreira. Estive lá várias vezes. E antes de todo o processo começar (oficialmente), com hotéis e locais de treinamento, eu já havia encontrado alguns. (…) Se você vir o campo de treinamento que escolhemos, o São Paulo FC, é o melhor que se pode ter no Brasil. (…) Outros países querem levar nossas opções, mas elas não estão à venda”, afirmou ele ao site da revista Sports Illustrated.

 

“São Paulo é um ótimo lugar”, continuou Klinsmann. É muito cosmopolita, muito europeia, com muitas coisas para se fazer.” Nós encontramos um ótimo hotel, o qual vamos testar agora em janeiro (para treinamentos da seleção americana) . Também vamos testar o centro de treinamentos.”

 

Klinsmann comandou o processo de renovação que levou a seleção alemã ao terceiro lugar na Copa da Alemanha, em 2006. Como jogador, marcou três gols na campanha vitoriosa da seleção alemã na Copa da Itália, em 1990.

 

O contrato do técnico alemão Jürgen Klinsmann com a Federação de Futebol dos Estados Unidos prevê bônus de US$ 10,5 milhões, o equivalente a R$ 23 milhões, caso a seleção americana ganhe a Copa do Mundo de 2014. Mas ele não ilude os torcedores locais.

 

“No mundo do futebol, qualquer coisa pode acontecer. A Grécia provou isso na Eurocopa de 2004. Mas a realidade é que nós ainda estamos atrás das principais nações do mundo do futebol. Contudo, eu diria para as pessoas continuarem sonhando, porque é bom sonhar. Mas se isso vai se tornar realidade, essa é uma outra grande questão. Realisticamente, não há chance. Mas tudo pode acontecer”, disse Klinsmann à edição digital da revista Sports Illustrated.

 

Os contratos da federação americana com seus técnicos não são segredos, como em grande parte dos países do tal “mundo do futebol”. Recentemente, a US Soccer revelou o balancete financeiro do ano fiscal que se encerrou em Março devidamente auditado.

 

Jürgen Klinsmann recebe US$ 2,5 milhões por ano, cerca de R$ 5,4 milhões. Ele está sob contrato até o final da Copa do Mundo do Brasil. O atual acordo se encerra no dia 31 de agosto de 2014. E os bônus, baseados no desempenho dos EUA na Copa, podem variar de R$ 1 milhão a R$ 23 milhões.

 

O técnico da seleção feminina de futebol, muito mais popular do que a masculina nos Estados Unidos, ganha treze vezes menos. O escocês Tom Sermanni tem um acordo anual de aproximadamente R$ 403 mil. Uma medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, dará a ele um bônus de R$ 175 mil.

 

Os Estados Unidos já estão classificados para a Copa do Mundo de 2014 desde o mês passado. Mas o time de Klinsmann vai fechar as Eliminatórias jogando contra a Jamaica, nessa sexta-feira, em Kansas City, nos EUA, e contra o Panamá, na cidade do Panamá, no próximo dia 15.


Ganhadora da Bola de Ouro da FIFA casou-se com companheira de time no Havaí
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Marcos Peres

A atacante americana Abby Wambach, que recebeu em janeiro a Bola de Ouro da FIFA como jogadora do ano de 2012, casou-se com a companheira de time Sarah Huffman, no Havaí, no ultimo sábado.

Testemunhas contaram que a cerimônia aconteceu na praia do Resort Villas at Po’ipu Kai, na ilha de Kauai, durante o pôr-do-sol, na presença de familiares e amigos. Entre eles, as jogadoras da seleção americana de futebol Alex Morgan e Sydney Leroux.

Abby e Sarah no 2013 ESPY Awards, em julho de 2013, em Los Angeles. – Alberto E. Rodriguez/Getty Images Entertainment

Nessa quarta-feira, Abby comemorou através do Twitter: “Sarah e eu gostaríamos de agradecer a todos pelo amor e apoio. Não podíamos estar mais felizes. Tem sido uma semana incrível. #LuaDeMel”.

 

Em julho desse ano, Abby e Sarah declararam apoio à organização Athlete Ally (Aliança dos Atletas), que combate a homofobia no esporte. “Tenho orgulho de fazer parte da Athlete Ally, porque eu sonho com um mundo de igualdade de oportunidades e de tratamento”, disse Sarah. “Eu acredito que o esporte é um lugar para todos. Discriminação com base na orientação sexual, raça ou sexo não têm lugar no mundo – nem nos esportes. Estou animada para ser uma aliada e lutar por pessoas como eu na comunidade LGBT.”

A centroavante Abby Wambach, de 33 anos, e a meio-campo Sarah Huffman, de 29, jogam pelo Western New York Flash, da recém criada Liga Nacional de Futebol Feminino, a NWSL.

Abby conquistou duas medalhas olímpicas de ouro, nos Jogos de Atenas-2004 e Londres-2012. Ela é a maior artilheira da história da seleção americana, com 161 gols.

Nessa terça-feira, a seleção feminina dos Estados Unidos anunciou uma partida amistosa contra a seleção brasileira para o dia 10 de novembro, no estádio Citrus Bowl, em Orlando, nos Estados Unidos.


O relógio de R$ 113,5 mil desenhado por LeBron James.
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Marcos Peres

Para muitos fãs de basquete, uma jogada desenhada, arquitetada com brilhantismo pelo melhor jogador em atividade no mundo não tem preço. Já um relógio desenvolvido por ele, tem, sim. US$ 51,5 mil., cerca de R$ 113,5 mil!

A caixa do relógio, em ouro rosé e titânio.

Atual bicampeão da NBA, quatro vezes eleito o jogador mais valioso da liga, James foi contratado pela fábrica suíça de relógios Audemars Piguet, para trabalhar em um relógio de edição limitada. “Eu sempre gostei de relógios, desde garoto. Quando surgiu essa oportunidade, foi fácil dizer sim”, disse James à rede de televisão americana CNBC.

O relógio, que ganhou o nome de Royal Oak Offshore Chronograph LeBron James, é composto por uma caixa de ouro rosé 18 quilates combinado com titânio, pinos de cerâmica, um botão cravado de diamantes e uma pulseira de crocodilo cinza costurada à mão. Apenas seiscentos desses relógios foram fabricados. “Sempre que faço algo ou tenho uma parceria que leva meu nome, gosto que haja meu traço pessoal naquilo”, afirmou o jogador. A assinatura de LeBron James está gravada em azul no cristal de safira, na parte de trás do relógio. De onde se pode ver a máquina, que contém ouro 22 quilates.

O botão do cronometro é cravado de diamantes.

A fábrica suíça já trabalhou com muitos atletas, como o lendário e controvertido pivô aposentado Shaquille O’Neal e celebridades, como o ator Arnold Schwarzenegger. “Ele (Lebron) é verdadeiramente uma pessoa única”, disse François-Henry Bennahmias, presidente da Audemars Piguet.

A extensa lista de patrocinadores pessoais de James inclui gigantes como a Nike, Coca-Cola, Samsung, McDonalds. Na última temporada, ele faturou US$ 61 milhões, mais de R$ 134,5 milhões, segundo a famosa revista Forbes. A maior parte, R$ 92,6 milhões em marketing. “A marca Lebron James é construída ao redor do basquetebol. Se estou fazendo o que preciso fazer na quadra de basquete em alto nível, tudo o mais funciona sozinho”, analisou James.

Depois de ter liderado o Miami Heat em dois títulos consecutivos, LeBron James não busca apenas o tricampeonato. Ao final da temporada atual, estará “livre” do contrato de US$ 19 milhões por ano e deve se tornar o atleta mais bem pago da NBA, posto hoje ocupado pelo astro Kobe Bryant. Mas James não se contenta com muito. Quer tudo. “Eu quero ser o maior de todos os tempos, esse é meu objetivo pessoal. Há muitas crianças que me veem como um modelo. Cada dia que me levanto da cama, carrego um fardo que eu amo.”

Há de amar. LeBron James acorda, faz sua higiene pessoal, se veste, toma um café da manhã. Em uma hora ganha o equivalente a R$ 15 mil. Se ele decidir sair da cama às 8h da manhã, às 16h já faturou o suficiente para comprar um Royal Oak Offshore Chronograph LeBron James, de R$ 113,5 mil.

LeBron James e seu brinquedinho.


O que há por trás do primeiro jogo da história da NBA no Brasil nesse sábado.
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Marcos Peres

Nesse sábado, Chicago Bulls e Washington Wizards vão se enfrentar no Rio de Janeiro, naquela que será a primeira partida da história da NBA no Brasil. Mas já faz muito tempo que os executivos da liga profissional de basquete dos Estados Unidos olharam para a bola laranja e viram nela um globo terrestre cheio de oportunidades. A NBA promove jogos internacionais há mais de três décadas. Até hoje, já realizou 138 jogos de pré-temporada ou mesmo de temporada regular em 18 países pela Europa, Américas e a Ásia, desde 1978. Seis anos antes de Michael Jordan estrear como jogador profissional pelo Chicago Bulls.

Poucas horas antes de embarcar para o Brasil, o time de Washington recebe nessa terça-feira o Brooklyn Nets, um time cujo dono é um russo, Mikhail Prokhorov, um dos homens mais ricos do mundo, que investiu mais de US$ 180 milhões (mais de R$ 396 milhões) no time para a atual temporada. Esse total excede de tal forma o teto salarial da NBA, que Pokhorov terá que dar outros US$ 87 milhões (R$ 191 milhões) para a liga pela extravagancia, segundo a ESPN americana.

Os Nets, hoje baseados no Brooklyn, em Nova York, têm três jogadores estrangeiros: Mirza Teletovic, da Bósnia, Tornike Shengelia, da Geórgia e Andrei Kirilenko, da Rússia.

Recentemente, o pivô Brook Lopez esteve em Singapura para promover o time. Kevin Garnett viajou para a China no mês passado, para lançar uma linha de calçados para um fabricante local. E os Nets planejam uma estratégia para, em breve, se tornarem a equipe preferida pelos russos.

O sucesso do time de Michael Jordan, seis vezes campeão da NBA na década de 90, fez do Chicago Bulls o time da NBA mais querido pelos brasileiros. Ainda hoje, os Bulls lideram o mercado de material licenciado pela NBA no Brasil, com 35% das vendas, segundo o escritório da liga no país. Já o adversário, o Washington Wizards, foi escolhido para o jogo a ser disputado na Arena HSBC por contar com o jogador brasileiro mais bem sucedido da história. Aos 31 anos de idade, Nenê Hilário recebe do Wizards um salário de US$ 13 milhões por temporada, o equivalente hoje a R$ 28,7 milhões. O time de Nenê tem também outros três estrangeiros, Pops Mensah-Bonsu, da Inglaterra, Jan Vesely, da República Tcheca e Kevin Seraphin, da França.

Apesar dos melhores jogadores de basquete do mundo saírem das escolas, das praças, dos becos dos Estados Unidos, a abertura da última temporada 2012-2013 registrou um recorde de 84 jogadores internacionais de 37 países diferentes. Oito deles, no San Antonio Spurs, que seria vice-campeão com o pivô brasileiro Tiago Splitter no plantel.

A sigla NBA significa Liga Nacional de Basquete, mas sem dúvida não há no mundo liga mais internacional. Esse ano, a NBA vai jogar dez partidas em seis países diferentes, fazendo dessa temporada a mais internacional de todos os tempos. Essa semana, enquanto Bulls e Wizards estiverem se enfrentando no Rio de Janeiro, Houston Rockets e Indiana Pacers estarão do outro lado do mundo, em Manila, nas Filipinas.

A liga também vai promover jogos em Manchester, na Inglaterra, e em Bilbao, na Espanha, pela primeira vez. Telespectadores acompanham a NBA ao redor do mundo. O programa Basquete sem Fronteiras, no qual jogadores da NBA trabalham com crianças, estão em 11 países. Mais de 400 milhões de pessoas seguem a NBA nas mídias sociais.

Esse mês, quando a NBA também estará na China, os fãs locais ganharão ingressos para assistir aos treinos do Los Angeles Lakers e do Golden State Warriors em Xangai acessando a conta da NBA no Weixin, uma mídia social chinesa. A NBA investiu pesado em propaganda na TV local e instalou aproximadamente 800 mil tabelas de basquete nas vilas chinesas. E parece que está funcionando. A Associação Chinesa de Basquete estima que mais de 300 milhões de pessoas pratiquem hoje o basquete na China.

Agora, o alvo é o segundo país mais populoso do mundo, a Índia, de 1.2 bilhão de habitantes. E o basquete já é o segundo esporte mais praticado por lá, atrás apenas do futebol. E esse é justamente o objetivo da NBA a ser alcançado no Brasil um dia.


Bom Senso FC: Nos EUA, greve já causou substituição de todos os jogadores.
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Marcos Peres

22 de setembro de 1987. Os jogadores da liga profissional de futebol americano entram em greve nos Estados Unidos. Querem o aumento do piso salarial da categoria, o direito de negociar o próprio passe e melhorias nas condições de trabalho.

O campeonato é paralisado por duas semanas. Mas, surpreendentemente, as estrelas do futebol americano são substituídas por jogadores de segundo escalão e a competição recomeça. São ex-jogadores da United States Football League, que havia encerrado as atividades dois anos antes, atletas universitários e até alguns desertores do movimento grevista, como Mark Gastineau, que disse sentir mais lealdade ao proprietário dos Jets, Leon Hess, do que à Associação dos Jogadores.

Na primeira semana, os índices de audiência na televisão caem apenas 20%, surpreendendo a todos. Muitos telespectadores estavam curiosos. Mas o interesse diminuiu rapidamente, assim como a audiência. “Aquela greve me tornou o inimigo número um de Cincinnati”, afirmou Boomer Esiason, ex-estrela dos Bengals. “Os fãs odiavam um cara que ganhava US$ 1.2 milhão (quase 18 milhões de cruzados) por ano e entrava em greve.

Todos os times devolveram o dinheiro dos ingressos para os fãs que compraram, mas não compareceram aos estádios durante a greve dos jogadores. Apesar da queda de audiência, os proprietários dos times economizaram dinheiro pagando muito menos para os jogadores substitutos do que previam os contratos dos titulares. Assim, os ganhos dos donos das equipes cresceram. De US$ 800 mil por jogo para US$ 921 mil durante a greve. Esses ganhos, porém, foram temporários, porque a Liga teve que devolver às emissoras de TV US$ 60 milhões (mais de 895 milhões de cruzados) ao longo das duas temporadas posteriores, devido a uma semana de paralisação no campeonato e à queda de audiência.

Sentindo que os donos dos times estavam muito mais bem preparados para lidar com a greve do que eles próprios, os grevistas, os jogadores profissionais decidem voltar ao trabalho depois de 24 dias, mesmo sem nenhuma reivindicação aceita. Os atletas em greve perderam aproximadamente US$ 80 milhões ( 1.2 bilhão de cruzados) , segundo o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.

Fundado há poucas semanas no Brasil, o Bom Senso F.C. já conquistou seu primeiro objetivo. Vai estrear diretamente na primeira divisão, cercado pelos cachorros grandes do futebol brasileiro, o Donos da Grana F.C. e o Tira a Mão do Meu Bolso F.C. E o Bom Senso F.C., grupo formado por alguns dos principais jogadores de futebol do Brasil para dar voz às reivindicações dos atletas, sabe que esse não será um campeonato de pontos corridos, mas de cartas marcadas. Aliás, o jogo nem é o futebol. É o jogo de interesses. Os titulares do Bom Senso terão que manter a vocação ofensiva se quiserem passar da primeira rodada, a reunião com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin. Eles só foram ouvidos a partir do momento em que falaram em greve, na possibilidade de paralisação do Campeonato Brasileiro de Futebol em suas últimas e decisivas duas rodadas. O impacto econômico de uma paralisação de 20 jogos no momento decisivo da competição ainda não foi estimado, mas não seria sentido apenas pela CBF. Pode ser suficiente para abalar a temporada de muitos clubes endividados. A repercussão global também seria grande, às vésperas da Copa do Mundo no Brasil.

Nos Estados Unidos, as greves de jogadores fazem parte da história das principais ligas profissionais, como a NFL (futebol americano), a MLB (beisebol), a NHL (hóquei) e a NBA (basquete). E só se resolvem quando as contas dos prejuízos, feitas aos milhões ou mesmo bilhões de dólares, se tornam insustentáveis para uma das partes, senão para ambas.

Em 1994, os jogadores da liga de beisebol, MLB, estenderam uma greve por 232 dias, por não concordarem com o teto salarial da liga. 938 jogos foram cancelados, incluindo as finais. A liga estimou em US$ 580 milhões (R$ 489 milhões, em valores da época) as perdas dos donos dos times e em US$ 230 milhões (R$ 194 milhões) os danos aos salários dos jogadores. No ano seguinte, a presença de público nos estádios caiu 20%.

A legislação americana prevê que os empregadores, no caso os times, também podem paralisar temporadas quando não chegam a um acordo trabalhista coletivo com os jogadores. Essa ação se chama locaute (do inglês lock out, trancar para fora). Os donos das equipes “trancam as empresas” e os empregados, obviamente, ficam sem receber salários.

Na temporada 2004 – 2005, pela primeira vez uma liga profissional americana perdeu uma temporada inteira por causa de disputas trabalhistas. O locaute da liga nacional de hóquei sobre o gelo, a NHL. Os jogadores não concordaram com o limite de gastos com salários por time sugerido pela liga. Com o cancelamento da temporada, os times perderam cerca de US$ 2 bilhões (R$ 5,3 bilhões, em números da época) em arrecadação na venda de entradas, mídia, patrocínio e concessões. Enquanto os jogadores perderam mais de US$ 1 bilhão (R$ 2,7 bilhões) em salários, segundo estudo do Bureau de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos.

Das indústrias esportivas bilionárias dos Estados Unidos, o Bom Senso F.C. pode tirar uma lição: Os problemas do calendário do futebol brasileiro são apenas o início de uma discussão sem fim entre quem paga e quem corre. Se é que o gigante, o Brasil, realmente acordou do sonho do país do futebol.